reabilitação terceira idade

terça-feira, 26 de maio de 2015

ESQUIZOFRENIA

64º Aniversário de Sally Ride


Os sintomas mais comuns da esquizofrenia envolvem alterações específicas do pensamento, da percepção sensorial, do comportamento e do afeto. Um ou mais destes sintomas podem estar presentes em uma pessoa com esquizofrenia. No entanto é importante ressaltar que outras doenças também podem apresentar alguns destes sintomas e um diagnóstico final só poderá ser feito por um profissional habilitado.
Transtornos do Pensamento
Os transtornos do pensamento envolvem delírios e alucinações. Delírios são crenças não verdadeiras, baseadas em um julgamento incorreto sobre a realidade exterior, apesar de provas e evidências contrárias. A pessoa pode sentir que seus pensamentos são influenciados, controlados, inseridos ou transmitidos por algo exterior fora de seu controle. Os eventos normais do dia a dia passam a ter significado diferente. O delírio pode levar a pessoa a acreditar que estão sendo perseguidas, que têm dotes ou poderes especiais, como controlar o tempo ou se comunicar com extraterrestres.

Alucinações são falsas percepções na ausência de um estímulo externo, mas com as qualidades de uma verdadeira percepção, isto é, a pessoa pode ver, ouvir e sentir coisas que não estão realmente ali. As alucinações podem ser auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas ou uma combinação de todas. As auditivas são as mais comuns e podem ocorrer na forma de barulhos, músicas ou mais frequentemente como vozes. Estas vozes podem ser sussurradas, ou claras e distintas, podem falar entre si ou ser uma única voz. Podem comentar o comportamento da pessoa e às vezes podem dar ordens. As alucinações visuais levam a ver distorções de imagens ou aparecimento de pessoas e coisas que só ela vê, podendo estabelecer contato e diálogo com essas pessoas e coisas inexistentes. Além disso uma pessoa com esquizofrenia pode sentir cheiros ou gostos ruins ou ter a sensação de ser tocado ou picado, como se insetos estivessem rastejando sobre a pele.


Distúrbios formais do pensamento
Os pensamentos saltam de um tópico a outro, às vezes sem conexão aparente. A pessoa pode criar palavras novas, substituir palavras por sons, rimas e repetir sílabas. Podem ocorrer interrupções na sequencia de pensamentos (bloqueios de pensamento). Quando o pensamento fica muito desorganizado ou fragmentado, a fala torna-se incoerente e incompreensível.


Alterações no comportamento
Apresentam-se como diminuição de iniciativa, transtornos motores e alterações no comportamento social. A pessoa pode ficar parada por um longo período de tempo ou se engajar numa atividade repetitiva e aparentemente sem finalidade. Os extremos podem incluir o estupor catatônico - situação na qual o paciente fica imóvel por um período longo, ou o excitamento catatônico, onde o indivíduo apresenta atividade motora incontrolável e sem objetivo. Outras alterações motoras são estereotipias (movimentos repetidos sem objetivo aparente) e maneirismos (atividades normais, mas fora de contexto).

Geralmente a deterioração do comportamento social ocorre junto com o isolamento social. Algumas pessoas com esquizofrenia comportam-se de forma estranha ou transgridem regras sociais (por exemplo, despem-se em público). Podem fazer gestos estranhos, expressões faciais impróprias ou caretas e assumir posturas estranhas sem qualquer objetivo aparente. Podem ser encontradas nas ruas marchando, falando alto e gesticulando. Os indivíduos podem negligenciar seus cuidados pessoais, vestir roupas sujas ou inapropriadas e descuidar de seus pertences. Esse descuido com a higiene pessoal e comportamentos excêntricos podem dificultar ainda mais a aproximação de familiares, amigos e estranhos. Ao mesmo tempo, tal situação corrobora a certeza, por parte destas pessoas com esquizofrenia, de que as pessoas não gostam deles, acentuando o isolamento social.


Alterações no afeto
A diminuição da resposta emocional já foi considerada um sintoma característico da esquizofrenia. Em casos mais graves, os indivíduos tornam-se indiferentes ou apáticos, evitam o contato com olhar, apresentam ausência na modulação da voz, mudanças na expressão facial e os movimentos espontâneos e os gestos expressivos podem estar diminuídos. Com frequência referem uma perda na capacidade de sentir prazer e podem descrever-se como vazios de emoção.
 
SAIBA O QUE É
 
A esquizofrenia é uma condição humana possível de ser compreendida e para qual há caminhos de superação. Ela é um transtorno mental que acontece devido a alterações no funcionamento do cérebro. Estas alterações levam a pessoa a entender e experimentar as coisas de uma forma diferenciada, o que causa dificuldades nas relações com o seu mundo interior, com outros pessoas e na vida familiar. Ela é uma doença que tem tratamento.
Ela afeta cerca de 0,7% da população e aparece normalmente no período entre o final da adolescência e começo da vida adulta.

