reabilitação terceira idade

segunda-feira, 22 de abril de 2013

EXERCICIOS FUNCIONAIS

Já postei aqui sobre o treinamento funcional de uma forma geral, agora irei abordar o tema de acordo com cada modalidade ou faixa etária!
O treinamento funcional para idosos nada mais é do que é uma sequência de exercícios feitos para que o indivíduo adquira ou recupere valências físicas que diminuem com o passar dos anos e com o sedentarismo. São feitos em pranchas de equilíbrio, bolas, elásticos e outros equipamentos que aumentam a dificuldade dos movimentos e a necessidade de uma coordenção motora bem desenvolvida.

Os exercícios consistem basicamente em agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, levantar e girar com o objetivo de desenvolver equilíbrio, força, flexibilidade, resistência, coordenação e velocidade. Estas qualidades são importantes para cumprirmos tarefas normais do cotidiano tais como: amarrar o próprio calçado, levantar da cadeira sem ajuda, agachar para pegar algo no chão sem perder o equilíbrio ou machucar as costas, alcançar objetos no alto, guardados acima da cabeça, sem sentir dor no ombro, caminhar nas ruas com equilíbrio e segurança, subir e descer degraus com mais firmeza nas pernas e principalmente, respirar melhor. Tarefas aparentemente simples podem se tornar complicadas, causando transtornos porque as musculaturas não estão fortes o bastante para tais movimentos. Estando atrofiadas, algumas rígidas, dificultam a mobilidade e ficam vulneráveis às lesões. O desenvolvimento da força e flexibilidade pode ajudar a evitar problemas no dia-a-dia, tanto em tarefas domésticas quanto no trabalho, além de melhorar a estética corporal.

Os exercícios funcionais não têm como objetivo prevalecer sobre as outras atividades. Eles são mais uma opção de treinamento, uma ferramenta para os programas de exercícios. Outra consideração importante é que, quando optamos por realizar exercícios funcionais, precisamos ter consciência que os mesmos necessitam de vários cuidados, precauções e orientação por não se tratar de uma atividade que vise puramente a força do músculo de forma isolada mas sim, a harmonia do movimento. O profissional que orienta – professor de educação física ou fisioterapeuta – deve estar dominando a prática e a teoria num trabalho minucioso.

O que digo para meus alunos é: mantenham-se saudáveis, com peso corporal baixo, articulações e tendões fortalecidos, ossos mais rígidos, músculos resistentes, alimentação equilibrada e sorriso no rosto. Isto tudo é sinônimo de longevidade e bem-estar!

A medicina preventiva é a melhor aliada da sua saúde. Os profissionais aptos para esta orientação são os educadores físicos, os nutricionistas funcionais, os osteopatas, os acupunturistas e os médicos. Em conjunto, eles irão orientá-lo da melhor maneira possível para que você cultive uma qualidade de vida melhor e aposte em um futuro saudável. Portanto cuide-se permanentemente, sem sobrecargas e exageros, mantendo regularidade em seus exercícios físicos e equilíbrio emocional. Sorria sempre, seja otimista, tenha bom humor e … mova-se!

Gostaria de ver um vídeo sobre treinamento funcional para idosos? Acesse este link abaixo:
http://www.reabilitacaodesaude.blogspot.com?v=TaFg2PljVLc




Vamos demostrar através de imagens e gif’s retirados da internet como fazer os principais exercícios funcionais utilizados nos nossos treinos.
BURPEE
HowToDoBurpee
burpeecardio.burpee
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KETTLEBELL SWING 2 mãos
KBswing
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MOUNTAIN CLIMBERS
mountain-climbers
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POLICHINELO
polichinelo
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PRANCHA ABRE FECHA
Prancha abre-fecha
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SALTITO ALTERNADO
saltito alternado
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PISTOL
pistols1
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AGACHAR E LANÇAR (medicine ball)
agachar e lançar
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SPLIT JUMP
split jump - salto alternado




















Saiba mais sobre treinamento funcional para dar mais resistência ao corpo

Exercícios funcionais para melhorar sua corrida



Saiba mais sobre treinamento funcional para dar mais resistência ao corpo
 
 
 

O treinamento funcional nada mais é do que uma série de exercícios físicos que têm como base os movimentos cotidianos de qualquer pessoa seja ela atleta ou não. Este tipo de atividade faz com que o corredor realize diversos movimentos, fora os da corrida, de maneira mais eficiente, já que trabalha a força, a resistência, a coordenação, a flexibilidade e o equilíbrio. Além disto, é fundamental para melhorar todo o condicionamento físico, respeitando sempre os objetivos e os limites de cada indivíduo. 

“Movimentos de puxar, agachar, levantar, erguer, empurrar, estender, flexionar alguma parte do corpo, utilizando a própria resistência dos membros e/ou com ajuda de resistências externas, com ou sem ponto fixo ou de equilíbrio, fazem parte do treinamento funcional”, explica o coordenador de Treinamento Funcional ..

Este tipo de exercício pode ser praticado por qualquer pessoa, desde o sedentário até o idoso, bastando apenas procurar um profissional qualificado. “No caso do sedentário, é ainda mais indicado, pois como ele não tem o hábito de movimentar-se tanto, de certa forma os exercícios básicos do dia a dia, como ir até a padaria a pé ou subir uma escada, podem se tornar cada vez mais difíceis”, completa nelson santos .


Aliado na corrida
O treinamento funcional traz inúmeros benefícios, independente do nível do atleta ou da distância percorrida. “A economia de energia é um ponto importante, já que o treino para o corredor prioriza o equilíbrio entre as partes do corpo, o fortalecimento geral e específico, trabalho de propriocepção e equilíbrio dinâmico, pliometria etc., melhorando a performance geral”, explica o treinador do Core 360° - Treinamento Funcional, Allan de Menache, preparador físico do Instituto Marazul, em São Paulo.
A prática destes exercícios ajuda a prevenir lesões, pois fortalece os músculos sinergistas, aqueles que dão suporte à ação e auxiliam o movimento. 


Vantagens
Mobilidade e postura:
o treinamento ajuda a prevenir dores relacionadas com estresse e cansaço do dia a dia, no trabalho e até das atividades físicas.
Corpo mais saudável: “Resultados estéticos positivos são consequência de um treinamento funcional, pois como trabalha o corpo como um todo durante a realização dos exercícios, focando os movimentos e não os músculos em si, o gasto calórico é muito alto”, revela Allan de Menache, preparador físico do Instituto Marazul.

