Conhecimentos básicos
de primeiros socorros
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Embora cada
acidente tenha características próprias, alguns procedimentos essenciais devem
ser observados em todas as situações de emergência. É importante saber que as
duas primeiras horas após o acidente são decisivas para o tratamento eficaz dos
ferimentos e a sobrevivência da vítima. Portanto, uma leitura cuidadosa das
técnicas possibilitará mais segurança e controle emocional na hora de prestar
socorro. Confira.
mantenha
a calma;procure
o auxílio de outras pessoas, caso seja necessário, e peça que chamem um médico;
ligue
para emergência em sua cidade; mantenha
os curiosos à distância, pois assim o socorrista terá espaço suficiente para
trabalhar;faça
o
analise
o ambiente em que se encontra a vítima, a fim de minimizar os riscos tanto para
o acidentado como para o socorrista (fios elétricos, animais, tráfego, entre
outros);caso
necessite parar ou desviar o trânsito, procure pessoas capazes de
fazê-lo;se
necessário, remova a vítima para um local adequado;aja
sempre com o intuito de acalmar a pessoa, e sem movimentá-la com gestos
bruscos;converse
com a vítima, pois, se ela responder, significa que não existe problema
respiratório grave. Caso ela não consiga se comunicar adequadamente, verifique
se está respirando. Em caso negativo, você deve agir rápido: proteja a sua mão,
abra a boca da vítima e verifique se há algo atrapalhando a respiração, como
prótese dentária ou vômito; remova imediatamente. Se necessário, faça a respiração
boca-a- boca e a reanimação
cárdio-pulmonar (RCP);se
a vítima estiver vomitando, coloque-a na posição lateral de segurança (com a
cabeça voltada para o lado, a fim de evitar engasgos).
Os suprimentos
de primeiros socorros são indispensáveis para o atendimento; por
isso, é sempre bom ter um kit em casa e outro no carro.
Envolve a avaliação
completa da vítima, com especial atenção para tudo o que possa provocar risco de
vida:
observar
o ambiente em que a vítima se encontra;colocar
reto o pescoço da vítima e manter a mandíbula segura, visando desobstruir as
vias respiratórias e amenizar a pressão na coluna cervical;avaliar
se a vítima apresenta parada
respiratória ou cardíaca. Em caso positivo, começar imediatamente
a reanimação
cárdio-pulmonar (R.C.P.); analisar
a existência de hemorragias,
e buscar meios para contê-las;verificar
o estado de consciência da vítima;avaliar
a intensidade da dor; conferir
a temperatura do acidentado;manter
a vítima aquecida com cobertores e/ou lençóis.
Este exame
somente é feito quando o acidentado se apresenta em condições estáveis. Siga as
instruções abaixo.
analise
a região superior do couro cabeludo, procurando alguma alteração;escorregue
as mãos pela parte de trás da cabeça;apalpe
a parte frontal do crânio (testa e região superior).
toque
na clavícula (osso do ombro), um lado de cada vez;apalpe
a face anterior (da frente) do tórax;apalpe
o abdômen;pressione
o quadril anterior e lateralmente.
Obs:
durante este exame, fique atento para o surgimento de bolhas e crepitações sob a
pele, que podem indicar necessidade de atendimento médico imediato.
apalpe
braços, ombros, cotovelos, antebraços e mãos;verifique
o pulso radial (no punho);examine
a movimentação dos membros.
apalpe
a coxa desde a virilha;apalpe
joelho, perna e pé;cheque
o pulso pedioso (no peito do pé);examine
a motricidade (movimentação);repita
o exame na outra perna.
OBS: Ao
analisar a capacidade de movimento da vítima, deve-se ter cuidado redobrado ante
uma suspeita de fratura.
Evite ao máximo mexer no paciente, e providencie o socorro
especializado.
Dez mandamentos do socorrista
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1. Manter a
calma.
2. Ter em mente a
seguinte ordem quando prestar socorro: eu (o socorrista) — minha
equipe — vítima.
3. Checar se há riscos no local de
socorro.
4. Conservar o bom senso.
5. Manter o espírito de
liderança.
6. Distribuir tarefas.
7. Evitar atitudes
impensadas.
8. Havendo muitas vítimas, dar preferência àquelas com
maior risco de vida (sofrendo de parada cárdio-respiratória ou sangramento
excessivo, por exemplo).
9. Agir como socorrista, não como
herói.
10. Pedir auxílio, especialmente do Corpo de Bombeiros
local.
Suprimentos de
primeiros socorros
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Estes são
alguns itens que devem constar na caixa de primeiros socorros, e que podem ser
necessários em situações diversas. A caixa deve ser mantida sempre em lugar de
fácil acesso, tanto em casa quanto no carro:
Alfinetes
de fralda;Caixa
de fósforos;Esparadrapo;Frasco
de água oxigenada;Frasco
de álcool;Frasco
de amônia;Gazes
esterilizadas; Lanterna;Luvas
de látex.Pacote
de algodão;Pomada
contra irritação da pele;Sabão
líquido;Saco
para água quente;Sacos
de plástico;Termômetro;Tesoura;Tubo
de vaselina esterilizada.
Para
aumentar as chances de recuperação, o ideal é que a vítima seja atendida no
local do acidente. Caso isto não seja possível por falta de segurança, tanto
para ela como para o socorrista, deve-se transportá-la para um local seguro,
porém respeitando certos cuidados específicos. Veja como:
Antes de
retirar a vítima do local do acidente:
preste
atenção ao movimentá-la para não agravar as lesões já existentes;examine
o estado geral da vítima;tente
calcular o peso da pessoa;considere
o número de socorristas para ajudar;retenha
a hemorragia;mantenha
a vítima respirando;evite
ou controle o estado
de choque;imobilize
as áreas com suspeita de fraturas.
O
transporte da vítima pode ser feito por maca, que é a melhor forma. Se por acaso
não houver uma disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou
um paletó e dois bastões resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor
várias vezes em uma tábua larga.
Com
apenas um socorrista:
Apoio lateral
simples:
o
braço da vítima é passado sobre os ombros do socorrista, por trás do
pescoço;o
socorrista segura firmemente o braço da vítima;com
o outro braço, o socorrista envolve o acidentado por trás da
cintura.
Arrastamento de
roupa — a vítima é
arrastada no sentido do eixo cranial pelo socorrista, que utiliza a camisa ou
casaco como ponto de apoio;
Arrastamento tipo
cobertor — posicione a
vítima estendida de lado. Coloque o cobertor por debaixo do corpo do paciente,
desvire-o, colocando-o de barriga para cima, e puxe o cobertor do outro lado.