Seus principais sintomas são:
Delírios:
A pessoa passa a acreditar que a realidade se apresenta de uma maneira diferente, suas ideias e pensamentos apresentam conteúdos que para ela são verdade, mas que não estão realmente acontecendo. Por exemplo, ela pode acreditar que está sendo perseguida, que está sendo filmada e, como consequência, que tem poderes especiais ou uma missão muito importante no mundo. Estas crenças são uma convicção para a pessoa e não se desfazem com nenhuma argumentação.

Alucinações:
Os cinco sentidos também ficam afetados. A pessoa passa a ter percepções sem que haja um estímulo externo. Por exemplo, ouvir vozes que comentam o seu comportamento ou dão ordens, sem haver ninguém falando. Também pode sentir odores e sabores diferentes em alimentos saudáveis, ter visões de objetos que não existem, ou outras sensações táteis, como formigamento.

Alterações do Pensamento:
Os pensamentos podem ficar confusos. A pessoa pode ter a sensação que seus pensamentos podem ser lidos por outras pessoas, ou roubados ou que podem ser controlados. Pode acreditar também que pensamentos estranhos foram colocados em sua cabeça. Esta confusão dos pensamentos se expressa na forma como se comunica, aparentando dizer coisas sem sentido.

Perda da Vontade e Déficits Cognitivos:
A pessoa passa a ter uma perda da vontade para realizar suas atividades. Em parte por não sentir prazer em realizá-las e em parte por dificuldades novas, como, por exemplo, relativas à memória ou devido à dificuldade para realizar tarefas corriqueiras de forma organizada.

Alteração do Afeto:
Há uma dificuldade em expressar os sentimentos e emoções, passando a impressão de que perdeu estas capacidades. Na realidade a pessoa continua tendo seus sentimentos e emoções e fica angustiada por não conseguir demonstrá-las. É como se as pessoas estivessem alheias ao que se passa à sua volta e a vida fosse um filme monótono em branco e preto.

Como evolui:
É importante saber que a esquizofrenia evolui através de crises agudas e períodos de remissão. As crises agudas se bem tratadas podem ser controladas em torno de um mês. Os períodos de remissão se bem tratados podem durar anos, durante os quais a pessoa tem a possibilidade de redesenhar o seu caminho de vida. A esquizofrenia é um transtorno mental crônico, isto é, precisa de tratamento por tempo indeterminado. Geralmente as crises ocorrem porque a pessoa abandona os tratamentos, por isso seguir os tratamentos é fundamental.

Tratamento psiquiátrico:
O tratamento psiquiátrico se baseia na relação de confiança entre a pessoa com esquizofrenia, a família e o médico. O principal objetivo é tratar a crise quando acontece e prevenir as recaídas, de forma que a pessoa tenha condições internas de redesenhar seu caminho na vida. O tratamento se baseia no uso de medicamentos que são denominados de antipsicóticos. Não existe um antipsicótico que se melhor que os outros, cada pessoa se adapta melhor com o uso de um deles. É fundamental conversar com o psiquiatra sobre como a pessoa com esquizofrenia se sente e também como a família está percebendo a pessoa, estas informações são muito importantes para negociar com o médico estratégias de enfrentamento da doença, as doses dos medicamentos e a relação custo-benefício considerando os efeitos colaterais e efeitos terapêuticos.

Tratamentos Psicossociais:
Os tratamentos psicossociais tem como objetivo a reinserção social da pessoa com esquizofrenia e ajudar a família neste processo. São tratamentos voltados a ajudar a pessoa lidar com as questões do dia a dia, entender melhor as questões que vive no seu íntimo e na interação com as pessoas, estabelecendo um cotidiano que seja confortável e produtivo. Estes tratamentos também ajudam a pessoa a ampliar e dar significado a sua rede de relacionamentos na comunidade em que vive e nas relações familiares. Os principais tratamentos psicossociais são: psicoterapia, terapia ocupacional e o serviço social.

Superacão:
A superação (recovery) é uma jornada pessoal que cada pessoa com esquizofrenia pode trilhar para uma vida com qualidade. Este processo vem sendo compartilhado por pessoas com transtorno mental desde a década de 80, a partir do relato das suas experiências pessoais. Baseia-se em: encontrar e manter a esperança; reestabelecimento da identidade; encontrar sentido na vida e; tornar-se responsável pelo seu processo de superação.
Tenha informações mais detalhadas, com exemplos, nos nossos livretos "Conversando Sobre a Esquizofrenia".


O QUE CAUSA Esquizofrenia

Ainda não se conhecem as causas exatas da esquizofrenia. Sabe-se que a hereditariedade é um fator importante, pois pessoas que têm um familiar com esquizofrenia têm maior chance de desenvolver a doença, mas ainda não se conhecem os genes envolvidos.

Em gêmeos idênticos, se um dos irmãos tem a doença, em 50% dos casos o outro irmão também a terá. Isto mostra a importância dos fatores genéticos, mas também que apenas a carga genética não é suficiente para a manifestação da doença, pois ocorrem casos de esquizofrenia em famílias que não tinham histórico da doença.

Alguns pesquisadores acreditam que a esquizofrenia é resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Certas pessoas nascem com essa tendência, mas o problema só aparece se forem expostas a determinados fatores ambientais.

