reabilitação terceira idade

sábado, 5 de janeiro de 2013

ABORDAGENS DISCIPLINARES

Superdotação motora: um processo de inclusão necessário





A superdotação é um fenômeno que desperta bastante interesse por parte de pesquisadores e por mais que possa ser polêmico destacar tal condição nas escolas, esta condição sem dúvida encanta a qualquer professor.

Segundo Alencar (2001), na atualidade tem ocorrido um interesse crescente pelo superdotado ou talento, termo que em vários estudos é utilizado como sinônimo. Pode ser denominado talento aquele que se destaca por uma habilidade superior ou inusitada para uma pessoa de sua idade, ou por um desempenho excepcional, reflexo de suas habilidades e aptidões.

Segundo as Leis de Diretrizes e Bases do Conselho Nacional de Educação Especial, são consideradas crianças superdotadas e talentosas as que apresentam notável desempenho e/ou elevada potencialidade em qualquer dos aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual superior; aptidão acadêmica específica; pensamento criador ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes visuais, artes dramáticas e música e capacidade psicomotora. Renzulli (1986) propõe uma definição de superdotação é baseada na concepção dos três-anéis, que sugere o entrelaçamento de três fatores: habilidade acima da média, envolvimento com a tarefa e criatividade. Cada um desses fatores exerce um papel importante na identificação de comportamentos superdotados.

Para se explicar o desenvolvimento humano, pode-se recorrer a três hipóteses ( La Taille,1984) a primeira delas afirma que as características comuns dos individuos estão pré-programadas, dependendo quase exclusivamente do processo de maturaçao. Na segunda hipótese elas são consequência do processo de aprendizagem, fruto do meio social em que se vive. A terceira baseia-se na construção realizada pelo ser humano a partir de suas experiências sofrendo influencia da herança hereditária e do seu ambiente.

Tais condições motoras e psíquicas atreladas ao comportamento motor presentes no talento podem estar presentes em algumas pessoas, em determinados momentos e sob determinadas circunstâncias, portanto o processo de socializaçao sob o qual a mesma é submetida pode ser de fundamental importancia para o despertar dessas potencialidades. A confirmação de suas reais potencialidades, a confirmação do talento, ocorrerão na medida em que suas relações sociais se tornem mais amplas, seja por meio de mudança de meio ou atraves de maiores exigências por competitividade. Para que um talento esportivo escolar se confirme como talento no meio municipal, estadual, nacional e internacional se faz necessária uma grande mobilização de todos os envolvidos no processo, a começar pela escola, passando pela família e demais autoridades envolvidas com o desporto escolar.

A participaçao de uma criança em competições esportivas depende exclusivamente do seu estado de prontidão sendo que este se encontra ligado a fatores como períodos ótimos para aprendizagem, a capacidade de verificação e intervenção do professor é fundamental para a detecção do momento ideal.

É o professor que, através do contato diário com o aluno, pode perceber sinais de um potencial superior e, assim, fazer uma primeira identificação desse indivíduo. Daí para frente, as relações estabelecidas com esse aluno serão de fundamental importância para o seu desenvolvimento. Nesse momento, a política de atendimento adotada pela escola poderá incentivar ou podar esse desenvolvimento. Programas de enriquecimento, estratégias de ensino e clima de sala de aula serão marcos na educação do aluno superdotado. Independentemente de seu potencial, todos os indivíduos presentes nas escolas e demais centros de formaçao esportiva devem percorrer determinadas fases no processo de formação esportiva. Segundo a literatura (BOMPA, 2001; GRECO, 2000; WEINECK, 1999) o processo de formação esportiva deve se preocupar com uma iniciação básica geral que procure desenvolver todas as capacidades e habilidades motoras básicas, priorizando um trabalho multilateral e variado até aproximadamente 11/12 anos de idade (início da primeira fase puberal - pubescência). A fase seguinte seria a especialização ou formação específica que consiste em treinamento físico, técnico e tático específico para a modalidade escolhida, a partir dos 13 anos de idade aproximadamente (segunda fase puberal). A fase de alto rendimento seria a estabilização e aprimoramento dos aspectos desenvolvidos na fase anterior com o objetivo de performance, recomendado para a fase final da adolescência. De acordo com Greco (2000) a confirmaçao do trabalho ocorrerá na fase de orientação que sob a base da iniciação básica geral, pode-se começar com a orientação técnica de duas modalidades esportivas, de preferência complementares. Na fase de direção as crianças e adolescentes que não têm potencial para o esporte de alto rendimento devem ser orientadas para que o utilizem como forma de lazer e saúde.