Inicie o transporte puxando o cobertor próximo à cabeça da vítima.
Com
dois socorristas:
Para o
atendimento eficiente de politramautizados, é importante ter em mente que, em
muitos casos, a vítima não pode e não deve se movimentar espontaneamente, devido
às lesões já existentes ou a lesões que possam ocorrer por uma locomoção
indevida. Portanto, a melhor maneira de mover uma vítima deitada é o uso da
prancha longa, quando o acesso ao paciente é viável.
A seguir, veja os
métodos disponíveis para transporte com maca ou prancha longa. Esta técnica deve
ser realizada da forma apropriada, tanto para evitar complicações para as
vítimas como danos lombares para os socorristas.
Posição dos
socorristas para erguer a vítima do solo
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Logo
que a vítima estiver em cima da prancha, cada socorrista deve se posicionar em
uma das extremidades da prancha (o socorrista A deve colocar-se de costas para o
paciente, e o B, aos seus pés); Depois,
os socorristas devem posicionar os pés ligeiramente afastados, e não paralelos
ou alinhados; Ao
se abaixar para elevar a maca, os socorristas devem ficar de joelhos na posição
tripé, ou seja, um joelho no chão e outro afastado, fora da posição do
antebraço; O
socorrista A deve comandar as manobras, indicando quando é a hora de elevar a
vítima. Eles então se posicionam de cócoras, levantando o joelho que estava
apoiado no chão; Após
a ordem do socorrista A, ambos devem elevar a vítima utilizando os músculos da
coxa. Desta forma, evita-se o uso incorreto da musculatura da coluna, o que pode
causar sérios danos;Para
iniciar a caminhada, o socorrista A deve sempre dar o comando, dirigindo-se com
a vítima para a ambulância ou para outro lugar seguro.
Transposição de um
obstáculo simples
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Durante a caminhada,
podem aparecer obstáculos no caminho, tais como árvores caídas, por exemplo. O
procedimento adequado nestes casos é:
Quando
se aproximar do obstáculo, o socorrista A deve avisar ao outro socorrista do
problema;Os
socorristas devem colocar o paciente no solo delicadamente, sempre com a
orientação do socorrista A;Com
a prancha ao chão, os socorristas devem se posicionar nas laterais, um com a mão
na altura do ombro da vítima e o outro com a mão um pouco abaixo dos joelhos, e
manter os pés ligeiramente afastados;Para
elevar a prancha, o socorrista A dirige a operação: ambos se colocam de cócoras,
erguendo os joelhos que estavam de apoio no chão; Em
seguida, os socorristas se levantam, usando os músculos das coxas para erguer a
vítima;Depois,
sempre sob o comando do socorrista A, posicionam a prancha com a cabeceira sobre
o obstáculo;Os
socorristas se colocam face a face, caminhando em direção ao paciente,
movimentando a maca na lateral e deslizando as mãos ao longo da
prancha;O
socorrista B se posiciona na extremidade da prancha;Enquanto
o socorrista B segura a prancha , o socorrista A pula o obstáculo e pega a
extremidade da prancha perto da cabeceira da vítima; Depois,
sob a ordem do socorrista A, os dois seguem de forma que apóiem a extremidade
dos pés do paciente sobre o obstáculo. O socorrista B salta o obstáculo e vem se
posicionar próximo à cabeceira do paciente; Os
socorristas ficam frente a frente e andam em direção ao meio da prancha. Em
seguida, a prancha é colocada no solo e o processo
recomeça.
Para evitar incêndios e
acidentes sérios, siga estas orientações:
Depois
de fumar, certifique-se de que apagou o cigarro completamente. Esta atitude pode
evitar sérios acidentes;
Não
atire pontas de cigarros pela janela, e muito menos coloque-as sobre mesas,
prateleiras ou armários;Somente esvazie o cinzeiro na
lixeira quando tiver certeza absoluta de que todas as cinzas e pontas de
cigarros estão realmente apagadas. Não use a
lixeira como cinzeiro;
Não
fume dentro do ambiente de trabalho em seus últimos 30 minutos de expediente —
assim você evitará deixar alguma ponta de cigarro mal apagada;Respeite
a sinalização e não fume em lugares proibidos;Procure
não fumar na cama; se você pegar no sono, há o risco de incêndio;
Não
jogue pontas de cigarros na rua, principalmente perto da vegetação;
Não
solte balões; isto pode representar a destruição de florestas e uma ameaça à
vida de muitas pessoas;Nunca
deixe crianças trancadas sozinhas em casa;
.
Não
deixe equipamentos elétricos ligados depois de utilizá-los, evitando assim
curto-circuito;Não
ligue vários eletrodomésticos em uma mesma tomada. Há o risco de uma sobrecarga
do sistema elétrico e seu superaquecimento. Utilize tomadas diferentes e
desconecte o aparelho da energia após o uso;
Troque
todas as tomadas defeituosas de sua casa, mas nunca realize consertos
"quebra-galhos". Estes consertos podem provocar um curto-circuito;Não
permita que as crianças brinquem com fogo, fósforos ou materiais inflamáveis.
Não deixe ao alcance delas nada que represente risco de
acidente;
Nunca
deixe o ferro elétrico ligado, nem que seja só por alguns instantes. Desligue-o
sempre quando não estiver por perto, e certifique-se de que ele esteja fora do
alcance das crianças;
Quando
os fusíveis se queimarem, fique atento e faça uma revisão nas instalações
elétricas. De vez em quando, cheque os fios para se certificar de que todos
estão bem isolados.
Quando for sair de férias, desligue a chave geral de
energia;Ao
utilizar materiais de limpeza, como álcool e removedores, deixe-os sempre em
lugares seguros e arejados; eles podem ser venenosos se forem ingeridos, como
também inflamáveis;Não
deixe lixo acumulado, principalmente se nele houver panos impregnados com
materiais inflamáveis, como gasolina, graxas e óleos vegetais, entre outros.
Retire o lixo de casa todos os dias;
Quando
não estiver usando os botijões, mantenha-os fechados. E confira sempre se há
vazamentos; Não
coloque cortinas ou qualquer tipo de pano próximo ao fogão, e também não esqueça
panelas no fogo;
Ao
usar o forno, siga os seguintes passos: 1 º — acenda o fósforo, 2 º — abra a
tampa do forno; 3 º — ligue o gás. Assim é possível evitar uma
explosão;
Se
sentir cheiro de gás, abra imediatamente as janelas para ventilar a área, não
risque fósforos e não acenda as luzes. Coloque o botijão fora da cozinha, em
local arejado.
