reabilitação terceira idade

sábado, 30 de novembro de 2013

NEUROMUSCULAR

Aprendendo Fisiologia do ExercícioFisiologia do Exercício - Efeitos Fisiológicos do Treinamento

EFEITOS FISIOLÓGICOS DO TREINAMENTO DAS ATIVIDADES EM ACADEMIA:

TIPOS DE ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS:


Adaptações Metabólicas:

Aumento da capacidade do sistema oxidativo das células musculares, especialmente das de contração lenta.

Redução da produção de lactato durante a realização de esforços físicos a uma dada intensidade.

Potencialização da utilização dos ácido graxo livre (AGL) como substrato energético na realização dos esforços físicos a uma determinada intensidade, permitindo poupar o glicogênio muscular.

Aumento da atividade metabólica geral, tanto durante a realização dos esforços físicos quanto em condições de repouso.

Aumento da sensibilidade à insulina a aceleração do metabolismo das lipoproteínas no plasma, reduzindo os níveis de triglicerídeos e, em menor grau, do colesterol ligado às lipoproteínas de baixa e de muito baixa densidade.
Eliminação do excesso de reserva adiposa, além do favorecimento de distribuição de gordura corporal que venha a favorecer a um padrão mais saudável.

Adaptações Cardiorrespiratórias:

Melhora o rendimento do coração ao produzir as necessidades energéticas do miocárdio mediante a redução da freqüência cardíaca e da pressão sangüínea.

Incrementa o débito cardíaco à custa de maior volume sistólico e de diminuição da freqüência cardíaca.

Aumenta a diferença artério-venosa de oxigênio, como resultado da distribuição mais eficiente do fluxo sangüíneo para os tecidos ativos e da maior capacidade desses tecidos em extrair e utilizar o oxigênio.

Eleva a taxa total de hemoglobina e beneficia a dinâmica circulatória, o que facilita a capacidade de fornecimento de oxigênio aos tecidos.

Favorece o retorno venoso e evita o represamento do sangue nas extremidades do corpo.

Aumenta a ventilação pulmonar mediante ganho no volume-minuto e na redução da freqüência respiratória.

Adaptações Músculo-ósteo-articulares:

Aumenta o número e a densidade dos capilares sangüíneos dos músculos esqueléticos, oferecendo ainda maior incremento em seus diâmetros durante a realização dos esforços físicos.

Eleva o conteúdo de mioglobina dos músculos esqueléticos e aumenta a quantidade de oxigênio dentro da célula, o que facilita a difusão do oxigênio para as mitocôndrias.

Melhora a estrutura e as funções dos ligamentos, dos tendões e das articulações.

Efeitos Psicológicos e Sociais:

Melhora a capacidade de trabalho.

Melhora a imagem de si próprio.

Redução da ansiedade e depressão.

Melhora sensação de bem-estar.

Melhora apetite e o ritmo de sono.

ALTERAÇÕES NO SISTEMA ANAERÓBIO:

Aumentos nos níveis dos substratos anaeróbios em repouso.

Aumentos na quantidade e na atividade das enzimas-chave que controlam a fase anaeróbia do fracionamento da glicose.

Aumentos na capacidade para suportar os níveis de ácido láctico sangüíneo durante o exercício máximo (explosivo) após treinamento anaeróbio. Devido aos maiores níveis de glicogênio e das enzimas glicolíticas.

Fonte : www.reabilitacaodesaude.blogspot.com

              










quarta-feira, 20 de novembro de 2013

MONOGRAFIA ( EXERCICIOS FISICOS NA TERCEIRA IDADE )

ter á pratica esportiva é fundamental para todo ser humano para que viemos a ter uma vida melhor dentro da sociedade e ser respeitado como gente .