Não existe um consenso sobre quais seriam os fatores ambientais envolvidos, mas estudos sugerem que infecções durante a gravidez e complicações no parto podem contribuir para que uma criança nasça com uma vulnerabilidade para a esquizofrenia e venha a desenvolver a doença em um estágio posterior do desenvolvimento.

Em décadas passadas foi dada importância muito grande a teorias que sugeriram ser a esquizofrenia resultante de relações familiares (mais especificamente mãe-filho) doentias. Estas teorias nunca foram comprovadas, mas contribuíram para estigmatizar as famílias e influenciaram negativamente as relações entre profissionais e familiares gerando barreiras de comunicação e impedindo a criação de estratégias de colaboração no contexto de tratamento.
 
 
 
 
 
 

domingo, 10 de maio de 2015

sexta-feira, 8 de maio de 2015

DEPRESSÃO

http://congressos.cbce.org.br/index.php/conece/3conece/paper/view/2475/969
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Um humor deprimido, perda de interesse ou prazer são os sintomas básicos de depressão. o trasntorno depressivo afeta 3% a 11% da população ao ano, exercendo considerável impacto econômico. infelizmente permanece sem diagnóstico e sem tratamento em 30% a 50% dos casos.
A depressão está inclusa no Bloco do CID-10 de Transtornos de Humor. Nestes transtornos a perturbação fundamental é uma alteração do humor, usualmente para depressão (com ou sem ansiedade associada) ou elação. Essa alteração do humor é normalmente acompanhada por uma alteração no nível global de atividade e a maioria dos outros sintomas é secundária ou facilmente compreendida no contexto de tais alterações. A maioria desses transtornos tende a ser recorrente e o início dos episódios individuais é frequentemente relacionado com eventos ou situações estressantes. Os sintomas mais comumente percebidos partem tanto de alterações fisiológicas quanto de mudanças de estados emocionais e cognitivos.
DepressãoAs pessoas, normalmente, experimentam uma ampla faixa de humores e têm repertório variado de expressões afetivas; elas sentem-se no controle, mais ou menos, de seus humores e afetos. Os transtornos de humor constituem um grupo de condições clínicas caracterizadas pela perda deste controle e de uma experiência subjetiva de grande sofrimento (Kaplan, Sadock, Grebb, 1997).
Os pacientes com humor elevado mostram expansividade, fuga de idéias, sono diminuído, auto-estima elevada, e idéias grandiosas. Os pacientes com humor deprimido têm perda de energia e interesse, sentimentos de culpa, dificuldades para concentrar-se, perda de apetite, pensamentos sobre morte e suicídio. Outros sinais e sintomas incluem alterações nos níveis de atividade, capacidades cognitivas, linguagem e funções vegetativas (sono, apetite, atividade sexual e outros ritmos biológicos).
O termo transtorno, de acordo com a CID-10 é usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado a sofrimento e interferência com funções pessoais. Desvio ou conflito social sozinho, sem disfunção pessoal, não deve ser incluído em transtorno mental.
O Transtorno Depressivo Maior é um transtorno comum, com uma prevalência durante a vida de cerca de 15, talvez, até 25% em mulheres. O Transtorno Bipolar é menos comum que o Transtorno Depressivo Maior, com uma prevalência no período de vida de cerca de 1%, similar à esquizofrenia. Mas o curso do transtorno bipolar não é tão favorável quanto o de depressão; o custo do transtorno bipolar para os pacientes, suas familias e a sociedade é significativo. Enquanto a maioria das pessoas com transtorno bipolar acaba recebendo atendimento médico e tratamento, cerca de metade apenas das pessoas com transtorno depressivo chega a receber tratamento específico.
Independentemente do país ou cultura, a prevalência de transtorno depressivo unipolar é duas vezes maior no sexo feminino. As razões para tal fenômeno ainda são desconhecidos e podem, segundo Kaplan, Sadock, Grebb (1997), está relacionado a diversos estresses, parto, modelos comportamentais de aprendizado e efeitos hormonais.
No transtorno bipolar a prevalência é igual para homens e mulheres.
A idade de início para o transtorno bipolar varia da infância (5 ou 6 anos) aos 50 anos ou mesmo depois (em casos raros), com idade média de 30 anos.
A idade média de início para o transtorno depressivo é de 40 anos (50% dos pacientes têm um início entre 20 e 50 anos).

História da Depressão

A depressão tem sido registrada desde a Antiguidade. A história do Rey Saul, no Antigo Testamento, descreve uma síndrome depressiva, assim como a história do suicídio de Ajax, na Ilíada, de Homero. Cerca de 400 a.C. Hipócrates usou os termos "mania" e "melancolia"para perturbações mentais. Por volta do ano 30, Aulus Comelius Celsus descreveu a melancolia em seu trabalho De re medicine como uma depressão causada pela bile negra. O termo continuou a ser utilizado por outros autores médicos, incluindo Arateus, Galeno e Alexandre de Talles, no século VI. O médico judeu, Moses Maimonides, no século XII, considerou a melancolia como uma entidade patológica distinta. Em 1685, Bonet descreveu uma doença mental à qual chamou de maníaco-melancholicus. (Kaplan, Sadock, Grebb, 1997)
Em 1864, Jules Falret descreveu uma condição chamada de folie circulaire, na qual os pacientes experimentam humores alternados de depressão e mania.
Emil Kraepelin, em 1899 descreveu um psicose maníaco-depressiva que continha a maioria dos critérios usados atualmente pelos psiquiatras, para o estabelecimento do diagnóstico de Transtorno bipolar.