Sempre é
possível ajudar enquanto se espera o auxílio especializado. Mas é importante ter
noções adequadas de primeiros socorros para evitar o agravamento da situação.
Veja a seguir o que fazer em caso de acidentes automobilísticos.
ligue
imediatamente para o serviço de emergência de sua cidade e para a Polícia
Militar Rodoviária; certifique-se
de que não irá se arriscar ao se aproximar do local do acidente, porque você
pode se tornar outra vítima. Por isso, preste atenção se existe incêndio ou
cheiro de combustível antes de qualquer tentativa de socorro;pegue
o extintor de incêndio de um carro que não esteja envolvido no acidente e
coloque-o em ação, mesmo que não haja fogo;afaste
os curiosos;examine
o acidentado e veja se ele está respirando. Se a vítima estiver consciente,
faça-lhe perguntas para checar a respiração, já que pessoas com graves problemas
respiratórios têm dificuldade em falar;caso
haja sufocamento ou dificuldade respiratória, faça respiração
boca-a-boca e reanimação cárdio-pulmonar, conforme o
caso;
caso
exista hemorragia,
estanque-a com um pano limpo, protegendo devidamente suas próprias
mãos.
O afogamento é o acidente
causado pela submersão do indivíduo, geralmente na água do mar ou piscina, no
qual o acidentado apresenta desde sintomas leves a graves, como a asfixia
(dificuldade de respirar); a partir daí, podem ocorrer alterações em outros
sistemas do corpo. O local do afogamento (água doce ou salgada) determina
diferenças nas alterações corpóreas; no entanto, os procedimentos de primeiros
socorros são os mesmos.
Os acidentes ocorridos no
mar registram um maior número de vítimas entre os adultos. Já em piscinas, esta
estatística mostra maior freqüência de crianças envolvidas. Por isso, é
importantíssimo vigiar as crianças não só na praia, mas também em locais onde
existam piscinas, mesmo que não estejam sendo usadas.
É possível atuar no socorro
com medidas simples, ainda que a pessoa disposta a ajudar não tenha treinamento.
Mesmo assim, lembre-se: a ajuda ao afogado só deve ser feita se não for colocar
em risco a vida do socorrista.
coloque
o acidentado fora da água o mais rápido possível;se
suspeitar de algum tipo de traumatismo (história de queda ou acidente ao
mergulhar), mantenha sempre reta e imobilizada a cabeça da vítima;inicie
imediatamente a respiração
boca-a-boca;aqueça
o acidentado; leve-o
ao hospital mais próximo, o mais rápido possível.
É o
bloqueio ou a dificuldade de respiração por qualquer forma de impedimento da
entrada de ar nos pulmões; pode ser também a impossibilidade de troca gasosa
(oxigênio por gás carbônico) eficiente. Este impedimento pode ser causado por afogamento,
inalação de fumaça ou produtos tóxicos, objetos (sacos plásticos, objetos
inalados), compressão do pescoço (enforcamento, esmagamento) ou ausência da
respiração por problemas orgânicos.
Sinais
e sintomas
Como
ajudar?
Engasgamento
de lactentes
Engasgamento
de crianças
dificuldade
respiratória;ruídos
durante a respiração;agitação
ou prostração;palidez
ou arroxeamento da pele;perda
da consciência;parada
cárdio-respiratória.
Coloque a vítima em um
ambiente arejado. Caso você saiba que a pessoa se engasgou com alguma coisa,
proceda as manobras devidas para este caso (descritas abaixo). Se tiver havido
afogamento ou inalação de fumaça e o acidentado não responder aos estímulos ou
apresentar parada das respirações, inicie as manobras de reanimação
cárdio-respiratória. Não perca tempo — leve o acidentado ao
hospital mais próximo o mais rápido possível.
Engasgamento de
lactentes
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Em caso de asfixia em
bebês, proceda da seguinte forma:
coloque a criança no colo ou deitada
de costas, e posicione os dedos indicador e médio de ambas as mãos no final do
osso esterno (do tórax), próximo ao abdômen;
empurre o abdômen contra o
diafragma, comprimindo-o de maneira súbita e vigorosa;posicione
a vítima "à cavaleiro" (com as pernas encaixadas no braço do socorrista),
estendida, com a cabeça mais baixa que o tronco. A cabeça deve ser sustentada
com a mão, em torno do queixo e tórax. O ideal é que o socorrista descanse o
braço sobre sua própria coxa;
golpeie 4 vezes, rapidamente, com a
outra mão, entre as omoplatas (ossos protuberantes das costas, próximos aos
ombros);em
seguida, ponha a mão livre nas costas da criança, de modo que fique
"ensanduichada" entre as duas mãos — uma sustentando o tórax, pescoço e queixo,
e a outra apoiando o dorso;então
vire a criança de uma vez e coloque-a sobre a coxa com a cabeça mais baixa que o
tronco;faça
4 compressões seguidas no tórax (esterno).
É recomendável que estas
manobras sejam feitas já a caminho do hospital ou pronto-socorro, para que todos
os procedimentos necessários sejam tomados o quanto antes.
Para proceder o socorro às
crianças maiores, siga estes passos:
posicione-se atrás da criança e
coloque os braços em torno de sua cintura. Deixe que a cabeça, os braços e parte
do tronco fiquem pendentes para frente;
aperte o punho de uma mão com a
outra, e coloque sobre o estômago da criança, bem acima do umbigo, na linha da
cintura (abaixo das costelas);comprima
rapidamente o punho contra o estômago, como um golpe. Repita 4 vezes este
procedimento, ou até que o corpo estranho seja expelido. Complete com 4
compressões torácicas (sob o esterno);
se a criança for muito grande para
esta manobra, deite-a de costas, ajoelhe-se sobre ela e faça pressão com as mãos
cruzadas, bruscamente, logo acima da linha da cintura. Peça que outra pessoa
fique atenta para remover o corpo estranho da boca. Se a criança vomitar, gire
todo o corpo para o lado, a fim de evitar asfixia.
Como em todos os acidentes,
a prevenção é sempre a melhor forma de evitar problemas. Por isso, mantenha
protegidas as tomadas no local onde houver crianças, não deixe fios de
eletrodomésticos desencapados e não tente consertar fiações elétricas sem a
presença de um profissional.
ligue
para o Corpo de Bombeiros da sua cidade;procure
não tentar mexer com a vítima presa ao cabo elétrico; só o faça se você tiver
treinamento para isto, caso contrário você poderá se tornar outra
vítima;se
souber a localização da chave geral, desligue-a imediatamente; busque
socorro imediato para desligar a pessoa da fonte de energia. Quanto menor for o
tempo da vítima em contato com a eletricidade, maior será sua chance de
sobrevivência;aproxime-se
apenas de materiais secos não-condutores de eletricidade; caso contrário, use
uma vara, ramo, corda ou um pano secos para afastar ou empurrar o fio da vítima.