Autoestima: Os exercícios funcionam como um desafio para o praticante, ajudando-o a superar os seus limites. O treinamento resgata a capacidade do atleta em utilizar seu corpo da forma mais eficiente possível. 

Condicionamento físico: A capacidade aeróbica, a coordenação motora, o equilíbrio, a força muscular e a resistência física são aprimorados, já que trabalha várias partes do corpo, melhorando, assim, o desempenho dos atletas.


Fonte: www.ativo.com


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Introdução
Na atualidade, as quedas se tornaram um dos maiores problemas de saúde pública em idosos, devido ao aumento da morbidade, mortalidade e custos para a família e a sociedade1. Os principais fatores de risco para quedas nessa população estão relacionados à limitação funcional, história de quedas, aumento da idade1-4, fraqueza muscular, uso de medicamentos psicotrópicos, riscos ambientais1,3,4, sexo feminino2,5,6 e deficit visual2.
Pesquisadores relatam que mulheres idosas apresentam maior propensão para quedas devido a menor massa magra e força muscular, maior prevalência de doenças crônico-degenerativas e exposição às atividades domésticas2,5,6.
Anualmente, no Brasil2 e nos Estados Unidos7, 30% dos idosos não institucionalizados sofrem quedas. Aproximadamente 5% destas causam fraturas, destacando-se as do quadril2. Os Estados Unidos têm um custo anual de 10 bilhões de dólares no tratamento de fraturas do quadril em idosos decorrente das quedas8. Diferentemente, no Brasil, apesar do alto índice de fraturas, são gastos R$ 12 milhões anuais9.
Para prevenir as quedas, é necessário aprimorar as condições de recepção de informações sensoriais do sistema vestibular, visual e somatossensorial, de modo a ativar os músculos antigravitacionais e estimular o equilíbrio10. Um dos meios empregados para promover os estímulos acima citados é a prática da atividade física11,12.
Desta forma, é preconizado, na literatura, que a atividade física realizada no decorrer da vida pode atenuar as perdas ósseas e musculares e reduzir o risco de fratura em até 60%1,3. Além disso, a atividade física aprimora a qualidade de vida, reduz o risco de quedas e promove o aumento da força muscular, do condicionamento aeróbico e da flexibilidade do equilíbrio3,13.
Desde os tempos remotos, a hidroterapia tem sido utilizada como recurso para tratar doenças reumáticas, ortopédicas e neurológicas; entretanto, só recentemente é que essa tem se tornado alvo de estudos científicos. As propriedades físicas da água, somadas aos exercícios, podem cumprir com a maioria dos objetivos físicos propostos num programa de reabilitação. O meio aquático é considerado seguro e eficaz na reabilitação do idoso, pois a água atua simultaneamente nas desordens musculoesqueléticas e melhora o equilíbrio14,15.
A multiplicidade de sintomas como dor, fraqueza muscular, deficit de equilíbrio, obesidade, doenças articulares, desordens na marcha, dentre outras, dificultam a realização dos exercícios em solo por idosos, ao contrário dos exercícios realizados no meio aquático, onde há diminuição da sobrecarga articular, menor risco de quedas e de lesões. Além disso, a flutuação possibilita ao indivíduo realizar exercícios e movimentos que não podem ser realizados no solo10,14,16.
Apesar de poucos estudos relatarem os efeitos da hidroterapia no equilíbrio e na redução de quedas, todos eles demonstraram benefícios, como por exemplo, a redução da oscilação postural17, o aumento do alcance funcional16 e a maior independência nas atividades da vida diária (AVD's)18. Compreendendo a relevância desse tema, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de um programa de hidroterapia no equilíbrio e no risco de quedas em idosas.
 