EPISÓDIO DEPRESSIVO

DepressãoDe acordo com o CID-10, no episódio depressivo o indivíduo sofre de perda de interesse e prazer e energia reduzida levando a uma fatigabilidade aumentada e atividade diminuída. Cansaço marcante após esforços leves é comum.
  • Concentração e atenção reduzidas;
  • auto-estima e autoconfiança reduzidas;
  • idéias de culpa e inutilidade;
  • visões desoladas e pessimistas do futuro
  • idéias ou atos autolesivos ou suicídio;
  • sono perturbado;
  • apetite diminuído.
Em alguns casos, ansiedade, angústia e agitação motora são mais proeminentes do que a depressão. A mudança do humor pode ser mascarada por irritabilidade, consumo excessivo de alcool, comportamento histriônico, exacerbação de sintomas fóbicos ou obsessivos preexistentes ou por preocupações hipocondríacas. Para o diagnóstico é requerida uma duração de eplo menos duas semanas, mas períodos mais curtos podem ser razoáveis se os sintomas são inusualmente graves e de início rápido (Cid-10, 1993).
De acordo com o CID-10 a presença de demência ou retardo mental não exclui o diagnóstico de um episódio depressivo tratável.
A CID-10 considera as seguintes subcategorias para episódio depressivo: episódio depressivo leve; episódio depressivo moderado; episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos; episódio depressivo grave com sintomas psicótico.

Episódio depressivo leve

Presença de humor deprimido, perda de interesse e prazer e fatigabilidade aumentada mais pelo menos dois dos outros sintomas. Nenhum dos sintomas deve estar presente em grau intenso. A duração mínima é de duas semanas. No episódio leve o indivíduo está usualmente angustiado pelos sintomas e tem alguma dificuldade em continuar com o trabalho do dia-a-dia e atividades sociais, mas provavelmente não irá parar suas funções completamente.

Episódio depressivo moderado

Deve estar presente dois ou três sintomas mais típicos; e pelo menos três (preferencialmente quatro) dos outros sintomas. Duração mínima de duas semanas. O indivíduo terá dificuldade considerável de continuar as atividades sociais, laborais ou domésticas.

Episódio depressivo sem sintomas psicóticos

Angústia ou agitação considerável. Perda de auto-estima ou sentimento de inutilidade ou culpa, provavelmente são proeminentes e o suicídio é um perigo marcante. Todos os três sintomas típicos devem estar presentes e mais pelo menos quatro outros sintomas (alguns de intensidade grave). É improvável que o paciente seja capaz de continuar suas atividades sociais, laborais ou domésticas, exceto em uma extensão muito limitada.

Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos

Além dos critérios para episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos há a presença de delírios, alucinações ou estupor depressivo. Os delírios envolvem idéias de pecado, pobreza ou desastres iminentes, pelos quais o paciente pode assumir a responsabilidade. Alucinações auditivas ou olfativas são usualmente de vozes difamatórias ou acusativas, ou de sujeira apodrecida ou carne em decomposição. Retardo psicomotor grave pode evoluir para estupor. Delírios e alucinações podem ser especificados como humor-congruente ou humor-incongruente.
Estupor depressivo deve ser diferenciado da esquizofrenia catatônica, do estupor dissociativo e das formas orgânicas de estupor.

TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE

Segundo a CID-10 são episódios repetidos de depressão, sem história de episódios independentes de elevação do humor e hiperatividade que preencham os critérios para mania. Contudo a categoria deve ainda ser mantida se há evidência de breves elevações do humor e hiperatividade leve, os quais preencham os critérios para hipomania, imediatamente após um episódio depressivo (às vezes aparentemente precipitado pelo tratamento de uma depressão).
depressãoA CID-10 reconhece ainda as seguintes subcategorias para transtorno depressivo recorrente: transtorno depressivo recorrente, episódio atual leve; transtorno depressivo recorrente, episódio atual moderado; transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave sem sintomas psicóticos; transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave com sintomas psicóticos; transtorno depressivo recorrente, atualmente em remissão; outros transtornos depressivos recorrentes; transtorno depressivo recorrente, não especificado.