Se isto não for possível, chame imediatamente quem entenda do assunto;
observe
se a vítima está respirando e se existe algo em sua boca que esteja atrapalhando
a passagem de ar. Comece a respiração
boca-a-boca;certifique-se
de que a língua do paciente não esteja obstruindo a passagem do ar. Caso esteja,
eleve o queixo da vítima ou posicione-o na lateral, para a respiração voltar ao
normal;leve
a vítima ao hospital.
A convulsão
ocorre devido a uma descarga elétrica súbita e atípica dos neurônios, que se
manifesta mais comumente por movimentos anormais de diversos tipos. Esses
movimentos incomuns e incontroláveis podem surgir de forma localizada ou
generalizada, dependendo da causa do distúrbio neurológico. O quadro pode vir
acompanhado por perda ou alteração da consciência.
Há diversas
delas, entre as quais:
febre
(em crianças pequenas);traumas
de crânio;doenças
neurológicas;infecções
do sistema nervoso;distúrbios
do metabolismo corporal;intoxicações.
Durante a
crise, o paciente pode apresentar:
movimentos
ritmados em todo o corpo ou em algum membro isoladamente; perda
da consciência; salivação;
vômitos;
febre.
retire
roupas apertadas do paciente; proteja
a pessoa contra objetos duros, ásperos ou pontiagudos; coloque
a vítima em local seguro, de onde não possa cair — no chão ou em uma cama
cercada, por exemplo;retire
travesseiros e lençóis, para evitar o risco de asfixia;coloque
a pessoa deitada de lado (em decúbito dorsal), para permitir a drenagem de
saliva e vômito;
não
introduza lenço ou objetos entre os dentes — é inútil e perigoso; leve
o enfermo ao hospital mais próximo sem demora.
Para evitar
a crise convulsiva, deve-se diminuir a febre com banhos e medicações prescritas
pelo médico. O primeiro procedimento não deve ser realizado durante a convulsão,
devido ao risco de aspiração.
É uma
perturbação neurológica que afeta as funções cerebrais. Os neurônios transmitem
informações desorganizadas uns para os outros, provocando um confronto e a
completa confusão das mensagens nervosas.
perda
de consciência e desmaio;contrações
musculares bruscas e involuntárias;olhos
revirados;excesso
de salivação.
posicione a vítima
na lateral, para que não se engasgue com o excesso de salivação;
não
coloque panos entre os dentes ou na boca do paciente, pois o risco de
sufocamento é muito grande frente ao pequeno benefício de proteger a língua do
mesmo;apóie
a cabeça do paciente em uma almofada ou algo similar. Não tente impedir os
movimentos convulsivos; apenas afaste os objetos em volta que possam machucar a
vítima;alargue
as roupas da vítima; nunca
administre nenhum medicamento sem prescrição médica;preste
atenção aos movimentos convulsivos — o relato da testemunha sobre a crise é
essencial para um bom diagnóstico clínico;acomode
a pessoa confortavelmente quando a convulsão parar;deixe-a
dormir, se ela quiser;verifique
se a respiração está normal;leve
o paciente ao médico ou ao hospital.
O desmaio é
a perda temporária de consciência, que pode ser provocada por fatores diversos.
O importante é manter a calma e tentar ajudar a vítima.
emoções
bruscas;cansaço;fome;nervosismo;traumatismo;hipoglicemia
(baixo nível de açúcar no sangue);queda
de pressão;arritmia
cardíaca (qualquer desvio da normalidade no ritmo das contrações
cardíacas).
pele
pálida;sudorese;pulso
e respiração fracos.
deite
a vítima e eleve as pernas;afrouxe
as roupas da pessoa;verifique
o pulso do paciente. Caso não consiga sentir a pulsação, apalpe a artéria
carótida, na lateral do pescoço;caso
o desmaio persista por mais de 1 ou 2 minutos, aqueça a vítima, chame o médico
imediatamente ou leve a pessoa ao hospital.
Obs:
Caso você sinta que
vai desmaiar ao ver sangue ou ferimentos, por exemplo, deite-se e eleve as
pernas; ou sente-se e curve o tronco para frente, colocando a cabeça no meio das
pernas, abaixo dos joelhos, e respire profundamente, pressionando a
nuca.
Os casos de
estado de choque são provocados geralmente por lesões graves, tais como:
hemorragias
ou emoções intensas;queimaduras
graves;ferimentos
graves ou extensos;choque
elétrico;intoxicação
por produtos químicos ou alimentos;parada
cárdio-respiratória;exposição
excessiva ao calor ou ao frio;dor
profunda;infecções;
fraturas.
pele
pálida e fria;sudorese
nas mãos e na testa;sensação
de frio;náuseas
e vômitos;dificuldade
respiratória;visão
nublada;pulso
fraco e rápido.
examine
o estado da vítima;mantenha
a pessoa deitada e aquecida;alargue
as roupas da vítima;
remova
da boca qualquer objeto que atrapalhe a respiração (dentadura, goma de mascar) e
mantenha a vítima respirando;posicione
a cabeça na lateral, para o caso de ela vomitar,levante
as pernas da vítima, mas somente se não houver suspeita de fraturas;mantenha
a cabeça do paciente em posição mais baixa que o tronco, de preferência;
leve-o
ao hospital.
NUNCA:
dê
bebidas alcoólicas à vítima;dê
líquido a uma pessoa inconsciente ou semi-inconsciente;dê
líquidos se suspeitar de lesão abdominal ou se o acidentado estiver em estado
grave.
Apesar de
parecer uma ocorrência simples, a dor de ouvido pode ser sinal de infecção
local, com possibilidade de atingir o sistema nervoso central. Veja como
agir.
erga
a cabeça do paciente e coloque-a sobre vários travesseiros;aplique
compressas de água morna sobre o ouvido dolorido e dê um analgésico para
amenizar a dor;não
permita que a pessoa assoe o nariz, pois a pressão pode agravar a
dor;procure
o médico assim que puder. Somente use outros medicamentos se receitados pelo
especialista.
As fraturas
são ocasionadas pela ruptura completa ou parcial na continuidade dos ossos.
Podem ser classificadas em:
fechadas:
quando a pele do local fraturado não se rompe;abertas
ou expostas: quando a pele se rompe e o osso fica exposto. Esta ruptura
pode ser causada por algum objeto cortante ou pelos próprios fragmentos ósseos.