Terceira Idade - Atividade Física e Saúde no Idoso
Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, Elizabete Viana de Freitas, Marcos Aurélio Brazão de Oliveira, Marcelo Bichels Leitão, José Kawazoe Lazzoli, Ricardo Munir Nahas, Cláudio Aparício Silva Baptista, Félix Albuquerque Drummond, Luciano Rezende, Josbel Pereira, Maurílio Pinto, Rosana Bento Radominski, Neiva Leite, Edilson Schwansee Thiele, Arnaldo José Hernandez, Cláudio Gil Soares de Araújo, José Antonio Caldas Teixeira, Tales de Carvalho, Serafim Ferreira Borges, Eduardo Henrique De Rose
INTRODUÇÃO
Esta publicação representa o posicionamento oficial e conjunto da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sobre atividade física e saúde em indivíduos idosos. O propósito deste documento é divulgar os conceitos atuais referentes ao tema de forma prática e objetiva, visando ampliar a recomendação da prática de atividade física pelos profissionais de saúde que lidam com indivíduos idosos. Os interessados em se aprofundar no tema devem consultar a bibliografia relacionada.
JUSTIFICATIVA
Com o advento de inúmeros medicamentos que permitiram maior controle e um tratamento mais eficaz das doenças infecto-contagiosas e crônico-degenerativas, aliados aos avançados métodos diagnósticos e ao desenvolvimento de técnicas cirúrgicas cada vez mais sofisticadas e eficientes, houve um aumento significativo da expectativa de vida do homem moderno. A conseqüência natural disto foi o aumento da vida média do homem que hoje se situa em torno de 66 anos (20 anos a mais do que em 1950). Atualmente, estima-se que a cada 10 indivíduos no mundo, um tenha mais de 60 anos, idade acima da qual o indivíduo é considerado idoso no nosso meio, segundo a Organização Mundial da Saúde.
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que se repete também aqui no Brasil. Segundo dados do IBGE, no ano de 2030 o Brasil terá a sexta população mundial em número absoluto de idosos. As doenças ligadas ao processo do envelhecimento levam a um dramático aumento dos custos assistenciais de saúde, além de importante repercussão social com grande impacto na economia dos países. A maioria das evidências mostra que o melhor modo de otimizar e promover a saúde no idoso é prevenir seus problemas médicos mais freqüentes. Estas intervenções devem ser direcionadas em especial na prevenção das doenças cardiovasculares (DCV), consideradas a principal causa de morte nesta faixa etária. Por outro lado, o sedentarismo, a incapacidade e a dependência são as maiores adversidades da saúde associadas ao envelhecimento. As principais causas de incapacidade são as doenças crônicas, incluindo as seqüelas dos acidentes vasculares encefálicos, as fraturas, as doenças reumáticas e as DCV, entre outras.
O Centro Nacional de Estatística para a Saúde estima que cerca de 84% das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos sejam dependentes para realizar as suas atividades cotidianas, constituindo-se no maior risco de institucionalização.
Estima-se que em 2020 ocorrerá um aumento de 84 a 167% no número de idosos com moderada ou grave incapacidade. Entretanto, a implantação de estratégias de prevenção, como a prática da atividade física (AF) regular e de programas de reabilitação poderão promover a melhora funcional e minimizar ou prevenir o aparecimento dessa incapacidade.
FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
O envelhecimento é um processo contínuo durante o qual ocorre um declínio progressivo de todos os processos fisiológicos. Mantendo-se um estilo de vida ativo e saudável pode-se retardar as alterações morfofuncionais que ocorrem com a idade.
Alterações Cardiovasculares do Envelhecimento
O aumento da expectativa de vida trouxe maiores conhecimentos acerca das alterações fisiológicas que ocorrem no aparelho cardiovascular e no sistema músculo esquelético. Permanece, contudo, a dificuldade quanto à definição da estreita fronteira entre envelhecimento normal e as alterações patológicas.
O envelhecimento encontra-se associado a alterações estruturais cardíacas que tendem a ser individualizadas. Ocorre o aumento da massa cardíaca da ordem de 1 a 1,5 g/ano, entre 30 e 90 anos de idade. As paredes do ventrículo esquerdo (VE) aumentam levemente de espessura bem como o septo interventricular, mesmo em ausência de DCV, mantendo no entanto, índices ecocardiográficos normais. Essas alterações estão relacionadas à maior rigidez da aorta, determinando aumento na impedância ao esvaziamento do VE, com conseqüente aumento da pós-carga. Paralelamente, há deposição de tecido colágeno, principalmente na parede posterior do VE. A infiltração colágena do miocárdio aumenta a rigidez do coração. A função sistólica mantém-se inalterada, ocorrendo por outro lado redução da complacência ventricular com prejuízo da função diastólica, determinando o prolongamento do tempo de relaxamento ventricular. É provável que esses achados estejam relacionados à diminuição da recaptação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático.