Métodos
Trata-se de um estudo quase-experimental antes/depois sem grupo controle, realizado na Associação de Idosos do Brasil (AIB) em Goiânia (GO). A realização deste obedeceu aos princípios éticos para pesquisa envolvendo seres humanos, conforme resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Goiás (UCG), sob parecer número 0065.0.168.000-05.
Sujeitos
Para o desenvolvimento do estudo, foram selecionados 50 idosos (49 mulheres e um homem). Os voluntários foram recrutados por meio de cartazes na própria associação e posteriormente selecionados segundo os critérios de inclusão e exclusão.
Critérios de inclusão: idade acima de 60 anos, marcha independente, independência nas AVDs, ausência de contra-indicação médica ao exercício – atestado médico cardiológico e dermatológico – participação em 80% do tratamento e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Critérios de exclusão: incontinência urinária ou fecal, insuficiência renal, feridas abertas, doenças cutâneas contagiosas, doenças infecciosas, sondas, trombos vasculares, insuficiência cardíaca, pressão arterial (PA) não controlada, dispnéia aos mínimos esforços, uso de medicamentos psicotrópicos (benzodiazepínicos), participação em outro programa de atividade física e fisioterapia.
Após a seleção, 40 idosas se enquadraram nos critérios de inclusão. Quinze delas não completaram o estudo por motivos como viagens e problemas de saúde. Desta forma, 25 idosas, com idade média de 72,60 ± 7,11 anos, compuseram a amostra investigada.
Materiais
Questionário para entrevista, Escala de Equilíbrio de Berg (versão brasileira)19, teste Timed Up & Go20, cronômetro (Sport Timer®), régua, degrau de 20cm, duas cadeiras com 45cm de altura – uma delas com braços – trena, estetoscópio e esfigmomanômetro (Becton Dickinson®), piscina com formato retangular, tamanho de 7,5m por 11,1m, fundo inclinado com profundidade de 0,8m a 1,2m e temperatura média de 30ºC.
Procedimentos
A avaliação consistiu de entrevista inicial, que coletou informações como idade, estado civil, número de pessoas na residência, relato de doenças, uso de medicamentos e história de quedas e de fraturas. Após a entrevista, as idosas foram submetidas à avaliação do equilíbrio por meio da Escala de Equilíbrio de Berg19 (versão brasileira) e teste Timed Up & Go20. Além disso, foi avaliada a previsão do risco de quedas por meio da relação com a pontuação da Escala de Equilíbrio de Berg, conforme modelo de Shumway-Cook et al.21. Os testes foram escolhidos por serem funcionais, validados, aceitos internacionalmente, de fácil aplicação e de baixo custo19,20.
A Escala de Equilíbrio de Berg atende a várias propostas, como descrição quantitativa da habilidade de equilíbrio funcional, determinação de fatores de risco para perda de independência e para quedas em idosos, além da avaliação da efetividade das intervenções na prática clínica e em pesquisas. A escala avalia o equilíbrio estático e dinâmico, baseada em 14 itens comuns da vida diária, tais como alcançar, girar, transferir-se, permanecer em pé e levantar-se. O escore máximo que pode ser alcançado é 56 pontos. Esta foi aplicada de acordo com os procedimentos descritos pelos autores que fizeram sua tradução e adaptação para o Brasil19.
Foi utilizado ainda o modelo para previsão quantitativa do risco de quedas em idosos que estabelece a relação entre a Escala de Equilíbrio de Berg e o risco de quedas (10-100%), desenvolvido por Shumway-Cook et al.21. Nesse modelo, a sensibilidade da escala foi de 91% e a especificidade, 82%. A probabilidade de queda aumenta com a diminuição da pontuação da Escala de Equilíbrio de Berg, numa relação não linear. Na amplitude de 56 a 54, cada ponto a menos é associado a um aumento de 3 a 4% no risco de quedas. De 54 a 46, a alteração de um ponto é associada ao aumento de 6 a 8%, sendo que, abaixo de 36 pontos, o risco de quedas é quase de 100%21.
O teste Time Up & Go faz uma monitoração rápida para detectar os problemas de equilíbrio que afetam as AVD's nos idosos. Quanto menor o tempo para a realização do teste, melhor o equilíbrio. Foi mensurado, em segundos, o tempo gasto pela idosa para levantar da cadeira, andar uma distância de 3 m, dar a volta, caminhar em direção à cadeira e sentar-se novamente20. A idosa realizou o teste uma vez, para se familiarizar, e o tempo foi cronometrado na segunda tentativa.
As escalas foram aplicadas pré-tratamento (Pre), após 6 semanas (Pos6) e após 12 semanas (Pos12) de hidroterapia. A PA foi aferida antes e após as sessões de tratamento, com objetivo de verificar as condições do indivíduo para realização de atividades aquáticas, sem fins estatísticos.
O tempo de duração do estudo foi de 12 semanas, com sessões de 40 minutos, duas vezes por semana – às segundas e quartas-feiras. O programa de hidroterapia para equilíbrio foi realizado com seis idosas por grupo e incluiu adaptação ao meio aquático, hidrocinesioterapia e inclusão de exercícios aquáticos de outros estudos16,22,23, que desafiam o equilíbrio. Cada sessão foi dividida em três fases: fase de adaptação ao meio aquático, fase de alongamento e fase de exercícios para equilíbrio estáticos e dinâmicos. A intensidade foi de baixa a moderada, sendo a intensidade, a freqüência e a velocidade constantes, por 12 semanas. Cada série foi realizada de forma contínua e, entre elas, houve repouso de 1 minuto. O programa está descrito a seguir e pode ser visualizado nas Figuras 1, 2 e 3.

 
 

 
 
Fase I – Adaptação ao meio aquático
Exercício 1: controle respiratório
  • Posicionamento: posição semi-sentada sem apoio posterior, com imersão no nível dos ombros. Ombros em flexão de 90º e cotovelos em extensão.
  • Atividade: expirar lenta e prolongadamente pela boca sobre a água, com boca imersa e posteriormente com boca e nariz imersos (2').
Fase II – Alongamento. Os alongamentos são mantidos por 30 segundos
Exercício 2: alongamento dos músculos isquiotibiais
  • Posicionamento: posição ortostática com as costas apoiadas na parede.
  • Atividade: elevar um dos membros inferiores, manter extensão do joelho e flexão dorsal do tornozelo.
Exercício 3: alongamento dos músculos tríceps sural e íliopsoas
  • Posicionamento: posição ortostática com as mãos apoiadas na borda da piscina.
  • Atividade: realizar um passo largo à frente, manter o joelho anterior em flexão, o joelho posterior em extensão e os pés em contato com o fundo da piscina.
Fase III – Exercícios para equilíbrio estáticos e dinâmicos. As velocidades e freqüências indicadas são médias aproximadas
Exercício 4: marcha em círculo com as mãos dadas e mudanças de sentido esporádicas
  • Atividade: marchar lateralmente, de frente e de costas, alternando nos sentidos horário e anti-horário, três vezes em cada tipo de marcha (1' para cada tipo de marcha, velocidade: 0,40m/s).
Exercício 5: marcha em fila
  • Posicionamento: apoiar as mãos na cintura do indivíduo da frente.
  • Atividade: deslocar-se na piscina realizando curvas e mudanças de direção. Atividade conduzida pelo fisioterapeuta (3', velocidade: 0,40m/s).
Exercício 6: Marcha para frente impulsionando os membros inferiores com vigor
  • Atividade: marchar com maior velocidade e impulsão (45m, velocidade: 0,50m/s).
Exercício 7: Marcha para trás. (45m, velocidade: 0,50m/s)
Exercício 8: Marcha lateral com passos largos. (45m, velocidade: 0,55m/s)
Exercício 9: Marcha com um pé à frente do outro
  • Atividade: marchar apoiando um pé imediatamente à frente do outro, e assim sucessivamente (45m, velocidade: 0,20m/s).
Exercício 10: Marcha com rotação de tronco
  • Atividade: caminhar para frente levando a mão ao joelho oposto em flexão, de forma alternada (45m, velocidade: 0,30m/s).
Exercício 11: Marcha com paradas em apoio unipodal
  • Atividade: realizar a marcha e, ao comando do fisioterapeuta, manter o apoio unipodal com o joelho oposto em flexão durante 10 segundos (12 paradas em 45m, velocidade: 0,50m/s).
Exercício 12: Flexo-extensão de ombros bilateral
  • Posicionamento: posição semi-sentada.
  • Atividade: realizar flexão e extensão de ombros mantendo cotovelos em extensão. Iniciar em hiperextensão máxima dos ombros até flexão a 90º (dez repetições, freqüência: 12 repetições por minuto).
Exercício 13: Abdução-adução horizontal dos ombros bilateral
  • Posicionamento: posição semi-sentada, ombros fletidos a 90º, cotovelos estendidos.
  • Atividade: iniciar em adução até 90º de abdução horizontal (dez repetições, freqüência: 12 repetições por minuto).
Exercício 14: Bombeamento de tornozelo
  • Posicionamento: postura ortostática, com imersão no nível do processo xifóide.
  • Atividade: realizar extensão dos joelhos associada à flexão plantar, manter esta posição por 5 segundos, e em seguida, flexão dos joelhos associada a dorsiflexão, mantendo também por 5 segundos (dez repetições, freqüência: três repetições por minuto).
Análise estatística
Para fazer as comparações no decorrer do tempo das variáveis mensuráveis, foi utilizado o teste t de Student para dados pareados, bem como o Teste de Wilcoxon, por meio do confronto de cada pontuação ou tempo individual após o tratamento com o resultado análogo do mesmo sujeito na avaliação anterior. Os dados são apresentados como diferença média e desvio padrão da diferença. Foram analisados com auxílio do software Minitab. O nível de significância adotado foi a= 0,01.
 