Neste caso, a probabilidade de infecção é muito grande, e por isso a fratura
deve ser examinada com atenção pelo médico.
Ainda se
pode classificar a fratura por sua extensão:
completa:
envolve toda a espessura do osso;incompleta:
envolve apenas uma parte do diâmetro do osso.
dor
profunda na área fraturada;hematoma
(ruptura de vasos sanguíneos, com acúmulo de sangue no local);paralisia
por lesão dos nervos;movimentos
com estalos (semelhantes ao som de amassar de papel).
não
tente colocar o osso da vítima no lugar;procure
não limpar os ferimentos. Movimentos desnecessários podem provocar complicações
sérias e infecções;dê
analgésico via oral, para amenizar a dor;coloque
compressa de gelo na área traumatizada para diminuir a dor e o
inchaço;caso
não tenha certeza da fratura, trate a vítima como se a ruptura realmente tivesse
ocorrido, imobilizando a região;chame
o médico o mais rápido possível, ou leve a vítima ao hospital.
se
o osso não estiver exposto, faça compressa com gelo
caso
a fratura seja exposta, enfaixe com gazes; imobilize
com materiais improvisados, como tiras de pano e pedaços de madeira;
coloque
o membro fraturado no material
usado para a imobilização;enrole
a tala com as ataduras, para que fique bem firme;leve
o paciente imediatamente ao hospital; caso
a fratura seja nos braços, faça uma tipóia, como mostra a figura
abaixo:
Coloque
uma atadura triangular, uma camisa ou pano sobre o tórax da vítima, e amarre as
pontas.
Fraturas na coluna vertebral
|
A coluna
vertebral é responsável por várias funções importantíssimas, como respiração e
movimentação. Portanto, a fratura da coluna pode provocar lesões importantes,
principalmente na medula óssea, causando danos irreversíveis.
incapacidade
ou problemas com a movimentação de membros;perda
de sensibilidade nas pernas;formigamento
em alguma parte do corpo, principalmente nas pernas;dor
no pescoço e na região lombar.
não
deixe a vítima se mexer; qualquer movimento inadequado pode trazer consequências
gravíssimas;chame
a emergência imediatamente.
Como imobilizar a vítima?
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identifique
a área lesada, cortando a roupa;retire
anéis e braceletes que possam vir a comprometer a circulação;cubra
as lesões com curativos;acolchoe
imobilizadores que possam machucar a vítima;imobilize
a área acima e abaixo da articulação lesada, de forma que a vítima não possa
movimentar a região.
imobilizadores
rígidos: são materiais flexíveis que, moldados ao corpo, conservam a
estabilidade. Podem ser de madeira, papelão ou alumínio. Sua fixação no membro
lesado é feita com bandagens;bandagem:
é o material usado para fixar um curativo sobre a ferida. Deve ser
suficientemente justa para reduzir a dor e os sangramentos, e frouxa o bastante
para permitir a circulação sanguínea. As bandagens mais usadas são as
triangulares.
São
conseqüência de um rompimento, cisão ou dilaceração dos vasos sangüíneos, veias
ou artérias, o que provoca a perda de sangue circulante para dentro ou para fora
do corpo. As medidas a serem tomadas para reter uma hemorragia dependerão do
local afetado.
Existem
dois tipos básicos de hemorragia:
Hemorragia
venosa: é identificada pelo sangue de cor mais escura, por ser rico em
gás carbônico, e sangramento contínuo;Hemorragia
arterial: é qualificada fundamentalmente pelo sangramento em jatos de
cor vermelho vivo. É considerada mais séria que a hemorragia venosa, por possuir
uma maior pressão sangüínea.
Sinais
e sintomasHemorragia
externa
Hemorragia
interna Hemorragia
nasal
enjôos
e vômitos;ritmo
cardíaco acelerado;pulso
fino (que mal se pode sentir);respiração
rápida e superficial;sede;sudorese;desmaios;diminuição
da temperatura, ocasionando frio e calafrios;estado
de choque;tonteira;mucosas
sem cor.
Esta forma
de hemorragia é o sangramento de estruturas superficiais. Normalmente, pode ser
contida com regras básicas de primeiros socorros.
deite
a vítima imediatamente;use
luvas para tratá-la, se possível;eleve
o membro lesado a uma altura superior à do coração, para que se dificulte a
vazão do sangue, pela própria pressão;aplique
um curativo com gaze ou pano limpo sobre a área ferida, e comprima-o firmemente
por pelo menos 10 minutos;coloque
uma bandagem por cima do curativo;caso
o sangramento persista, faça pressão sobre a artéria mais próxima do local
afetado;quando
o sangramento parar, deixe a parte afetada em repouso;não
faça garroteamento no local;leve
a vítima ao hospital.
Esta
hemorragia se caracteriza pela ruptura de vasos ou órgãos internos. Já que o
sangramento não pode ser visto, é necessário que se preste muita atenção aos
sinais e sintomas específicos, para evitar o choque da vítima e ter tempo hábil
de encaminhá-la ao socorro adequado.
pele
pálida e fria;dedos
e mãos (extremidades) arroxeados pela redução de circulação
sangüínea;mucosas
dos olhos e boca esbranquiçadas;tonteira;sudorese.
Para a
retenção da hemorragia (hemostasia):
acalme
a vítima, se estiver consciente;posicione-a
com a cabeça em um nível mais baixo que o corpo;aqueça
a vítima com cobertor ou algo similar;interrompa
o consumo de líquidos;leve
a vítima ao hospital imediatamente.
Esta é a
hemorragia que mais acontece entre adultos e crianças. É causada pela ruptura
dos vasos sangüíneos do nariz, devido à exposição excessiva ao sol, trabalho sob
temperaturas elevadas, atividades físicas muito desgastantes e redução da
pressão atmosférica, como também por causa de outras doenças.
Às vezes
até uma crise hipertensiva pode acarretar esta hemorragia; nestes casos, é
preciso medir a pressão arterial. É recomendável a consulta imediata ao médico,
para um exame mais detalhado e um diagnóstico correto.
alargue
as roupas que estejam apertando o tórax e o pescoço da vítima;acalme-a;sente-a
em lugar arejado;solicite
à vítima que respire pela boca;não
permita que ela assoe o nariz;faça
pressão com os dedos sobre a narina que estiver sangrando, durante 5 a 10
minutos;coloque
um chumaço de algodão na narina em sangramento, para fazer de
tampão;faça
compressa com gelo no nariz;caso
não pare o sangramento, leve a vítima ao hospital.