Com o envelhecimento, a modulação da função cardíaca pelo sistema nervoso autônomo (adrenérgico e vagal) diminui, ocorrendo declínio na resposta à estimulação adrenérgica do coração senescente. A resposta ß-adrenérgica reduzida (menor ativação neural e diminuição da densidade dos receptores ß-adrenérgicos) leva a menor cronotropismo, inotropismo e vasodilatação arterial. Em conseqüência, durante o exercício ocorre uma diminuição da freqüência cardíaca máxima (FCmáx) e do volume sistólico máximo (responsável por 50% da redução do VO2máx relacionadas à idade).
As artérias sofrem alterações na elasticidade, distensibilidade e dilatação. O esvaziamento ventricular dentro da aorta menos complacente favorece o aumento da pressão arterial sistólica, enquanto que o aumento da resistência arterial periférica determina um incremento progressivo da pressão arterial média. As paredes da aorta tornam-se mais espessas pela infiltração de colágeno, mucopolissacarídeos e deposição de cálcio, com descontinuação das lâminas elásticas. A velocidade da onda de pulso está aumentada, refletindo a redução da complacência vascular. A circulação periférica sofre alterações morfológicas e funcionais, tais como a redução da relação capilar/fibra muscular, menor diâmetro capilar e alteração da função endotelial. Especificamente, ocorre redução na liberação de óxido nítrico e menor resposta vasodilatadora dependente do endotélio, embora a resposta dos músculos lisos aos vasodilatadores diretos esteja inalterada.
Estas limitações cardiovasculares em conjunto levam à diminuição do débito cardíaco máximo que produz uma redução do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) da ordem de 0,4 a 0,5 mlokg-1omin-1oano-1 (i.e., 1% a cada ano no adulto). Embora características genéticas influenciem na taxa de declínio do VO2máx, a manutenção da AF regular pode desacelerar esta redução à metade.
Alterações Musculo-Esqueléticas no Idoso
O sistema neuromuscular no homem alcança sua maturação plena entre 20 a 30 anos de idade. Entre a 3ª e 4ª décadas a força máxima permanece estável ou com reduções pouco significativas. Em torno dos 60 anos, é observada uma redução da força máxima muscular entre 30 e 40%, o que corresponde a uma perda de força de cerca de 6% por década dos 35 aos 50 anos de idade e a partir daí, 10% por década.
No idoso ocorre também uma redução da massa óssea, mais freqüentemente em mulheres, que quando ocorre em níveis mais acentuados, caracteriza a osteoporose que pode predispor à ocorrência de fraturas.
Após os 35 anos há alteração natural da cartilagem articular que associada às alterações biomecânicas adquiridas ou não, provocam ao longo da vida degenerações diversas que podem levar à diminuição da função locomotora e da flexibilidade, acarretando maior risco de lesões.
EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NOS IDOSOS
A prática da AF é recomendada para manter e/ou melhorar a densidade mineral óssea e prevenir a perda de massa óssea. A AF regular exerce um efeito positivo na preservação da massa óssea, entretanto, ele não deve ser considerado como um substituto da terapia de reposição hormonal. A associação entre tratamento medicamentoso e AF é uma excelente maneira de se prevenir fraturas.
A AF regular melhora a força, a massa muscular e a flexibilidade articular, notadamente, em indivíduos acima de 50 anos. A treinabilidade do idoso (a capacidade de adaptação fisiológica ao exercício) não difere de indivíduos mais jovens.
A AF se constitui em um excelente instrumento de saúde em qualquer faixa etária, em especial no idoso, induzindo várias adaptações fisiológicas e psicológicas, tais como: - aumento do VO2máx - maiores benefícios circulatórios periféricos - aumento da massa muscular - melhor controle da glicemia - melhora do perfil lipídico - redução do peso corporal - melhor controle da pressão arterial em repouso - melhora da função pulmonar - melhora do equilíbrio e da marcha - menor dependência para realização de atividades diárias - melhora da auto-estima e da autoconfiança - significativa melhora da qualidade de vida
A AF regular diminui a incidência de quedas, o risco de fraturas e a mortalidade em portadores de doença de Parkinson. Para maior benefício, a AF nesses pacientes deve incluir treinamento de equilíbrio, caminhadas e exercícios de força.
A AF tem sido preconizada, também, para outras doenças neurológicas como esclerose múltipla e doença de Alzheimer.
A AF regular nos idosos - particularmente os exercícios nos quais se sustenta o próprio peso e exercícios de força - promove maior fixação de cálcio nos ossos, auxiliando na prevenção e no tratamento da osteoporose. Aumenta ainda a força e a endurance musculares, o equilíbrio e a flexibilidade, com a conseqüente diminuição da incidência de quedas, fraturas e suas complicações. Os idosos portadores de osteoartrose também podem e devem praticar AF regular, desde que adaptada à sua condição.
AVALIAÇÃO PRÉ-PARTICIPAÇÃO