Resultados
De acordo com as entrevistas iniciais, as idosas apresentaram as seguintes características: faixa etária predominante de 70 a 79 anos (64%), 28% com vida conjugal, 28% viviam sozinhas. A média total de doenças relatadas por indivíduo foi de 2,2, com predominância de hipertensão arterial controlada (60%) e osteoporose (28%). A média de medicamentos utilizados regularmente foi de 1,76 por indivíduo. Das idosas avaliadas, 20% já apresentaram fraturas como conseqüência de quedas e 76% tinham história de quedas.
Quanto à PA, não houve variações antes e após a sessão.
Segundo os resultados obtidos, o programa de hidroterapia promoveu aumento significativo do equilíbrio das idosas, verificado por meio da Escala de Equilíbrio de Berg. O aumento ocorreu após a sexta semana (p< 0,001), após a 12ª semana (p< 0,001) e entre a sexta e a 12ª semanas (p< 0,001), conforme a Tabela 1.
Igualmente, foi observado que no teste Timed Up & Go ocorreu diminuição significativa dos tempos de execução do teste das idosas depois do programa de hidroterapia, após a sexta semana (p< 0,001), após a 12ª semana (p< 0,001) e entre a sexta e a 12ª semanas (p< 0,001), o que indica aumento do equilíbrio (Tabelas 2 e 3).
Os resultados demonstraram que o programa de hidroterapia promoveu redução significativa do risco de quedas das idosas, após a sexta semana (p< 0,001), após a 12ª semana (p< 0,001) e entre a sexta e a 12ª semanas (p< 0,001), de acordo com a previsão dada pelo modelo de Shumway-Cook et al.21 sobre a pontuação da Escala de Equilíbrio de Berg (Tabela 4).
 
Discussão
Segundo os resultados obtidos, o equilíbrio aumentou significativamente após a execução do programa de hidroterapia, de acordo com a Escala de Equilíbrio de Berg e o teste Timed Up & Go, tais como os resultados obtidos por diversos autores14,16,17,22-24, nos quais a aplicação de um programa de hidroterapia aumentou o equilíbrio em idosos. Entretanto, os testes funcionais e os programas de tratamento utilizados nesses trabalhos são diferentes, o que dificulta a comparação quantitativa.
No presente estudo, o risco de quedas das idosas, avaliado de forma quantitativa, sofreu redução significativa após o tratamento. Estudos que verificaram aumento do equilíbrio após programas de hidroterapia também sugerem redução do risco de quedas, já que o equilíbrio tem relação direta com estas14,16,22. Estes autores não utilizaram um modelo com pontuação que prevê o risco de queda, mas avaliaram-no de forma indireta, ou seja, classificaram os idosos com baixo, médio ou alto risco de quedas de acordo com a pontuação obtida nos testes de equilíbrio. Desta forma, sugere-se, para pesquisas posteriores, a utilização de escalas para pontuar o risco de quedas de modo a obter resultados de forma direta.
Os autores são unânimes quanto à indicação de exercícios aquáticos para indivíduos com medo e risco de queda14,16,22,24. A água é viscosa, desacelera os movimentos e retarda a queda, o que prolonga o tempo para retomada da postura quando o corpo se desequilibra. A flutuação atua como suporte, o que aumenta a confiança do indivíduo e reduz o medo de cair. Assim, pode-se desafiar o indivíduo além de seus limites de estabilidade, sem temer as conseqüências de queda que podem ocorrer no solo10,25.
Este programa de hidroterapia foi efetivo na redução do risco de quedas em idosas. Assim, podem-se prevenir efeitos indesejados decorrentes de quedas que variam desde escoriações leves, restrições na mobilidade, limitação nas AVD's, perda da independência funcional até o isolamento social, que geram um ciclo vicioso de restrição voluntária das atividades e comprometem severamente a qualidade de vida2,26.
Ao analisar os intervalos de tempo entre as avaliações, segundo as escalas, foi observado maior ganho de equilíbrio na primeira etapa do programa (até a sexta semana), da mesma forma que Simmons e Hansen16.
Possivelmente estes resultados ocorreram porque as respostas ao exercício físico são mais evidentes nas primeiras semanas de aplicação. Na fase inicial, predominam as alterações neurais e, na fase intermediária, as adaptações musculares. Nos idosos, o aumento da força muscular é decorrente principalmente das adaptações neurais e ocorre com maior magnitude nas primeiras seis a oito semanas de treinamento27,28.
No presente estudo, foi aplicado o mesmo programa durante todo o período. É possível que a modificação do programa no decorrer do tratamento, com exercícios progressivos (aumento na intensidade, freqüência e duração), possibilite resultados de maior magnitude.
Outra possível hipótese que pode justificar este resultado são as limitações das escalas utilizadas, de modo a não haver possibilidade de mensurar novas habilidades no período seguinte: a Escala de Equilíbrio de Berg tem pontuação máxima de 56 pontos, e muitas idosas se aproximaram desse valor após a sexta semana; o teste Timed Up & Go não pode ter o tempo reduzido indefinidamente. Como referência, 10 segundos é o tempo considerado normal para idosos saudáveis e independentes20. Ademais, outros testes funcionais usados para avaliar equilíbrio, como alcance funcional, escala de marcha e equilíbrio de Tinetti e índice dinâmico de marcha, apresentam limitações semelhantes.
A proposta deste programa de hidroterapia consistiu no estímulo das reações de equilíbrio, para promover o aumento do equilíbrio e prevenir as quedas em idosas. Buscou-se também a produção de um programa de fácil replicabilidade, uma vez que é descrito o exercício, a freqüência, a intensidade e a duração de cada um deles, diferentemente da maioria das pesquisas realizadas com esta temática, nas quais a descrição dos programas é simples e generalista14,16,17,22-24. Programas definidos são fundamentais para reprodução de novas pesquisas, assim como comprovação dos resultados.
Uma possível limitação do estudo quanto à previsão do risco de quedas pode ser decorrente da baixa sensibilidade da Escala de Equilíbrio de Berg. Bogle Thorbahn e Newton29, ao comparar o auto-relato de quedas em idosos com a pontuação da escala, observaram que a especificidade do teste foi alta; entretanto a sensibilidade foi de 53%. Devido à escassez de testes para quantificar o risco de quedas, sugere-se o aperfeiçoamento dos existentes e a criação de novos testes.
Apesar de a amostra ser pequena e de não apresentar grupo controle, os resultados indicam que o programa de exercícios de hidroterapia proporciona aumento do equilíbrio e redução do risco de quedas em idosas. Sendo assim, é um possível recurso fisioterapêutico recomendado para prevenir as quedas em idosos.
 