Ocorre após
uma grande exposição ao sol, em dias de calor intenso. O corpo desidrata mais
rápido por causa do excesso de suor. Fenômenos como o golpe de calor podem
ocorrer quando a regulação da temperatura é incapaz de dissipar o acúmulo de
calor corporal. Este fenômeno é muito grave e potencialmente fatal.
Por
isso, o tempo de exposição ao calor ou ao sol deve ser criteriosamente
observado. Muitas vezes, um curto período de tempo — 15 a 30 minutos, por
exemplo — é suficiente para causar sérios danos se a temperatura a que se está
exposto for muito alta, como freqüentemente ocorre em países tropicais como o
nosso.
mal-estar;dor
de cabeça forte;calor;ardor;febre;redução
da quantidade de urina;sede
em excesso;vermelhidão
por todo o corpo, em alguns casos com o aparecimento de bolhas
d'água;convulsão
nos casos mais sérios.
transporte
a vítima para um local arejado, fresco e de preferência em frente a um
ventilador. Nunca permita que ela permaneça em um ambiente abafado e
quente;aplique
compressas frias pelo corpo;
dê
um banho na vítima (com água em temperatura ambiente, mas sempre
fresca);faça-a
beber bastante líquido;
caso
os sinais e sintomas persistam por mais de 1 hora, leve a vítima ao médico ou ao
hospital;nos
casos mais graves — febre alta (acima de 38º), vômitos ou convulsões
— leve a vítima ao hospital imediatamente.
Podem
ocorrer por várias vias, entre elas:
Oral:
com o consumo de qualquer substância tóxica pela boca;Cutânea:
no contato da pele com qualquer produto tóxico;Respiratória:
pela inalação de gases ou vapores liberados por produtos tóxicos.
Estes
dependerão das vias de penetração e da substância tóxica. Contudo, de uma
maneira geral, podemos observar:
vestígios
na boca ou na pele, indicando ingestão, inalação ou contato da vítima com
substâncias tóxicas;odor
incomum no hálito, devido à aspiração ou ingestão de algum produto químico
nocivo;alteração
na coloração dos lábios;lesões
na pele;redução
da capacidade respiratória;queimação
na boca, garganta ou estômago;sonolência;
cólica;diarréia;sangue
nas fezes;náuseas
e vômitos;confusão
mental e estado de coma.
leve
a vítima imediatamente ao hospital;observe-a
com atenção, para explicar ao médico como ocorreu a intoxicação;em
caso de intoxicação por produto químico, encontre a respectiva caixa, na qual
você poderá saber a composição do produto e qual é o antídoto
adequado;se
possível, leve o produto tóxico para o médico no frasco original;em
caso de intoxicação alimentar ou por plantas, leve para o médico uma amostra do
alimento ou planta;dê
bastante líquido à vítima;nunca
ofereça medicação para segurar a diarréia, pois esta é o mecanismo de defesa do
organismo, que elimina as toxinas através das fezes.
Auxílio
pelo telefone: Centro de
Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo
(CEATOX). Está disponível 24
horas para informações sobre intoxicação.
A ligação é gratuita:
0800-148110.
Plantas
tóxicas existem em todos os ambientes, e podem ser muito perigosas quando
manuseadas ou até ingeridas, especialmente por crianças.
Variam
conforme as diversas espécies de plantas. Porém, os mais comuns são:
náuseas;vômitos;diarréia
e desidratação.
não
provoque o vômito na vítima, muito menos se tiver ingerido soda cáustica,
derivados do petróleo (querosene, gasolina, líquido de isqueiro, removedores),
ácidos, água de cal, amônia, alvejantes de uso doméstico, tira-ferrugem ou
desodorantes. Isto porque, da mesma forma que, ao entrar no organismo
provoca-lhe danos durante o trajeto, a substância tóxica fará o mesmo quando
sair em forma de vômito; a
rapidez é imprescindível: trate a vítima antes que seu organismo absorva o
veneno;remova
os resíduos restantes da planta da boca da vítima, lavando-a com bastante
água;não
permita que a vítima ande;dê-lhe
leite ou clara de ovo;observe
a língua e a garganta, para verificar a dimensão da irritação
provocada;mantenha
a vítima aquecida;guarde
a planta para identificação futura;leve
a vítima para o hospital mais próximo.
Tóxico ingerido — Sinais e
Sintomas
|
enjôo;vômito;diarréia;suor;palidez;febre;tonteira.
Veja a
seção Intoxicação
por plantas, e siga os mesmos procedimentos.
Tóxico inalado —
Sinais e sintomas
|
coloque
a vítima em local arejado;mantenha
a vítima respirando, e verifique a respiração;posicione
o queixo da vítima para cima o quanto puder, e sopre em sua boca ou nariz de 12
a 18 vezes por minuto;conserve
a vítima aquecida;leve-a
ao hospital.
Contaminação pela
pele — Sinais e Sintomas
|
queimação
ou resfriamento;diarréia;vômito;salivação
intensa;náuseas;dificuldade
respiratória;perda
de consciência.
leve
a vítima para o chuveiro ou jato de água corrente, enquanto remove toda a
roupa;coloque
roupas limpas na pessoa;não
medique a vítima;leve-a
ao hospital.
Contaminação pelos olhos — Sinais e
Sintomas
|
ardência;lacrimejamento;dor.
lave
os olhos imediatamente após o acidente, porque a demora no atendimento pode
aumentar a gravidade da lesão;afaste
as pálpebras da vítima e lave bem os olhos com água corrente (de 15 a 20
minutos);não
use colírio;leve
a vítima ao hospital.
Vítima
inconsciente ou com crise
convulsiva
|
Siga estas
orientações gerais:
examine
a respiração da vítima;verifique
se a língua não está atrapalhando a respiração;posicione
a vítima lateralmente para evitar que se engasgue com o vômito
espontâneo;leve-a
imediatamente ao hospital.
Mordidas de animais
raivosos
|
A
hidrofobia, ou raiva, pode afetar todos os mamíferos, e não só os cães e gatos.
A doença atua no sistema nervoso central, através de um vírus, provocando sinais
e sintomas de encefalite (inflamação no cérebro), e pode ser fatal.
O
vírus tem uma característica particular, que o faz ainda mais perigoso: ele
penetra no organismo humano através dos nervos, e não pela corrente sanguínea.
Ou seja, enquanto estiver fazendo este trajeto, as defesas do corpo não
conseguem notar sua presença. A produção de anticorpos só se iniciará quando o
vírus atingir seu alvo, o cérebro, e aí já é mais difícil evitar a morte da
vítima.