Embora uma avaliação médica pré-participação seja fundamental, a impossibilidade de acesso a ela não deve impedir a adoção de um estilo de vida ativo. As alternativas de avaliação vão desde simples questionários até exames sofisticados. Os principais objetivos do exame clínico são: a identificação de doenças pregressas e atuais, a avaliação do estado nutricional, do uso de medicamentos, das limitações músculo-esqueléticas e do nível atual de AF.
Dentre os exames complementares, o mais importante é o teste ergométrico cujos objetivos principais são: determinação da tolerância ao esforço e detecção de isquemia miocárdica induzida pelo esforço. A razão fundamental para realização do teste ergométrico no idoso, ainda que assintomático e sem fatores de risco, é que a partir dos 55 anos o risco de doença arterial coronariana (DAC) excede 10%, conferindo grande valor diagnóstico ao teste, ou seja, um resultado normal reduz este risco para 2%, enquanto que um resultado alterado, o eleva para 90%. A realização do teste ergométrico pode incluir medidas da ventilação pulmonar e dos gases expirados (ergoespirometria), que permite a medida direta do consumo máximo de oxigênio, a determinação do limiar anaeróbico e uma melhor identificação da causa de intolerância ao esforço.
A avaliação pré-participação ideal deve incluir ainda testes de força muscular e de flexibilidade, análise postural e determinação da composição corporal. O objetivo conjunto destes testes é construir uma prescrição individualizada, favorecendo um maior ganho de qualidade de vida quando do envolvimento com atividades recreativas e otimizando o desempenho quando da prática de uma modalidade desportiva.
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
Quando se considera a prescrição de exercícios para indivíduos idosos, deve-se contemplar - a exemplo de outras faixas etárias - os diferentes componentes da aptidão física: condicionamento cardiorrespiratório, endurance e força musculares, composição corporal e flexibilidade. Essa abordagem assegura a manutenção da mobilidade e da agilidade, prolongando a independência do idoso e melhorando a sua qualidade de vida.
Um programa de AF para o idoso deve estar dirigido para quebrar o ciclo vicioso do envelhecimento (Figura 1), aumentando a sua potência aeróbica máxima e diminuindo os efeitos deletérios do sedentarismo. Deve maximizar o contato social, reduzindo a ansiedade e a depressão, comuns nesta faixa etária.
A exemplo de outras intervenções médicas, a AF regular deve obedecer a alguns fundamentos, para assegurar a melhor relação risco/benefício. As principais variáveis a serem observadas para a prescrição são: modalidade, duração, freqüência, intensidade e modo de progressão. Entretanto, é importante enfatizar que o planejamento dos exercícios deve ser individualizado, levando em consideração os resultados da avaliação pré-participação e as co-morbidades presentes.
A escolha da modalidade de exercício deve valorizar acima de tudo as preferências pessoais e possibilidades do idoso. Após a avaliação pré-participação, uma ou mais modalidades podem ser contra-indicadas em decorrência de doenças encontradas no indivíduo. O lazer e socialização devem integrar um programa bem sucedido. Para que tal ocorra, as atividades devem ser sempre que possível em grupo e variadas.
Até há alguns anos atrás, a recomendação para a prescrição de exercícios predominantemente aeróbicos era de que os mesmos fossem realizados três a cinco vezes por semana, com duração de 20 a 30 minutos, com intensidade de leve a moderada. Alternativamente a esta prescrição formal, pode-se acumular 2.000 kcal ou mais de gasto energético semanal, o que reduz de forma expressiva a mortalidade geral e cardiovascular. Este gasto energético pode ser atingido tanto através de atividades programadas (por exemplo: caminhar, nadar, pedalar, hidroginástica) como também através de atividades do cotidiano e de lazer, como subir escadas, cuidar de afazeres domésticos, cuidar do jardim, dançar, etc.
Evidências mais recentes sugerem que atividades de intensidade acima de 4,5 equivalentes metabólicos (METs) proporcionam uma redução adicional da mortalidade geral e cardiovascular da ordem de aproximadamente 10%. Desta forma, sair da inatividade já traz consideráveis benefícios à saúde; entretanto, para aqueles que já praticam AF regularmente, incrementos de intensidade são capazes de gerar benefícios ainda maiores.
Entretanto, em alguns indivíduos idosos, a sua baixa capacidade funcional não permite a prescrição de exercícios da forma ideal. É, portanto, necessária uma fase inicial de adaptação na qual a intensidade e a duração serão determinadas em níveis abaixo dos ideais.
A AF deve ser iniciada por uma fase de aquecimento, exercícios de alongamento e de mobilidade articular, além da atividade principal em menor intensidade. O aquecimento é uma fase importante, pois diminui os riscos de lesões e aumenta o fluxo sanguíneo para a musculatura esquelética. A redução progressiva da intensidade do exercício é igualmente importante, por prevenir a hipotensão pós-esforço. Estes efeitos podem ser exacerbados nos idosos, pois estes apresentam mecanismos de ajustes hemodinâmicos mais lentos e freqüentemente utilizam medicamentos de ação cardiovascular.
