reabilitação terceira idade

segunda-feira, 22 de abril de 2013

EXERCICIOS FUNCIONAIS

Já postei aqui sobre o treinamento funcional de uma forma geral, agora irei abordar o tema de acordo com cada modalidade ou faixa etária!
O treinamento funcional para idosos nada mais é do que é uma sequência de exercícios feitos para que o indivíduo adquira ou recupere valências físicas que diminuem com o passar dos anos e com o sedentarismo. São feitos em pranchas de equilíbrio, bolas, elásticos e outros equipamentos que aumentam a dificuldade dos movimentos e a necessidade de uma coordenção motora bem desenvolvida.

Os exercícios consistem basicamente em agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, levantar e girar com o objetivo de desenvolver equilíbrio, força, flexibilidade, resistência, coordenação e velocidade. Estas qualidades são importantes para cumprirmos tarefas normais do cotidiano tais como: amarrar o próprio calçado, levantar da cadeira sem ajuda, agachar para pegar algo no chão sem perder o equilíbrio ou machucar as costas, alcançar objetos no alto, guardados acima da cabeça, sem sentir dor no ombro, caminhar nas ruas com equilíbrio e segurança, subir e descer degraus com mais firmeza nas pernas e principalmente, respirar melhor. Tarefas aparentemente simples podem se tornar complicadas, causando transtornos porque as musculaturas não estão fortes o bastante para tais movimentos. Estando atrofiadas, algumas rígidas, dificultam a mobilidade e ficam vulneráveis às lesões. O desenvolvimento da força e flexibilidade pode ajudar a evitar problemas no dia-a-dia, tanto em tarefas domésticas quanto no trabalho, além de melhorar a estética corporal.

Os exercícios funcionais não têm como objetivo prevalecer sobre as outras atividades. Eles são mais uma opção de treinamento, uma ferramenta para os programas de exercícios. Outra consideração importante é que, quando optamos por realizar exercícios funcionais, precisamos ter consciência que os mesmos necessitam de vários cuidados, precauções e orientação por não se tratar de uma atividade que vise puramente a força do músculo de forma isolada mas sim, a harmonia do movimento. O profissional que orienta – professor de educação física ou fisioterapeuta – deve estar dominando a prática e a teoria num trabalho minucioso.

O que digo para meus alunos é: mantenham-se saudáveis, com peso corporal baixo, articulações e tendões fortalecidos, ossos mais rígidos, músculos resistentes, alimentação equilibrada e sorriso no rosto. Isto tudo é sinônimo de longevidade e bem-estar!

A medicina preventiva é a melhor aliada da sua saúde. Os profissionais aptos para esta orientação são os educadores físicos, os nutricionistas funcionais, os osteopatas, os acupunturistas e os médicos. Em conjunto, eles irão orientá-lo da melhor maneira possível para que você cultive uma qualidade de vida melhor e aposte em um futuro saudável. Portanto cuide-se permanentemente, sem sobrecargas e exageros, mantendo regularidade em seus exercícios físicos e equilíbrio emocional. Sorria sempre, seja otimista, tenha bom humor e … mova-se!

Gostaria de ver um vídeo sobre treinamento funcional para idosos? Acesse este link abaixo:
http://www.reabilitacaodesaude.blogspot.com?v=TaFg2PljVLc




Vamos demostrar através de imagens e gif’s retirados da internet como fazer os principais exercícios funcionais utilizados nos nossos treinos.
BURPEE
HowToDoBurpee
burpeecardio.burpee
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KETTLEBELL SWING 2 mãos
KBswing
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MOUNTAIN CLIMBERS
mountain-climbers
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POLICHINELO
polichinelo
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PRANCHA ABRE FECHA
Prancha abre-fecha
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SALTITO ALTERNADO
saltito alternado
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PISTOL
pistols1
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AGACHAR E LANÇAR (medicine ball)
agachar e lançar
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SPLIT JUMP
split jump - salto alternado




