O animal contaminado pode transmitir o vírus ao homem através da
saliva. Por isso, lembre-se: um arranhão ou uma simples lambida em um ferimento
é o suficiente para o contágio. É importante reforçar que a raiva pode ser
transmitida não só por cão e gato, mas também por outros mamíferos.
dificuldades
para engolir;alteração
de comportamento;sensibilidade
à luz (fotofobia);medo
de água (hidrofobia);paralisia.
lave
a ferida com água e sabão em abundância, de preferência detergente; o sabão é
responsável pela destruição do invólucro do microorganismo, reduzindo desta
forma sua capacidade de reprodução;leve
a vítima ao hospital mais próximo, mesmo que você conheça o animal ou que ele
esteja vacinado contra a raiva. Isto porque aproximadamente 5% dos cães não
reagem apropriadamente à vacina;em
caso de ataque, não sacrifique o animal. Coloque-o em local seguro para um
intervalo de observação (10 dias para cães e gatos).
O que é a vacina
anti-rábica?
|
É o vírus
inativo, ou seja, morto. Ao ser injetado no organismo, provoca uma resposta
imunológica, que é a produção de anticorpos para defesa. Também existe o soro
anti-rábico, que é o anticorpo já pronto, mas só é utilizado quando o estado da
vítima pede um tratamento de ação mais rápida.
A primeira
dose deve administrada a partir dos 3 meses de idade, com reforço 45 dias
depois. A partir daí, é preciso aplicar doses anuais.
Como a
própria tradução já diz, é uma superdosagem de qualquer substância — isto é, a
utilização de alguma droga (medicação ou substância) acima dos níveis
terapêuticos.
Leve a
vítima imediatamente ao hospital mais próximo; somente lá ela receberá o
tratamento adequado. Este é o procedimento mais apropriado, independentemente da
substância ingerida.
Às vezes o
indivíduo tem apenas alucinações, angústia ou depressão, devido ao consumo de
drogas como ácido, chá de cogumelos ou maconha. Nestes casos:
leve
a vítima para um local tranqüilo;fale
com ela até que a crise passe;mantenha
a calma, para não desesperar ainda mais a pessoa.
Se não
tiver controle da situação, leve a vítima imediatamente ao hospital mais
próximo.
Parada
cárdio-respiratória
|
A parada
cardíaca acontece quando há interrupção ou diminuição significativa dos
batimentos do coração, o que provoca a redução da quantidade satisfatória de
sangue circulante. Como costuma ocorrer simultaneamente à parada respiratória,
daí tem-se a parada cárdio-respiratória.
A parada cárdio-respiratória
(PCR) é o tipo mais comum de emergência médica. É importante ressaltar que, no
entanto, uma pode ser conseqüencia da outra; tanto a parada cardíaca quanto a
respiratória podem ocorrer de forma isolada, levando rapidamente ao aparecimento
da outra ocorrência.
O tempo
para o socorrista identificar o ocorrido e tratar a vítima é de poucos minutos.
E o sucesso no atendimento conta com a agilidade e a perfeição com que são
feitas as manobras de socorro.
Os motivos
de uma parada cárdio-respiratória são os mais distintos possíveis, mas os mais
comuns são:
Intoxicações;Choque
elétrico;Asfixia;
Afogamento;
Ataque
cardíaco.
incapacidade
ou ausência respiratória;midríase
(dilatação das pupilas);perda
de consciência;falta
de pulso;cianose
(as extremidades dos dedos e dos lábios tornam-se roxas);ausência
de batimentos cardíacos.
verifique
se a vítima ainda respira, e analise seu estado de consciência;remova
resíduos alimentares e próteses dentárias; faça
a respiração boca-a-boca tantas vezes quantas forem necessárias, até o
restabelecimento dos movimentos respiratórios;mantenha
sempre o mesmo ritmo: 15 massagens para 2 sopros;examine
o pulso e observe suas características (batimentos acelerados ou pouco
perceptíveis, por exemplo);realize
a massagem
cardíaca;se
necessário, continue o atendimento de primeiros socorros durante o transporte
para o hospital.
deite
a vítima com a cabeça inclinada e o queixo elevado;pressione
a narina da vítima com o polegar e o indicador da mesma mão usada para inclinar
a cabeça, e passe a outra mão por trás do pescoço, para dar apoio (veja a
figura);retire
da boca as próteses incompletas ("dentaduras", "pontes", etc.) e alimentos
(chicletes e balas, por exemplo);coloque
sua boca sobre a boca da vítima e faça duas ventilações (sopros para dentro da
boca da vítima), até notar que o peito se levanta; para que isto aconteça, é
preciso soprar com bastante força. Cada ventilação deve durar em média de 1
segundo a 1 segundo e meio;em
crianças, as ventilações devem durar 4 segundos e, nos recém-nascidos, 3
segundos. A boca do socorrista cobre a boca e o nariz da criança ao mesmo tempo,
por ser impossível fazer da mesma forma que com os adultos;permita
que a vítima expire livremente;repita
o movimento 15 vezes por minuto;chame
o médico ou leve a vítima para o hospital.
coloque
a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura;coloque
as mãos sobrepostas na metade inferior do esterno (osso no meio do tórax). Os
dedos devem ficar abertos, sem tocar a parede do tórax;
a
seguir, faça pressão, com bastante vigor, para que se abaixe o esterno,
comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral;descomprima
em seguida;repita
a manobra quantas vezes forem necessárias (cerca de 60 vezes por
minuto);leve
a vítima ao hospital.
CUIDADOS: Nas crianças com
peso inferior a 30kg, deve-se fazer pressão apenas com uma das mãos, e
utilizando os dedos, a fim de que não ocorram fraturas ósseas no esterno ou
costelas.
Reanimação cárdio-pulmonar (RCP)
|
verifique
a respiração;examine
o pulso;quando
a vítima apresentar dispnéia (dificuldade respiratória) grave ou ausência de
movimentos respiratórios, comece rapidamente o atendimento com a respiração
boca-a-boca; encontre
a área de compressão que está localizada um pouco abaixo do meio do osso do
tórax (esterno); pressione esta parte;faça
a massagem cardíaca;faça
respiração boca-a-boca;leve
a vítima ao hospital.