poatado por www.reabilitacaodesaude.blogspot.com
email : nelson_enfermagem@hotmail.com
fone : 993662013








quinta-feira, 18 de abril de 2013

PSICOLOGIA MOMENTOA DE REFLETIR NOS NOSSOS ATOS



BRIGAS DOS PAIS AFETAM OS RELACIONAMENTOS DOS FILHOS ATÉ A VIDA ADULTA
Crianças que presenciam brigas violentas dos pais têm mais dificuldades em se relacionar











ESSE TRAUMA FICA DURANTE Á VIDA TODA SE NÃO HOUVER UM TRATAMENTO , ISSO VAI AFETAR EM SEU DESENVOLVIMENTO FISICO E MENTAL , IMAGINE ESSA CRIANÇA NA ESCOLA COMO SERÁ O SEU DESENPENHO , ATITUDES COM SEUS COLEGAS DE SALA DE AULA ATÉ MESMO COM O PROFESSOR . MUITOS FATOS NÓS RELATAMOS ATÉ OUVIMOS MAS NÃO SABEMOS COMO AGIR MEDIANTE ESSA SITUAÇÃO
UMA BOA PARTE DESSAS CRIANÇAS OU ATÉ MESMO ADOLESCENTES PARTEM PARA USO DE SUBSTÂNCIA QUIMICAS , O ÁLCOOL E AGRESSÕES VERBAIS E FISICAS VEMOS HOJE DENTRO DAS SALAS DE AULAS ALUNOS SE AGREDINDO SE MATANDO A TROCO DE NADA ESSE É UM PROBLEMA QUE VEM DA SUA EDUCAÇÃO FAMILIAR E MUITAS VEZES OS PAÍS NÃO CONSEGUEM INDENTIFICAR O PROBLEMA POR FALTA DE TEMPO PELO FATO DE TRABALHAR DEMAIS E NÃO ACOMPANHA O DESENVOLVIMENTO DO SEU FILHO ATÉ QUE ACONTEÇA O PIOR , SE ESTIVER HAVENDO UM DESCONTROLE EM SUA FAMILIA PROCURE AJUDA PARA QUE SEU FILHO NÃO VENHA A SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS .

Você pode não se dar conta, mas discussões de casal diante dos filhos podem marcá-los para sempre. Foi exatamente isso o que aconteceu com Paula (que prefere não revelar o nome), relações-públicas que mora em São Paulo e tem 30 anos. Emocionada, ela garante não acreditar mais no amor. Para ela, um dos motivos de sua vida amorosa ser tumultuada é resultado dos exemplos que teve em casa: constantes confrontos dos pais e a separação dos dois.

“Eles acabaram com o casamento deles e eu com o meu, no ano seguinte. Fiquei tão passada quando descobri uma traição do meu pai que acabei fazendo do problema deles o meu. Conclusão: meu ex não aguentou tanta pressão”, resume. Namorando há três anos outra pessoa, Paula diz ter a impressão de que a relação não vai decolar. “Quando me lembro das brigas que presenciei na minha infância e na adolescência, acho que não casarei e nem terei filhos”, diz ela, que afirma lutar contra esses pensamentos, mas é difícil não associar família a um ambiente conturbado.


DEPOIMENTOS DE CRIANÇAS

Queria que meus pais parassem de gritar comigo e minha mãe parasse de me xingar.” (menina de 6 anos - caso


Queria que meus pais parassem de brigar entre eles e meu irmão não brigasse tanto comigo.” (menino de 5 anos


“Queria que meus pais não me batessem mais.” (menina de 7 anos




COMPORTAMENTO DAS CRIANÇAS DIANTE DA RELAÇÃO CONJUGAL DOS PAIS
Quanto melhor a interação familiar, menos estressante é a relação entre pais e filhos
Quanto mais as crianças percebem a desarmonia dos pais, menos regras os adultos colocam e mais elas são consideradas "difíceis" por eles
Quanto mais as crianças percebem um clima conjugal negativo, menor o índice de habilidades sociais
Quanto mais estressante a vida do casal, mais frequentes as punições físicas em relação às crianças
Crianças cujos pais têm uma relação harmônico têm melhores relacionamentos com os amigos


Thinkstock


NÃO DEIXE CHEGAR Á ESSE PONTO
Eu cresci em meio a um meio cheio de brigas, a violência, inicialmente era apenas verbal, mas após um tempo evoluiu para agressões físicas. Acredito sim que isso prejudicou bastante o meu desenvolvimento social. Foi muito difícil superar certos traumas causados para as seguidas discussões. Hoje me sinto mais seguro referente ao mundo, porem certas marcas nunca serão apagadas, vejo que minha irmã do meio pode ter sido a mais prejudicada. É visível seus transtornos psicológicos. Muitas vezes os pais não dão tanta importância a pequenas atitudes do seu dia a dia, porém seus resultados no futuro podem ser muito prejudiciais... Hoje também não consigo ter um relacionamento estável, já me relacionei com mulheres que julgo perfeitas, porem tenho dificuldades para lidar com certas atitudes, não converso com meu Pai a 5 anos, não que tenha raiva dele, mas não sinto nenhum sentimento por ele...