A intensidade da fase aeróbica pode ser determinada através do percentual do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) ou da freqüência cardíaca máxima (FCmáx) previamente estabelecidos em um teste ergométrico ou estimadas através de fórmulas. O uso de medicamentos de ação cardiovascular pode alterar a relação entre FC e intensidade de esforço; nesse caso, pode-se utilizar a escala de percepção subjetiva do esforço (escala de Borg), uma excelente alternativa para qualquer indivíduo. Geralmente é recomendada uma intensidade moderada, como 40 a 75% do VO2máx ou 55 a 85% da FC máxima, o que corresponde em geral à escala de Borg de 3 a 5 ou de 12 a 13, conforme a escala preferida (0-10 ou 6-20, respectivamente). Deve-se observar que sessões com intensidade alta podem estar associadas a um maior risco de desistência, devido a desconforto muscular, especialmente nas fases iniciais de um programa de exercícios.
A duração da atividade varia de 30 a 90 minutos, guardando relação inversa com a intensidade. Os chamados "idosos frágeis" e indivíduos em fase inicial do programa de exercícios podem se beneficiar de sessões de curta duração (cinco a dez minutos) realizadas em dois ou mais períodos ao dia.
Idealmente, deve-se praticar exercícios na maioria - se possível em todos - os dias da semana. Desta forma, mais provavelmente pode-se atingir o gasto energético necessário para obtenção dos benefícios para a saúde.
Na fase inicial de um programa é importante dar segurança, educando quanto aos princípios do exercício e estimulando a auto-monitorização. É importante fazer com que o hábito do exercício se transforme em algo tão natural como por exemplo cuidar da própria higiene.
Para o treinamento da força e da endurance musculares, deve-se trabalhar os grandes grupos musculares. Duas a três séries de seis a 12 repetições aumentam tanto a força quanto a endurance musculares. Propõe-se a realização de duas a três vezes por semana, utilizando uma intensidade equivalente a aproximadamente 60% de uma repetição máxima.
Exercícios de alongamento devem ser realizados sem movimentos balísticos, com movimentos graduais até o ponto de ligeiro desconforto e devem acompanhar as sessões de exercícios aeróbicos e de força. É necessário um maior cuidado na execução dos movimentos, para minimizar o risco de lesões.
A segurança é primordial, não só do ponto de vista cardiovascular mas também em relação ao aparelho locomotor. É importante considerar a sua menor capacidade de adaptação a extremos de temperatura e maior dificuldade de regulação hídrica. Devemos orientar quanto ao vestuário e calçados, estimular a hidratação durante a atividade, e assegurar ambientes ventilados, bem iluminados, e com pisos antiderrapantes.
Finalmente, a AF deve ser incentivada e estimulada para indivíduos idosos, inclusive através de iniciativas do poder público e/ou privado, como já existente em várias cidades do Brasil, visto se constituir em excelente instrumento de promoção da saúde. Não existe nenhum segmento da população que obtenha mais benefícios com a AF do que os idosos.
RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS
Algumas recomendações devem ser observadas para segura e adequada realização de exercícios.
Recomendações para a realização de uma sessão de exercício físico § Realizar exercício somente quando houver bem-estar físico. § Usar roupas e calçados adequados. § Evitar o fumo e o uso de sedativos. § Não se exercitar em jejum. Dar preferência a carboidratos antes do exercício. § Respeitar os limites pessoais, interrompendo se houver dor ou desconforto. § Evitar extremos de temperatura e umidade. § Iniciar a atividade lenta e gradativamente para permitir adaptação. § Hidratação adequada antes, durante e após a atividade física.
CONCLUSÕES
1. A atividade física regular melhora a qualidade e expectativa de vida do idoso. 2. Um programa de atividade física para o idoso deve ser precedido de uma avaliação médica e também contemplar os diferentes componentes da aptidão física, incluindo exercícios aeróbicos, de força muscular, de flexibilidade e de equilíbrio.
3. O governo nos seus diferentes níveis, as instituições médicas e científicas, as entidades não governamentais e a mídia devem divulgar o conceito de que a atividade física é fundamental para a promoção da saúde do idoso e desenvolver ações objetivas e concretas para viabilizar a prática regular de atividade física orientada nessa faixa etária.
Este documento foi aprovado em reunião conjunta da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, realizada em Curitiba-PR, em 05 de novembro de 1999.
A SBME e a SBGG agradecem aos seguintes apoios: Iridium Brasil, Laboratórios Roche (TilatilÒ), TensorÒ, Unimed - Curitiba e Universidade do Esporte, Curitiba - PR. www.reabilitacaodesaude4.blogspot.com ) emai : nelson_enfermagem@hotmail.com