Instruções para a
reanimação
|
coloque
a vítima de barriga para cima sobre uma superfície lisa e rígida;ajoelhe-se
do lado da vítima, na altura de seus ombros;examine
o estado de consciência da vítima;faça
o exame primário, diagnosticando a parada cárdio-respiratória;faça
a respiração
boca-a-boca em duas ventilações, cada uma com a duração de 1 a 5
segundos; descubra
o tórax da vítima;identifique
o ponto de compressão da seguinte forma: localize o fim do osso esterno (o osso
do tórax, abaixo do estômago), dê a distância de um palmo e mais duas polpas
digitais; imediatamente acima deste nível, coloque as mãos para iniciar a
massagem cardíaca. Veja as figuras abaixo;realize
15 compressões torácicas seguidas, com uma freqüência aproximada de 80 por
minuto; mantenha
a relação de 15 compressões para 2 ventilações;examine
o pulso após 1 minuto de reanimação cárdio-pulmonar, e depois, a cada 3
minutos;chame
o médico ou leve a vítima ao hospital.
Em caso de dois
socorristas
|
Siga estes
passos:
o
socorrista líder faz o contato inicial e o exame
primário;um
dos socorristas se responsabiliza pela ventilação e o outro, pela compressão do
tórax;
começar
com 2 ventilações, fazendo em seguida 5 compressões no tórax para cada
ventilação;contar
as compressões em voz alta;deve-se
fazer uma pausa entre as compressões para permitir a ventilação; o
socorrista a cargo da ventilação verifica a eficácia das compressões no tórax,
através do controle do pulso da vítima;depois
do primeiro minuto, e a cada 3 minutos de RCP, verificar o retorno da atividade
cardíaca; deve-se
chamar o médico ou levar a vítima ao hospital.
Como saber se a RCP
funcionou?
|
Observe com muita atenção,
durante o processo de reanimação:
se
o tórax está se expandindo;se
pulso está presente.
A queimadura se caracteriza
pela lesão de tecidos, podendo ter várias repercussões no organismo, mais ou
menos graves, dependendo de vários fatores. Alguns deles são listados a
seguir:
Extensão da área queimada: quanto
maior a área da queimadura, mais grave é o paciente;Profundidade
da queimadura: pode ser difícil de se avaliar nos primeiros dias do acidente,
pois pode evoluir de um grau para outro.
Graus
de profundidade da queimadura
Agentes
causadores da lesão
Como
ajudar?
Graus de profundidade da
queimadura
|
1° grau: vermelhidão;2°
grau superficial: vermelhidão e bolhas;2°
grau profunda: bolhas, pele branco-rosada e úmida;3°
grau: pele nacarada, cinzenta e seca.
Agentes causadores da lesão
|
Físicos: calor, frio, radiações,
eletricidade;Químicos:
ácidos, álcalis; Biológicos:
picada de insetos.
Os acidentes mais
freqüentes são os causados por líquidos superaquecidos. As queimaduras químicas
necessitam de lavagem exaustiva com água. Já a característica primordial da
queimadura elétrica é sua evolução progressiva. Nos casos em que há concomitante
inalação de vapores aquecidos, pode haver comprometimento pulmonar
variável.
Os cuidados serão
determinados pelas características da região e pelo risco de seqüelas,
dependendo da área acometida (face, mãos, pés, genitais e pregas de flexão, como
joelhos e cotovelos). No entanto, há algumas medidas essenciais a serem tomadas
em cada caso:
Queimaduras
pequenas:
deixe correr água fria sobre a lesão
durante 10 minutos;lave
com água e sabonete neutro;coloque
uma camada fina de vaselina estéril sobre o local;cubra
a ferida com gaze esterilizada, para protegê-la das
bactérias.
Roupas
em chamas:
faça a vítima se deitar o mais
rápido possível, com o lado queimado voltado para cima;apague
as chamas com água, a menos que haja aparelho elétrico próximo;jogue
água ao longo do corpo, de cima para baixo, para impedir que as chamas atinjam o
rosto;se
não for possível usar água, enrole a vítima em cobertores, casacos grossos ou
tapetes, para que as chamas não sejam mais alimentadas com oxigênio. Não use
tecidos inflamáveis (nylon, tecidos sintéticos e outros).
Queimaduras
extensas e/ou profundas:
chame imediatamente a
ambulância;deite
a vítima e jogue água fria sobre a água afetada por 10 minutos ou até que o
socorro chegue; verifique
se a pessoa está respirando e tome seu pulso;corte
ou tire delicadamente as roupas caso estejam aderindo à área
queimada.
Se a queimadura foi causada
por material superaquecido ou produto químico, lave o local em água corrente, e
dirija-se a um hospital. O tratamento pode ser feito com a internação do
acidentado, ou por atendimento ambulatorial com curativos diários feitos no
hospital. Dependendo do tipo de lesão, o médico poderá orientar o paciente a
proceder os curativos e cuidados em casa, e marcar consultas de
revisão.
NÃO faça:
Não aplique substâncias, loção ou
gordura na área;Não
coloque emplastro ou curativo adesivo na queimadura; Não use algodão ou qualquer tipo de
tecido que solte fiapos para cobrir a queimadura;Não remova nada que esteja grudado na
ferida. Isto pode provocar danos posteriores à pele ou aos tecidos, e ainda
causar uma infecção; Não resfrie demais a vítima se ela tiver
queimaduras graves; isto pode levar à hipotermia (redução anormal da temperatura
corporal).
É quando o
osso se desloca parcial ou totalmente de sua articulação. Normalmente é seguida
de sérias lesões nos ligamentos articulares adjacentes. A luxação pode ser
dividida em total (completo deslocamento dos ossos articulados) e
parcial (quando os ossos da articulação ainda continuam em contato).
dor
profunda;sangramento
intenso;movimento
anormal da articulação.
procure
imobilizar a vítima em uma posição que amenize a dor e facilite o
transporte;dê
analgésico via oral, para aliviar a dor;não
faça compressa com calor ou massagem no local do trauma;leve
a pessoa ao médico ou ao hospital mais próximo.
É a
distensão dos nervos e ligamentos — tecidos que ajudam a manter os ossos na
posição correta — devido a uma movimentação forçada da articulação. Acontece com
mais freqüência nos joelhos, tornozelos, punhos, dedos e pescoço.
dor
profunda em torno da articulação;incapacidade
de movimentação. Pode até ocorrer sangramento na parte interna do local lesado.
coloque
compressa fria no local;imobilize
a área traumatizada;dê
analgésico via oral, para amenizar a dor;chame
o médico ou leve a pessoa ao hospital.
É resultado
de um forte impacto na superfície do corpo. Pode acontecer de o local da
contusão ficar arroxeado, com dor e inchaço; isto é sinal de que houve hemorragia
ou derrame por debaixo da pele.
pele
do local arroxeada;dor
na região de contato.
faça
compressa de gelo no local;
dê
analgésico via oral, para amenizar a dor;consulte
o médico.