Características Clínicas da Depressão

Um humor deprimido, perda de interesse ou prazer são os sintomas básicos de depressão. Os pacientes descrevem como sendo de dor emocional lancinante. Alguns queixam-se de serem incapazes de chorar. Cerca de 2/3 dos pacientes relata que pensa em se matar e 10 a 15% comete o suicídio. Entretanto os pacientes deprimidos, às vezes, parecem não estar conscientes da depressão e não se queixam de uma perturbação de humor, embora exibam retraimento da família, amigos e atividades que anteriormente lhe interessavam (Kaplan e Sadock, 1997).
Quase todos os pacientes queixam-se de uma diminuição da energia que resulta em dificuldade para terminar tarefas, comprometimento na escola e no trabalho e motivação diminuída para assumir novas tarefas.
Cerca de 80% dos pacientes queixam-se de problemas para dormirem, especialmente despertares nas primeiras horas da manhã e múltiplos despertares durante a noite, durante os quais rumina m sobre seus problemas. Muitos indivíduos têm perda de apetite e perda de peso. Alguns porém, têm aumento do apetite, ganho de peso e maior sono. A ansiedade é um sintoma comum, afetando 90% dos indivíduos com depressão (Kaplan, Sadock, 1997).
As variadas mudanças no consumo alimentar e repouso podem agravar doenças médicas coexistentes, como diabetes, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica e cardiopatia. Outros sintomas incluem anormalidades menstruais e diminuição do interesse e desempenho sexual.
Os sintomas cognitivos incluem relatos subjetivos de incapacidade para concentrarem-se e comprometimento do pensamento.
Em crianças, fobia à escola e apego excessivo aos pais podem ser sintomas depressivos. Um baixo rendimento na escola, abuso de substâncias comportamento anti-social, promiscuidade sexual, faltas injustificadas à escola e fugas de casa podem ser sintomas de depressão em adolescentes (Kaplan, Sadock, 1997).
A depressão é mais comum em idosos do que na população geral. Pode estar correlacionada com baixa situação socioeconômica, perda do cônjuge, doença física concomitante e isolamento social.
Kaplan e sadock (1997) relatam que o retardo psicomotor generalizado é o sintoma mais comum, embora agitação psicomotora possa estar presente. A apresentação clássica de um paciente deprimido envolve uma postura curvada sem movimentos espontâneos e um olhar abatido e perdido. Quando exibem amplos sintomas de retardo psicomotor se assemelham à esquizofrenia catatônica. Muitas pessoas deprimidas apresentam uma redução da velocidade e intensidade da fala, respondendo com monossílabos, quando perguntados, e demorando para responder. Com freqüência ocorre concentração comprometida e esquecimento.
Têm risco aumentado de suicídio à medida que começam a melhorar e recuperar a energia necessária para executarem e planejarem um suicídio (suicídio paradoxal). Kaplan e Sadock (1997) dizem que um erro clínico comum consite em em prescrever a um paciente deprimidouma grande quantidade de antidepressivos (especialmente antidepressivos tricíclicos).

Diagnóstico diferencial da depressão

Muitos transtornos médicos e neurológicos e agentes farmacológicos podem produzir sintomas de depressão. Muitos pacientes com transtorno depressivo procuram um clínico geral com queixas somáticas.
A investigação deve incluir testes das funções da tireóide e da adrenal. Qualquer droga que o paciente esteja usando deve ser considerada como um fator potencial de transtorno do humor. Drogas cardíacas e agentes anti-hipertensivos, antiepilépticos, drogas antiparkinsonianas, analgésicos, antibacterianos e antineoplásicos, estão geralmente associados com sintomas depressivos.
Os problemas neurológicos mais comuns que se manifestam com sintomas depressivos são: a doença de Parkinson, doenças causadoras de demência, epilepsia, doenças cérebro-vascular e tumores.

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quinta-feira, 30 de abril de 2015

DEPRESSÃO

http://www.amrigs.com.br/revista/colecoes/Diagn%C3%B3stico%20e%20tratamento%20da%20depress%C3%A3o%20na%20inf%C3%A2ncia%20e%20adolesc%C3%AAncia.pdf
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Neurotransmissor


 
Resultado de imagem para sinais e sintomas de depressão gifsDEPRESSÃO


Neurotransmissor

Fonte:http://www.sosdepressao.com.br/Image14.gif

Todas as funções do corpo têm como coordenador geral o Sistema Nervoso Central (SNC), em três etapas: O estímulo, a interpretação e a resposta. Quando se espeta uma agulha em um dedo, por exemplo, a reação natural é afastá-lo imediatamente, e isto ocorre em milésimos de segundo. O estímulo de receber a espetada chega ao cérebro, que recebe a sensação de dor, a interpreta e retorna com a retração do dedo, como a resposta. Para que ocorram esses processos são necessárias células altamente organizadas especializadas chamadas neurônios, que funcionam como uma espécie de central de computador, atuando no SNC, que é o responsável pela recepção de todos os estímulos e sentidos, onde se situam os centros da memória, do raciocínio, da consciência, controlando a atividade muscular e o equilíbrio do corpo. Os neurônios transmitem sinais elétricos e decodificam informações no cérebro, sendo auxiliados pelas células gliais, responsáveis pelo suporte, nutrição e defesa do mesmo. Apesar de próximos, os neurônios não se tocam, sendo que as mensagens passadas de um ao outro ocorre através da liberação de substâncias químicas, os neurotransmissores, que transportam os sinais elétricos das mensagens, até os neurônios mais próximos, numa reação em cadeia. Há cerca de 70 tipos diferentes de neurotransmissores.