O interessante é que esta pesquisa tem como alvo a cabeça dos filhos. Algo que está fora de questão na vida dos casais "moderninhos". "Meu filho tem tudo - dizem - estuda na melhor escola, faz inglês, natação, compro as melhores roupas (cadê o pai/mãe?. Só pagam a conta).....". "E eu sou uma pessoa de muita personalidade. Sou profissional de respeito, me imponho em todas as situações (inclusive diante do cônjuge)". "Quando entro numa briga não deixo barato". É o individualismo que manda, são os "valores"(?) enaltecidos dentro das empresas, onde os filhos são "concorrentes" na disputa pela dedicação dos pais. vi outras consequências do desajuste familiar, mais especificamente, na vida profissional dos filhos.


O encontro objetiva promover uma reflexão sobre as mudanças comportamentais da família contemporânea, refletir sobre a qualidade do tempo desprendido na relação pais e filhos. Ao mesmo reconhecer que o investimento em uma vida pessoal, familiar e profissional mais equilibrada é o fator diferencial de sucesso e o grande desafio a ser vencido diante da crise de valores instaurada.


Conflitos de relacionamento entre pais e filhos

O conflito entre pais e filhos vem se tornando algo cada vez mais comum. A atual juventude possui uma maneira completamente diferente de compreender o mundo do que a geração passada. Talvez, esse seja o principal motivo de tantas discussões e desavenças.
Na adolescência, a situação fica ainda mais complicada. Durante essa fase, o jovem começa a achar que é dono do próprio nariz e que pode fazer tudo o que tiver vontade. Aí, ele acaba indo de encontro aos seus pais, que querem alertá-lo sobre os perigos existentes no mundo lá fora.
Para isso, eles acabam criando normas extremamente rígidas, o que provoca um sentimento de revolta no garoto. O ideal é que os pais compreendam o momento que o filho está passando e saibam como lidar com esse tipo de situação. Um diálogo franco e aberto é a melhor forma de evitar que o jovem tome os caminhos errados















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AGRESSIVIDADE(ANÁLISE PSICOLÓGICA)
 
Talvez não haja um tema tão importante para o desenvolvimento das relações sociais, e melhoria da qualidade de vida do coletivo do que discutir à agressividade em vários níveis psicológicos. Infelizmente por aspectos culturais e até mesmo religiosos, se compara a agressividade apenas com violência ou destrutividade. Estas duas últimas são aspectos totalmente patológicos da conduta humana, causando risco iminente para a própria sobrevivência da espécie. A agressividade é um fenômeno comum do cotidiano, e nos cabe entender a mesma, buscando tanto seus aspectos positivos quanto os negativos. O enfoque do estudo é a agressividade enquanto afastamento de outro ser humano, e não a violência ou qualquer coação física.
 
Por definição, dentro de um parâmetro psicológico, a pessoa agressiva é aquela que reage a todo acontecimento, como se fosse uma prova, contenda ou disputa na sua leitura mental. A competição passa a reinar na alma da pessoa; e se fizermos um levantamento da história do indivíduo, descobriremos que desde cedo o mesmo se esforçou em demasia para não vivenciar a experiência da exclusão. A crítica é sempre devastadora para estas pessoas. Esta definição contempla os aspectos negativos do fenômeno. É curioso notar como a agressividade é um divisor de formas de conduta ou personalidade, pois o oposto é uma pessoa que vive em lamúria ou autocomiseração. Já os agressivos têm uma precipitação de reações ou sentimentos. Mais curioso ainda é como a sociedade amplia o conceito de agressividade, considerando que a própria sinceridade e autenticidade são resultados da mesma.
 
Com toda a certeza a hipocrisia é a manutenção da agressividade ao extremo, cortando todas as formas possíveis de reação. É um instrumento político de manutenção da força e desigualdade, para se evitar qualquer transformação nas relações. Poucos refletem sobre o fato de que uma explosão de raiva pode ser tão agressiva quanto uma omissão num momento fundamental de ajuda ou participação perante outra pessoa. Já sabemos que a dissimulação faz parte de nossa era, mas esta também é uma “filha” legítima da agressividade, sendo uma espécie de permissão para vivenciar a mesma de forma velada como foi exposto. O dilema histórico da humanidade é quando conter ou não a agressividade. Sua repressão abala inclusive a saúde física da pessoa.
 
O problema é que numa sociedade totalmente competitiva como a nossa, toda a resposta caminha à agressão, por conta da leitura de que alguém está invadindo o espaço vital do sujeito. A conseqüência é não apenas enfrentar os efeitos da agressividade, assim como a culpa resultante do processo. Quais seriam os aspectos positivos da agressividade? Servir para uma reflexão profunda sobre o tipo de reação que realmente é necessária. Os extremos assolam nossa sociedade; seres belicosos em qualquer situação banal, e personalidades ingênuas, não abstraindo a verdadeira intenção de seu meio; expor também os reais aborrecimentos ou sentimentos de frustração perante a pessoa ou coletividade. O problema passa a ser a dosagem de como isto é feito.
 
A autenticidade não implica necessariamente em rigidez, potência de voz ou extrema ansiedade. A explosão emocional se insere exatamente neste quadro, e a pessoa invariavelmente perde sempre o controle. Mas o que acontece que motiva sempre a perda do rumo para uma situação de conflito? Novamente podemos falar da competição? Tudo o que está sendo levantado remete ao que ALFRED ADLER, contemporâneo de FREUD, e criador da psicologia social, chamava de “complexo de inferioridade”. Pode ser definido desde sentimentos ou pensamentos depreciativos para com o próprio físico da pessoa, passando por sua crença internalizada de que não é uma pessoa com poder ou carisma perante a sociedade.
 
Quem sofre do complexo de inferioridade convive desde sua infância com uma certeza mórbida de que sempre é a última a ser lembrada ou requisitada para algo especial. A conseqüência deste processo é o desenvolvimento de uma personalidade tímida e retraída, sendo que nas situações sociais não sente nenhuma potência pessoal, gerando a raiva e ódio como compensações psicológicas. É como se na presença de outros se sentisse totalmente anulada, e o ódio citado vai constantemente sendo expelido. O drama máximo do agressivo é não perceber que é usado constantemente por pessoas que não conseguem lidar com sua raiva; estas acabam sempre criando uma armadilha para que a suposta pessoa agressiva atue o que as outras jamais teriam coragem de expor. É uma projeção de catarse no outro.