sábado, 16 de novembro de 2013

CUIDADOS COM A TERCEIRA IDADE

Cuidados com o Idoso - Prevenção de acidentes domésticos
Riscos de acidentes domésticos estão nos mais diversos ambientes e situações,
desde o contato com altas temperaturas na cozinha até o caminhar do quarto para
o banheiro durante a noite. Este último é um dos casos mais comuns de acidentes
que acomete os idosos, quando o risco é maior; pois a recuperação, na maior
parte das vezes, é mais lenta e complicada.
Residências adaptadas com corrimões e materiais antiderrapantes colaboram
muito para evitar este tipo de acidente. Mas cuidados simples como tirar objetos
que obstruam o caminho pela casa e manter iluminação adequada podem ser a
diferença para evitar um transtorno deste tipo.
A professora do Imes, Rosamaria R. Garcia, atua na clínica de fisioterapia da
Universidade e dá algumas informações e dicas de como prevenir e lidar com os
acidentes domésticos com o idoso.
1. Principais riscos de acidentes com idosos em casa:
As casas das pessoas idosas geralmente são repletas de perigos. Os principais
riscos são:

presença de muitos móveis atrapalhando a passagem,

escadas inclinadas, com degraus irregulares, mal iluminadas e sem
corrimão,

tapetes avulsos e carpetes mal adaptados ou rasgados

má iluminação,

tacos soltos no chão ou pisos quebrados,

pisos encerados ou escorregadios,

camas e sofás muito altos ou muito baixos,

cadeiras e vasos sanitários muito baixos,

prateleiras de difícil alcance,

presença de animais domésticos pela casa,

uso de chinelos ou sapatos em más condições ou mal adaptados,

fios elétricos soltos, objetos espalhados pelo chão.
2. Formas de prevenção de acidentes mais utilizadas e atitudes para evitá-los:

retirar móveis que estejam atrapalhando a passagem (principalmente em
corredores, caminho para atender ao telefone, à porta, para chegar ao
banheiro) ou colocá-los em outros locais.

colocar corrimão nas escadas e utilizá-los sempre;

utilizar as escadas sempre com luz acesa;

colocar fita adesiva colorida e antiderrapante nos degraus ou
principalmente no primeiro e no último degrau;

retirar todos os tapetes avulsos e consertar o carpete;

se for impossível retirar os tapetes, colocar fita adesiva antiderrapante para
evitar que escorreguem;

aumentar a altura dos móveis e do vaso sanitário;

evitar sentar em cadeiras, sofás e camas que dificultem a transferência
para outros locais;

manter os objetos e utensílios mais utilizados entre a altura dos ombros e
da cintura, evitando subir em banquinhos e cadeiras ou abaixar-se demais;

quando for brincar com o animal de estimação, faça-o sentado;

quando estiver fazendo atividades que exijam deslocamento constante,
como cozinhar, estender roupas, etc, deixar o animal de estimação em
outro cômodo, evitando tropeçar nele;