Neurotransmissores

São substâncias liberadas por um neurônio, considerado como neurônio presináptico, em resposta a um estímulo. Esses neurotransmissores são jogados no espaço sináptico, e se unem a um neuroreceptor específico no neurônio seguinte, chamado então neurônio post-sináptico. A neurotransmissão química é de fundamental importância para o mecanismo de diversas patologias e para a ação de fármacos e é a responsável pela conversão de energia elétrica para energia química entre um neurônio e outro na sinapse. A neurotransmissão, então, implica na necessidade de síntese do transmissor de armazenamento, e de liberação. Os neurotransmissores são substâncias químicas capazes de transmitir um sinal elétrico de um neurônio a outro. Assemelham-se a um eletrólito de bateria, o qual permite que a corrente elétrica circule pelas placas. Depois de retransmitir o sinal elétrico o neurotransmissor normalmente é reabsorvido, para não ficar estimulando indefinidamente os outros neurônios, permitindo que eles possam reagir rapidamente a novas exigências. As drogas que provocam euforia, como a cocaína, impedem essa reabsorção, de modo que o cérebro fica super-ativado. Não é difícil perceber o estrago que essa intervenção antinatural pode provocar, quando se sabe que num minuto ocorrem trilhões de trocas neuroquímicas no cérebro.

Dopamina


Fonte:http://www.nida.nih.gov/ResearchReports/cocaina/brain.gif
A dopamina é um neurotransmissor. É segregada pelo neurônio na sinápse onde se combina com seus receptores específicos (da dopamina) nos neurônios adjacentes. é portanto, um neurotransmissor sintetizado por certas células nervosas que age em regiões do cérebro promovendo, entre outros efeitos, a sensação de prazer e a motivação. Depois de sintetizada, a dopamina é armazenada dentro de vesículas nas sinápticas. Quando chega um impluso elétrico a sinápise, essas vesículas se direcionam para a periferia do neurônio e liberam seu conteúdo da Dopamina na fenda sináptica.

Noradrenalina

Fonte:http://www.santalucia.com.br/neurologia/depressao/depressao3-a.jpg
O primeiro estudo detalhado da inervação da circulação cerebral humana enfocou os neutransmissores "clássicos" e autônomos, a noradrenalina e a acetilcolina. Sobre os nervos sensitivos, pode-se dizer que o Sistema Nervoso Simpático se origina nos neurônios hipotalâmicos, passa para a coluna de células intermediolaterais da medula espinhal e faz sinapses, prosseguindo para o gânglio cervical superior. Aqui os nervos simpáticos novamente fazem sinapse e dão origem às fibras que inervam os vasos intracranianos. Este sistema contém os transmissores noradrenalina, neuropeptídeo e, possívelmente, o trifosfato de adenosina (ATP0, sendo via vasoconstritora. Os vários fatores que podem desencadear uma doença afetiva ainda não estão totalmente esclarecidos pela medicina. Na tentativa de descobrir o que desencadeia a depressão, cientistas se empenham em desvendar as possíveis implicações genéticas, a estrutura cerebral, e a relação entre os mecanismos químicos do cérebro com as alterações psíquicas decorrentes de perdas. No tratamento do transtorno do pânico são usadas drogas sabidamente capazes de bloquear os ataques de pânico como os benzodiazepínicos, antidepressivos tricíclicos, inibidores da monoaminaoxidase, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e os inibidores seletivos de seratonina e noradrenalina.

Seretonina

Fonte:http://www.sosdepressao.com.br/Depressão.gif
É uma substância chamada de neurotransmissor , existe naturalmente em nosso cérebro e, como tal serve para conduzir a transmissão de uma célula nervosa (neurônio) para outra. Atualmente a seretonina está intimamente relacionada aos transtornos do humor, ou transtornos afetivos e a maioria dos medicamentos chamados antidepressivos agem produzindo um aumento da disponibilidade dessa substância (tornam ela mais disponível) no espaço entre un neurônio e outro. Para se ter uma noção da influência bioquímica sobre o estado afetivo das pessoas, basta lembrar dos efeitos da cocaína, por exemplo. Trata-se de um produto químico atuando sobre o cérebro e capaz de produzir grande sensação de alegria, ou seja, proporciona um estado emocional através de uma alteração química. Outros produtos químicos ou a falta deles, também podem proporcionar alterações emocionais. Pensando nisso em meados desse século a medicina começou a suspeitar ser muito provável a existência de substâncias químicas atuando no metabolismo cerebral capazes de proporcionar o estado depressivo. Isso resultou, nos conhecimentos atuais dos neurotransmissores e neuroreceptores, muitíssimo relacionados à atividade cerebral. Alguns desses neurotransmissores, notadamente a serotonina, noradrenalina e dopamina, estão muito associados ao estado afetivo das pessoas. Assim sendo, hoje em dia é mais correto acreditar que o deprimido não é apenas uma pessoa triste, aliás, alguns deprimidos nem tristes ficam. É mais acertado acreditar nos deprimidos como pessoas que apresentam um transtorno da afetividade, concomitante ou proporcionado por uma alteração nos neurotransmissores e neuroreceptores.