A agressividade negativa remonta a dificuldade de se lidar com o sentido mais profundo da vida. A posse e o apego, por exemplo, são forças direcionadas para um prazer metafísico de acúmulo ou continuidade do ego, o que contraria a essência de nossa vida que diz que jamais iremos reter, mas ao contrário, apenas podemos deixar algo. Este fator realmente é eterno.
Desde a disputa do complexo de Édipo, até as disputas históricas pelo poder,a agressividade negativa tem a característica de deixar marcas ou traumas indeléveis. É a tentativa de se eternizar usando o pólo destrutivo da alma humana. Infelizmente nossa mais forte lembrança para as gerações futuras sempre foi o uso da força e a brutalidade, nos mostrando que jamais esqueceremos alguém que nos impôs algo, ou então que desfilou determinado sentimento para o qual jamais poderíamos nos preparar, sendo esta a essência do trauma.
 
Se o respeito for obtido pela autoridade ou desprezo, a conseqüência inevitável será a cristalização do medo e insegurança. Caso seja conquistado pela superproteção ou mimo, se desenvolverá uma Personalidade egoísta e narcisista. O único ponto possível de equilíbrio é a retirada absoluta do rancor de um passado, para que a pessoa não descarregue ou compense algo em seus descendentes. O respeito pleno pela individualidade deve ser a meta. Obviamente não se esquecendo a imperiosidade de regras de convivência e responsabilidade social. Paciência, dedicação e confiança são a tríplice potência para formarmos algo de valor. A pergunta é: Você está disposto a aprender a ser um bom pai ou mãe? Tem ciência de toda esta responsabilidade para com o futuro do ser humano?

O fator psicológico central de uma pessoa agressiva é que a mesma possui a plena consciência de uma vida que lhe seria satisfatória, agindo com um tom constante de revolta pela não obtenção de seu projeto pessoal; sabe também que a cada dia está mais distante dessa meta. Esta tese se transforma no núcleo do círculo vicioso. O não atingir o desejo pessoal ativa uma reação descontrolada e intempestiva perante uma simples frustração, e tal hábito afasta a pessoa da solução definitiva de seu problema comportamental. Reagir perante os mais insignificantes fatos novamente é o indício da atuação marcante do complexo de inferioridade no ser humano.
 
A agressividade se alia constantemente com outros sentimentos negativos, o principal deles é a inveja, devido à possibilidade da descarga da frustração e raiva. A inveja cria uma constante necessidade de fuga da situação dolorosa de se comparar e se sentir inferiorizado, partindo-se para o ataque. A agressividade é conseqüência de uma política não apenas econômica do nosso sistema, mas dirigida a esconder todos os sentimentos ou emoções negativas do tipo: cobiça, ódio, avareza e a inveja citada. O sistema só permite o aflorar de tais sentimentos na hora exata do consumo, pilar da sociedade e fator destrutivo do “eu”, dependendo de sua freqüência. A agressão então se transforma na resposta fisiológica do silêncio imposto pela sociedade, assim como suas regras de dissimulação, como vimos anteriormente. Torna-se ainda um tipo de distração e fuga do tédio e rotina que assolam a pessoa. Jamais haverá cura para a agressão social e individual se não lidarmos com todos os mecanismos que geram a hipocrisia nas relações.
 
A tese no transcorrer do texto é a de que o agressivo se adianta a uma possível experiência de rejeição, tendo a certeza de que alguém fatalmente irá contrariar suas expectativas. Além disso, se conhece como uma pessoa totalmente solitária, sendo que o aflorar de sua agressividade é exatamente em resposta ao hábito de jamais conseguir conservar uma amizade ou relacionamento, disfarçando sua miséria afetiva no remoer todo tipo de conflito. A derrocada de qualquer projeto afetivo sempre será iminente. A pergunta é: será possível anular tal “maldição” pessoal? A experiência clínica comprova que uma das únicas possibilidades de cura é a vivência de seus sentimentos dolorosos na psicoterapia, transportando seu lado bélico numa arena onde realmente possa ser diluído ou controlado. A agressividade continuará no topo comportamental da pessoa quanto maior for sua necessidade de atenção ou carência. Temos de perceber que a compulsão para a liderança, poder e orgulho, quase sempre pode superar uma reflexão genuína e honesta acerca da conduta da pessoa. O fato é que a resposta agressiva acaba não temendo qualquer tipo de perda, pois sua meta é a desforra contra imagens de ódio internalizadas em seu passado.
 
O sonho a seguir relatado por um paciente dá a medida exata de tudo o que foi dito até o presente momento: “sonhei que iria enfrentar o maior campeão do mundo no boxe; meu treinador também havia sido um grande lutador; comecei a perceber então a enrascada em que estava; como poderia enfrentar alguém tão forte e impiedoso sem nunca ter treinado ou feito qualquer tipo de condicionamento físico; pensava em desistir, mas o medo do vexame me assolava totalmente; sentia que meu oponente além de tudo estava em sua melhor forma física; o curioso é que meu treinador acreditava em mim, me falando que a saída era um único golpe certeiro. A multidão começou a lotar o ginásio, e antes da luta vim a falecer”. Este sonho mostra de forma cristalina toda a desproporcionalidade vivida por pessoas com um potencial agressivo acima da média, se engajando em situações onde fatalmente não terão um mínimo preparo para resolver de forma equilibrada seus conflitos, sejam pessoais ou sociais. É interessante como a energia agressiva atrai um “campeão do boxe”, provando que o fator inconsciente lançará a pessoa no caos, pois sua ira interna é desmedida perante suas reais potencialidades e possibilidades. O agressivo possui uma ambigüidade constante de desafio e recuo, o que aumenta sensivelmente todo seu tormento ou complexo de inferioridade.
 
Mas é justamente neste ponto que coloco em discussão outra temática polêmica; o agressivo não desejaria nunca ter a conduta do desafio, porém, sente que não há outras alternativas afora seu comportamento viciado. Como seria de vital importância que o sistema percebesse e aprofundasse tal conceito, provando realmente seu desejo de ajudar a evolução da pessoa. O emaranhado criado pela agressividade visa somente a compensação pela falta de estrutura e segurança afetiva. A agressividade em nosso mundo sempre irá gerar uma sensação de orfandade ou abandono, pois quase nenhum ser humano tem a capacidade de lidar plenamente com a culpa ou remorso após uma situação conflituosa. Aprofundando um pouco mais tal conceito, diria que somente depois de determinada perda é que o sujeito preso na agressividade visualiza todo seu histórico e modo de lidar com os afetos, embora como disse antes não consiga frear tal acontecimento.
 