evitar o uso de chinelos e sapatos mal calçados ou soltos, como tamancos,
sandálias, pois a forma como o peso é descarregado nos pés muda
completamente, favorecendo a queda;

manter os fios presos ou embaixo de móveis;

instalar barras de apoio no box e no vaso sanitário, para facilitar o banho e
a utilização do banheiro;

usar tapete antiderrapante no box e não tomar banho descalço;

nunca se agarrar na pia para levantar-se do vaso, pois esta pode deslocar-
se e provocar um sério acidente;
Hoje, os arquitetos e profissionais da área elaboram projetos de residências
específicas e adaptadas para idosos. Mesmo os adultos jovens devem pensar no
seu próprio envelhecimento ao construírem ou adquirirem uma residência, pois
provavelmente podem envelhecer na mesma, tendo dificuldades para subir
escadas ou entrar e sair de uma banheira, por exemplo.
3. Procedimentos imediatos em caso de queda:

Se a pessoa cair, nunca deve levantar-se imediatamente. Deve manter a
calma, verificar se há algum sangramento ou lesão. Em caso positivo, tem
de ir imediatamente a um pronto socorro. Caso ninguém possa levá-la,
deve chamar uma ambulância pelos telefones 193, 199 ou 192. Este
serviço a transportará até o hospital por meio de pessoas especializadas.

O acompanhante, cuidador ou familiar do idoso não deve apressá-lo para
levantar-se e nem apavorá-lo com a queda. Deve demonstrar calma e
esperar o tempo que for necessário para ajudar o idoso a levantar-se. Deve
certificar-se de que o idoso esteja bem e chamar a ambulância para levá-lo
ao hospital. É importante fazer uma avaliação médica para verificar se não
houve lesão ou algum outro dano.

Se estiver com dor, aguardar o alívio para somente depois levantar.

O idoso não deve tentar levantar-se sozinho. Deve pedir auxílio a alguém.
Se estiver sozinho, esperar alguns minutos até sentir-se bem e disposto
para levantar.

Sempre relatar a queda aos profissionais de saúde, pois os mesmos podem
ajudá-lo a identificar lesões, como fraturas ou contusões, e prevenir novas
quedas.

Não usar medicamentos sem prescrição do médico.

Nunca usar compressas quentes para contusões, escoriações ou
pancadas, pois aumentam o sangramento e a inflamação.

O acompanhante ou familiar não deve restringir o idoso em decorrência da
queda. Impedir que o idoso saia de casa ou deixe de fazer suas atividades
do dia-a-dia aumentará ainda mais o risco de cair. Portanto, após uma
queda e a constatação do adequado estado de saúde do idoso, o familiar
deve deixá-lo retornar às suas atividades normais.
4. Comportamentos de risco - o que fazer para prevenir a queda?

Não subir em banquinhos ou cadeiras, ou apoiar-se na cama ou em outros
locais para alcançar prateleiras altas ou maleiros;

Não apoiar-se em cadeiras ou portas de geladeira ou de armários para
levantar-se ou para andar;

Na rua, nunca atravessar no meio dos carros ou quando o semáforo para
pedestres ainda estiver vermelho;

Se estiver com sono, não permanecer em cadeiras ou móveis instáveis,
pois ao adormecer, poderá cair;

Manter a casa o mais livre possível de riscos de quedas (veja no item 2);

Não lavar a cozinha, banheiro ou quintal com chinelos ou descalço, pois
poderá escorregar;

Durante a noite, deixar sempre uma luz acesa, para facilitar o deslocamento
do quarto até o banheiro. Geralmente, os idosos levantam-se à noite e a
sonolência ou o efeito de alguns medicamentos podem provocar quedas;
"Pensar que a queda nunca acontecerá com você também é um risco, pois
impede a prevenção. A maioria das quedas é inesperada e pode acontecer a
qualquer um, portanto, todos devem preveni-la."