 




 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

PRATICAR EXERCICIOS FISICOS MODERADOS FAZ BEM A SAÚDE PRATIQUE


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POSTADO 18/12/2014 AS 12:HS






quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

PRIMEIROS SOCORROS CUIDE DA SUA SAUDE

http://www.imaginologia.com.br/extra/upload%20publico%20geral/Manual-de-Primeiros-Socorros.pdf  ( clique aqui )

VEJA COMO LIDAR COM SITUAÇÕES EXTREMAS

PAGINA INFORMATIVA ( POSTADA 17 DE DEZEMBRO ) AS 15:OOHS



MUITA ATENÇÃO TENDO ESSAS ATITUDES VOCÊ CONSEGUE SALVAR UMA VIDA
 
 
 
 






quinta-feira, 27 de novembro de 2014

RECOMENDAÇÕES PARA QUEM CUIDA DO DONTE DE ALZHEIMER

Recomendações para quem cuida do doente de Alzheimer

Se tem um doente de Alzheimer a seu cargo, estas orientações podem facilitar a sua vida e a do doente.

Comunicar, alimentar-se, vestir-se e cuidar da higiene pessoal são algumas das acções rotineiras que, aos poucos e poucos, o doente de Alzheimer vai deixar de conseguir realizar.
Aqui ficam algumas sugestões para quem cuida de doentes de Alzheimer. Para bem do doente e do próprio cuidador.
Como se comunica com o doente de Alzheimer?
É normal o doente não encontrar as palavras que precisa para se expressar ou não compreender os termos que ouve.
Como deve reagir:
  • Esteja próximo e olhe bem para o seu doente, olhos nos olhos, quando conversam;
  • Permaneça calmo e quieto. Fale clara e pausadamente, num tom de voz nem demasiado alto nem demasiado baixo;
  • Evite ruídos (rádio, televisão ou conversas próximas);
  • Se for possível, segure na mão do doente ou ponha a sua mão no ombro dele. Demonstre-lhe carinho e apoio.
Em todas as fases da doença, é necessário manter uma atitude carinhosa e tranquilizadora, mesmo quando o doente parece não reagir às nossas tentativas de comunicação e às nossas expressões de afecto.
Lembre-se, também, que é preciso verificar se a pessoa doente tem problemas de visão, audiçãoou outros problemas de saúde, designadamente de saúde oral, necessidade de usar óculos ou de ajustamento das próteses dentárias ou auditivas.
Vaguear, deambular e andar sem rumo é um perigo. O que fazer para o minimizar?
Andar sem saber para onde e com que objectivo é característico dos doentes de Alzheimer, a partir de uma determinada fase. E é um perigo enorme.
Eis algumas sugestões para minimizar esse perigo:
  • O doente deve trazer sempre algo que o identifique, por exemplo, uma pulseira com o nome, morada e telefone;
  • Previna os vizinhos e comerciantes próximos do estado do doente. Estes podem ajudá-lo em qualquer momento caso se perca e peça informações;
  • Em casa, feche as portas de saída para a rua, para evitar que o doente vá para o exterior sem que dê por isso;
  • Tenha uma fotografia actualizada do doente, para o caso deste se perder e precisar de pedir informações;
  • Se o doente quiser sair de casa, não deve impedi-lo de o fazer. É preferível acompanhá-lo ou vigiá-lo à distância e, depois, distraí-lo e convencê-lo a voltar a casa;
  • Pode ser necessário pedir aconselhamento ao médico assistente.
O que fazer quando o doente persiste em conduzir?
Esteja preparado. No período inicial o doente vai tentar conduzir e, provavelmente, entrar em todos os carros de cor parecida com o dele.
  • Fale calmamente com o doente, lembrando-lhe que pode surgir algo de inesperado e que os seus reflexos talvez não ajudem. Sublinhe que o doente se sentiria muito infeliz se fosse culpado de um acidente;
  • Se não resultar, não deixe as chaves do carro num local acessível e que escape ao seu controlo. Esconda as chaves do carro (perderam-se) ou simule uma avaria;
  • Tente convencer a pessoa a utilizar os transportes públicos.
Como ajudar a manter a higiene do doente?
É normal o doente deixar de reconhecer a necessidade de tomar banho, de lavar os dentes, etc. Em suma, recusar cuidar da sua higiene pessoal e da sua higiene oral.
  • Não faça disso um “bicho de sete cabeças”. Se for possível, aguarde um pouco, pode ser que mude de disposição;
  • Simplifique a tarefa: tenha sempre em ordem e à mão as coisas que são necessárias, como sabão, sabonete ou espuma, toalhas, etc.;
  • Se o banho é de imersão, verifique a temperatura da água;
  • Instale pegas e tapetes que evitem escorregar dentro e fora da banheira. Há bancos e cadeiras adaptáveis à banheira, assim como outros dispositivos de apoio e ajuda que podem ser muito úteis;
  • Se o doente preferir tomar duche, deixe-o. O melhor é procurar manter a rotina a que a pessoa estava habituada;
  • Se o doente recusar mesmo tomar banho, então tente a lavagem parcial;
  • Aplique, se possível, cremes ou pomadas adequadas para evitar escaras.
Como ajudar o doente a vestir-se?
A certa altura o doente vai ficar embaraçado sobre o que vestir ou, eventualmente, recusar-se a vestir.
Para o ajudar:
  • Simplifique o mais possível a roupa a usar;
  • Evite laços, botões, fechos de correr (substitua-os por velcro), sapatos com atacadores, etc.;
  • Prepare as peças de roupa pela ordem que devem ser vestidas;
  • Procure que a pessoa se conserve bem vestida e elogie o seu bom aspecto;
  • Enquanto o doente tiver autonomia, deixe-o actuar conforme ainda pode.
Como ajudar o doente a alimentar-se?
  • Sente o doente com o tronco bem direito e a cabeça firme;
  • Se necessário, ponha-lhe um grande guardanapo só para comer;
  • Não tagarele com o doente durante a refeição;
  • Aguarde que a boca esteja vazia para fazer alguma pergunta;
  • Dê-lhe tempo para comer tranquilamente e não o contrarie se ele quiser comer à mão;
  • Dê-lhe bocados pequenos de alimentos sólidos; por vezes, o doente poderá preferir alimentos passados ou batidos;
  • Faça-o mastigar bem e assegure-se de que a boca permanece fechada durante a mastigação e a deglutição. Verifique se há restos de alimentos na boca;
  • Pouse-lhe a chávena ou o copo, depois de cada gole, fazendo uma pausa. Note que dar-lhe de beber é muitas vezes difícil;
  • Deixe-o deglutir uma segunda vez, se alguns alimentos ainda estiverem na boca;
  • Lave-lhe cuidadosamente a boca depois de cada refeição para evitar que restos de alimentos passem para os pulmões. Com uma gaze húmida, limpe-lhe o interior das faces. Use uma pasta dentífrica infantil;
  • Deixe o doente sentado durante 20 minutos após a refeição.
O que fazer quando o doente se mostra agressivo?
Em certas fases da doença é normal que o doente se torne agressivo. Sente-se incapaz de realizar tarefas simples (vestir-se, lavar-se, alimentar-se), reconhece que está a perder a independência, a autonomia e a privacidade, o que é muito frustrante.
A agressividade pode manifestar-se de diversas formas, tais como ameaças verbais, destruição de objectos que estejam próximos ou mesmo violência física.
Como deve reagir:
  • Se possível, procure compreender o que originou a reacção agressiva. Não deve partir do princípio que o doente o quer agredir ou ofender pessoalmente;
  • Evite discutir, ralhar ou fazer qualquer coisa que se assemelhe a um castigo. Não force contactos físicos e deixe-lhe bastante espaço livre;
  • Procure manter-se calmo, não manifeste ansiedade, medo ou susto. Fale calma e tranquilamente e procure desviar a atenção do doente para qualquer outra coisa.
Não tente lidar com tudo sozinho. Pode deprimir-se ou esgotar-se. Procure ajuda e aconselhamento médico se não conseguir lidar com a situação.
Como prevenir que surjam crises de agressividade?
  • Não seja demasiado exigente com a rotina diária do doente;
  • Deixe que o doente faça o que ainda lhe é possível fazer, ao seu ritmo, sem pressas e sem exigir a perfeição;
  • Não critique, antes pelo contrário, elogie (mas não exagere);
  • Ajude, mas de forma a não parecer estar a dar ordens;
  • Procure que o doente faça actividades que lhe interessem;
  • Assegure-se de que o doente faz exercício físico suficiente;
  • Esteja atento a sinais que possam indiciar crise iminente e procure distrair a atenção do doente.