Se olharmos à nossa volta, perceberemos que a competição é a droga ou vício de alguém que sempre tombará no lado pessoal. Basta nos atermos ao drama das separações ou conflitos conjugais. É impressionante a alienação nesta esfera. Há muito venho afirmando que nossa conduta profissional ou social é inteiramente transportada para o lado afetivo, pois uma relação jamais estará protegida das contaminações das relações sociais e de poder, porém, quase ninguém ainda percebeu tão óbvia conclusão. A agressividade gera todo tipo de medo perante uma retaliação ou revanche, desencadeando o fenômeno da paranóia. É curioso que a psicanálise tenha descrito tal patologia como sendo uma proteção inconsciente perante uma possível homossexualidade, alterando tal conteúdo sexual para uma sensação de ser perseguido constantemente. O que FREUD deixou de salientar com seu famoso estudo do caso *SCHREBER, é que o paranóico não está fugindo de possíveis energias sexuais que teme, mas que a própria paranóia é o último recurso para não se tornar um psicopata, dado que sua agressividade atingiu um estágio fora de qualquer tipo de controle. Assim sendo, a mente inverte a polaridade, fazendo com que a mania de perseguição encubra ao menos temporariamente seus instintos destrutivos; ao invés de ser o perseguidor, se transforma na vítima.
 
O rancor, a raiva ou o ódio dão uma falsa sensação de vitalidade para a pessoa com a meta da desforra, porém, cedo descobrirá que há muito se encontra putrefata em seu passado de tortura por algo que apenas encobre sua incapacidade para o novo. Outro drama do agressivo é sua relação com a questão do tempo. Sente que não o possui em demasia, desenvolvendo a impaciência e extrema ansiedade. O agressivo possui uma idéia arraigada ou internalizada de que há muito lhe foi retirado algo de extremo valor no auge de seu gozo ou aproveitamento. A conseqüência é o incremento do narcisismo, pois clama o tempo todo que foi “roubado”, ou que até hoje não vivenciou determinada experiência de prazer, achando que deve ser o único merecedor de atenção perante sua injustiça pessoal. O agressivo se tornaria extremamente útil se aprendesse a utilizar sua energia de protesto no favorecimento e reforço de pessoas com baixa auto-estima ou temerosas de seu eu. Não seria apenas uma sublimação, mas um ânimo que poderia doar ou compartilhar com alguém que está sempre duvidando de suas capacidades. Claro que o sujeito agressivo também não tem uma boa estima, mas o que enfatizo seria o transporte de determinadas atitudes àquelas pessoas que nem sequer se posicionam nas mínimas solicitações.
 
A experiência clínica nos mostra uma faceta curiosa acerca do fenômeno da agressividade. Muitas pessoas que vêm para se tratar são extremamente instruídas tanto do ponto de vista intelectual, como de experiência de vida propriamente dita. O fato é que quase todas alegam não conseguir encontrar alguém que aceite trocar ou aprender sobre seu grande conhecimento acumulado. Alguns rapidamente responderiam que tal fato ocorre pela rejeição perante a personalidade do agressivo ou o modo como se comporta. Embora isto seja evidente, não completa como um todo a análise da questão. Não seria apenas o medo de uma pessoa o fator determinante do afastamento, mas principalmente que esta lhe desperte um potencial que nunca soube explorar. Foi citado anteriormente que o agressivo pode ser uma espécie de “bode expiatório”, àquelas pessoas que não ousam se colocar de forma sincera. Aqui acrescento uma certa inveja contra alguém que apesar de talvez exceder no trato social, alimenta uma certeza perante seu posicionamento. O final da era das revoluções se aplica também na pessoalidade humana; a lei atual é o medo e ansiedade quando se escuta a palavra mudar.
 
Outra questão a ser enfatizada é: o que leva em nosso cotidiano a alguém aumentar seu potencial agressivo? É um erro imputar tal fenômeno a uma sensibilidade em excesso perante injustiças pessoais, ou as traições e decepções que vivenciamos diariamente. A verdadeira questão é que o sujeito agressivo, apesar de toda sua conduta imponente se sente na maioria das vezes totalmente dependente do outro, e o ódio é uma reação de desespero e tentativa de negar tal condição; este é seu pecado capital, quanto maior a energia empregada numa contenda, maior o risco de capitulação perante a opinião alheia. Não é por acaso que a sociedade é tímida, pois o verdadeiro inferno é a ditadura do julgamento alheio. A sociedade encaixa e dá sua importância a algumas modalidades: beleza, poder, riqueza ou prosperidade, candura e obstinação. O agressivo é totalmente expurgado do quadro anterior, sentindo que apenas na infração penal ou até mesmo na guerra é que se torna alguém necessário, sendo talvez suas únicas razões históricas de existência. A conseqüência de tal compreensão é um imenso quadro ansioso e de expectativa de mudança que não depende mais do indivíduo, mas de outro que possa lhe dar a absolvição.
 
Enfim, o agressivo deve aprender que uma verdade que expõe pode até ser transcendental, mas jamais pode justificar a submissão plena do outro. Há a necessidade da compreensão, observação e escuta profunda, mesmo perante alguém imbuído de idiossincrasias. O agressivo deve perceber que se habituou com um cenário de disputa e conflito, sendo que seria uma vitória para seu caráter expor seu lado caloroso e humano, e não somente sua rebeldia. A amargura que carrega, sempre será uma defesa perante sua “cruzada” histórica mal sucedida nos afetos. Sente ainda que jamais teve uma chance concreta de mudança ou de mostrar algo diferente. A observação clínica mostra que o agressivo possui uma admiração e curiosidade por pessoas formais e pragmáticas. Isto se deve ao fato de que estas últimas têm um anteparo eficiente contra a rejeição ou agressividade do meio. O agressivo apesar de tudo sabe que é um eterno ingênuo num mundo de códigos e condutas totalmente subliminares. Sente a cada dia o afastamento por sua integridade emocional. Procura desesperadamente alguém que o aceite e compreenda seu modo peculiar de enxergar as relações cotidianas. Encanta-se facilmente com uma pessoa que mostra alegria e felicidade dentro de toda a estrutura social corrompida, pois sua necessidade é de uma espécie de “férias” do lado sombrio que constela diariamente. A lição suprema para este tipo psicológico é que toda a carga agressiva que tentou expelir durante anos, acabou se voltando contra si próprio, maculando sua paz de espírito, fator primordial para a saúde psíquica.