reabilitação terceira idade

domingo, 29 de setembro de 2013

SEJE SAUDAVEL

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RESUMO
Este estudo visou a avaliar a relação entre o nível de atividade física e as condições de saúde de idosos participantes de grupos de convivências, na cidade de São José, SC, Brasil. A população foi composta por 1.652 idosos participantes de 37 grupos de convivência cadastrados na Secretaria de Desenvolvimento e Ação Social da Prefeitura de São José, e da Associação de Voluntárias Josefense da Ação Social (AVJS), sendo a amostra formada por 262 idosos, com média de idade de 70,05±6,7 anos. Foi encontrada diferença significativa (p=0,006) na relação entre nível de atividade física e um estado de saúde atual dificultante da prática da mesma. Concluiu-se que idosos pouco ativos estão mais relacionados a um estado de saúde comprometedor da prática de atividade física, devendo-se criar estratégias multidisciplinares para reverter este quadro.
Palavras-chave: idoso; saúde do idoso; nível de saúde; atividade motora São José, SC 
 
 
INTRODUÇÃO
O processo de envelhecimento da população é hoje um proeminente fenômeno mundial, que ocorre em níveis sem precedentes, principalmente nos países em desenvolvimento. O Brasil caminha a passos largos rumo a um padrão demográfico com predominância de população adulta e idosa, devendo possuir, em 2020, cerca de 13% de sua população composta por idosos.1
Como conseqüência deste aumento populacional de idosos, uma crescente demanda pelos serviços de saúde pública já pode ser observada, e com isso uma maior preocupação com a prevenção em saúde pública toma assento nas discussões atuais. A promoção de saúde e a profilaxia primária e secundária de doenças são as alternativas que apresentam o melhor custo-benefício para que se realize a compressão da morbidade, ou seja, o adiamento do surgimento de doenças e seqüelas.2 Para Matsudo, Matsudo e Barros Neto,3 a prevenção e a minimização dos efeitos do envelhecimento devem, além das medidas gerais de saúde, ressaltar a prática de atividade física (AF).
Atividade física, segundo Caspersen et al.,4 engloba os movimentos realizados no trabalho, nas atividades domésticas e no tempo livre, incluindo ainda os movimentos relacionados com o transporte/locomoção, atividades fora de casa (ex: jardinagem, limpeza do pátio...), recreação e dança.
O envolvimento regular em atividades físicas pode retardar os declínios normais relacionados à idade na função de vários sistemas fisiológicos, como também os efeitos e o número de doenças debilitantes.5 Assim, a AF regular é um meio de promoção de saúde e de qualidade de vida para os idosos, pois a prática de atividade física bem orientada e realizada regularmente pode trazer vários benefícios para a saúde e qualidade de vida do idoso, a saber: maior longevidade, redução das taxas de morbidade e mortalidade, redução do número de medicamentos prescritos, melhoria da capacidade fisiológica em portadores de doenças crônicas, prevenção do declínio cognitivo, manutenção de status funcional elevado, redução da freqüência de quedas e fraturas, manutenção da independência e autonomia e benefícios psicológicos, como, por exemplo, melhoria da auto-imagem, da auto-estima, do contato social e prazer pela vida.2,3,5
Por outro lado, a inatividade física, segundo a World Health Organization,6 em sua campanha chamada “Move for Health”, é a maior ameaça para a saúde porque, em grande parte da população, aumenta o desenvolvimento de incapacidades e de muitas doenças graves. Essas condições incluem doença cardíaca coronariana, diabetes, hipertensão e obesidade, câncer de cólon e peito, osteoporose e as fraturas relacionadas, e uma das causas que mais afeta a capacidade funcional, a deterioração prematura da função física (inatividade física). Chamowicz2 adverte que o ritmo e a intensidade das alterações que acompanham o processo de envelhecimento dependem de características individuais, como a herança genética, e de fatores ambientais, ocupacionais, sociais e culturais os quais o indivíduo esteve exposto ao longo da vida.
Nesse sentido, investigar o nível de atividade física das populações assume importante relevância para as sociedades em envelhecimento, bem como as relações do nível de atividade física e das condições e/ou percepções de saúde dos idosos, uma vez que melhores níveis destas implicam melhor qualidade de vida para esses indivíduos.7,8,9
Desta forma, este estudo objetivou investigar a relação entre o nível de atividade física de idosos participantes de grupos de convivência, no município de São José/SC, e sua autopercepção de seu estado de saúde, bem como identificar essas características na amostra.
  worpress.bacapocalipse ( consultoria esportiva )
 

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