NELSON SANTOS
PERSONAL TRAINER  ( TRABALHOS NA TERCEIRA IDADE )
EMAIL: NELSON_ENFERMAGEM@HOTMAIL.COM
WWW.REABILITACAODESAUDE.BLOGSPOT.COM
NELSONSANTOSSANTOS@BOL.COM.BR
CONSULTORIA ESPORTIVA PELO UOL
COM O NOME DE NELSONSANTOSSANTOS

terça-feira, 12 de novembro de 2013

SAÚDE 100%

Benefícios da atividade física regular para a saúde, condicionamento físico e controle do peso corporal

Relata de forma simples os benefícios para as pessoas que praticam alguma atividade física, por mais simples que seja.
Atividade física nada mais é do que qualquer movimento do corpo gerado pela musculatura esquelética e que produza um gasto de energia maior do que em repouso. Estas atividades, em geral, estão correlacionadas com a melhora da saúde, tanto física como mental, e também do condicionamento físico.
Se a pessoa está sem realizar atividades físicas por muito tempo o ideal é que comece bem devagar, se exercitando 30 minutos por dia pelo menos três vezes por semana, ou se seu condicionamento físico não lhe permite praticar uma atividades por 30 minutos contínuos, divida as atividades em sessões de 10 à 15 minutos ao longo do dia. Exemplos de atividades: caminhada, corrida, prática de algum esporte ou até mesmo os afazeres domésticos.
A atividade física pode ser dividida em exercício anaeróbio e aeróbio. Os exercícios anaeróbios constituem movimentos de curta duração e de alta intensidade, e com isso desenvolvem a força e a potência, por exemplo, musculação, sprints, saltos e etc. Os exercícios aeróbios são aqueles de maior duração e menor intensidade desenvolvendo, dessa forma, a resistência, capacidade respiratória e consequentemente o condicionamento físico. Exemplos: caminhar, correr, pedalar, nadar, dançar e etc.
Os benefícios da atividade física regular são muitos e podemos citar e explicar alguns deles:
  • Para o controle do peso corporal: a prática da atividade física regular auxilia no controle do peso, pois utiliza as calorias consumidas em excesso e que seriam guardadas em forma de gordura como fonte de energia para manter o corpo em movimento. Utilizar uma combinação de exercícios aeróbios e anaeróbios ajudam na perda de peso e a tonificar os músculos.
  • Para a saúde mental: faz o corpo ter mais energia, e com isso, produz uma sensação de bem-estar, aumenta sua alto-estima, melhora o humor e previne o estresse, a ansiedade e a depressão. Atividades como ioga, pilates e tai chi chuan auxiliam nesses aspectos.
  • Para a saúde física: melhora o funcionamento e resistência cardiovascular, auxilia a desenvolver músculos, ossos e articulações mais fortes e saudáveis, melhora a flexibilidade, o equilíbrio e outras qualidades físicas, e com isso, melhora o condicionamento físico dos praticantes. Combinar exercícios aeróbios e anaeróbios.
  • Para a saúde em geral: ajuda a controlar e reduz, consideravelmente, o risco de desenvolver doenças crônicas como, por exemplo, diabetes, pressão alta, doenças cardíacas, osteoporose entre outras. Combinar exercícios aeróbios e anaeróbios.
DICAS:
  • Não praticar nenhuma atividade sem consultar um profissional de Educação Física habilitado.
  • É imprescindível analisar o seu estado de saúde com um médico antes de se iniciar qualquer atividade física. Caso tenha alguma doença crônica, não impedirá de se praticar atividades. O profissional de Educação Física saberá indicar o tipo de atividade adequada para cada situação.
  • Caso seja iniciante em musculação, o mais indicado é contratar um personal trainer ou freqüentar uma academia que tenha uma profissional graduado, pois estes saberão qual o programa de treinamentos mais adequados para cada tipo de pessoa levando em consideração sua limitações e nível de condicionamento.
  • Para aqueles que tem medo de iniciar uma atividade ou preguiça, as atividades em grupo auxiliam nesses aspectos. Procure praticar atividades com familiares, amigos e colegas de trabalho, isso ajuda na melhora do bem-estar, convívio social e aumenta a auto-estima. Aqueles que tem apoio tem maiores chances de chegar ao sucesso.
  • Estabelecer metas e objetivos a curto e longo prazo ajudam a alcançar o sucesso.
Boa Sorte e sucesso para todos!
FONTES:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atividade_f%C3%ADsica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Exerc%C3%ADcio_anaer%C3%B3bio
http://www.copacabanarunners.net/regular.html
http://www.copacabanarunners.net/habitos-saudaveis.html
http://www.reabilitacaodesaude.blogspot.com
EMAIL : NELSON_ENFERMAGEM@HOTMAIL.COM


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