Ao cuidador

É extremamente difícil cuidar de um doente de Alzheimer. Tem de acompanhar o doente ao longo do tempo, viver um dia-a-dia que se torna progressivamente mais difícil e experimentar sentimentos diversos, muitos deles negativos.
É normal que sinta tristeza pela sensação de que a pouco e pouco vai perdendo alguém que lhe é muito querido.
Sentirá também frustração, pois tem a consciência de que todos os seus cuidados, atenção e carinho não impedem a progressão da doença.
Vai sentir culpa, pela falta de paciência que por vezes tem, pelo sentimento de revolta em relação ao próprio doente, pela situação que vive e por poder admitir a hipótese de procurar um lar.
Poderá também sentir solidão, pelo afastamento gradual da família e dos amigos, pela impossibilidade de deixar o doente, pela falta de convívio.
Todos esses sentimentos negativos não significam que não seja um bom prestador de cuidados e de apoio. São apenas reacções humanas! Pelo que, para seu bem e para o bem do seu doente:
  • Não se recrimine demasiado;
  • Cuide de si e vigie a sua saúde;
  • Sensibilize os seus familiares para o ajudarem. Esclareça-os sobre a doença e sobre o modo como podem colaborar consigo;
  • Conheça os seus limites e tente encontrar auxílio;
  • Lembre-se que a sua presença, a sua ternura, o seu amor são indispensáveis, quer mantenha o doente em casa quer tenha de recorrer a internamento numa instituição.

Para saber mais, visite: www.reabilitacaodesaude.blogspot.com.br

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Data de publicação 27.11.2014