Saiba mais sobre treinamento funcional para dar mais resistência ao corpo

Exercícios funcionais para melhorar sua corrida



Saiba mais sobre treinamento funcional para dar mais resistência ao corpo
 
 
 

O treinamento funcional nada mais é do que uma série de exercícios físicos que têm como base os movimentos cotidianos de qualquer pessoa seja ela atleta ou não. Este tipo de atividade faz com que o corredor realize diversos movimentos, fora os da corrida, de maneira mais eficiente, já que trabalha a força, a resistência, a coordenação, a flexibilidade e o equilíbrio. Além disto, é fundamental para melhorar todo o condicionamento físico, respeitando sempre os objetivos e os limites de cada indivíduo. 

“Movimentos de puxar, agachar, levantar, erguer, empurrar, estender, flexionar alguma parte do corpo, utilizando a própria resistência dos membros e/ou com ajuda de resistências externas, com ou sem ponto fixo ou de equilíbrio, fazem parte do treinamento funcional”, explica o coordenador de Treinamento Funcional ..

Este tipo de exercício pode ser praticado por qualquer pessoa, desde o sedentário até o idoso, bastando apenas procurar um profissional qualificado. “No caso do sedentário, é ainda mais indicado, pois como ele não tem o hábito de movimentar-se tanto, de certa forma os exercícios básicos do dia a dia, como ir até a padaria a pé ou subir uma escada, podem se tornar cada vez mais difíceis”, completa nelson santos .


Aliado na corrida
O treinamento funcional traz inúmeros benefícios, independente do nível do atleta ou da distância percorrida. “A economia de energia é um ponto importante, já que o treino para o corredor prioriza o equilíbrio entre as partes do corpo, o fortalecimento geral e específico, trabalho de propriocepção e equilíbrio dinâmico, pliometria etc., melhorando a performance geral”, explica o treinador do Core 360° - Treinamento Funcional, Allan de Menache, preparador físico do Instituto Marazul, em São Paulo.
A prática destes exercícios ajuda a prevenir lesões, pois fortalece os músculos sinergistas, aqueles que dão suporte à ação e auxiliam o movimento. 


Vantagens
Mobilidade e postura:
o treinamento ajuda a prevenir dores relacionadas com estresse e cansaço do dia a dia, no trabalho e até das atividades físicas.
Corpo mais saudável: “Resultados estéticos positivos são consequência de um treinamento funcional, pois como trabalha o corpo como um todo durante a realização dos exercícios, focando os movimentos e não os músculos em si, o gasto calórico é muito alto”, revela Allan de Menache, preparador físico do Instituto Marazul.

Autoestima: Os exercícios funcionam como um desafio para o praticante, ajudando-o a superar os seus limites. O treinamento resgata a capacidade do atleta em utilizar seu corpo da forma mais eficiente possível. 

Condicionamento físico: A capacidade aeróbica, a coordenação motora, o equilíbrio, a força muscular e a resistência física são aprimorados, já que trabalha várias partes do corpo, melhorando, assim, o desempenho dos atletas.


Fonte: www.ativo.com


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Introdução
Na atualidade, as quedas se tornaram um dos maiores problemas de saúde pública em idosos, devido ao aumento da morbidade, mortalidade e custos para a família e a sociedade1. Os principais fatores de risco para quedas nessa população estão relacionados à limitação funcional, história de quedas, aumento da idade1-4, fraqueza muscular, uso de medicamentos psicotrópicos, riscos ambientais1,3,4, sexo feminino2,5,6 e deficit visual2.
Pesquisadores relatam que mulheres idosas apresentam maior propensão para quedas devido a menor massa magra e força muscular, maior prevalência de doenças crônico-degenerativas e exposição às atividades domésticas2,5,6.
Anualmente, no Brasil2 e nos Estados Unidos7, 30% dos idosos não institucionalizados sofrem quedas. Aproximadamente 5% destas causam fraturas, destacando-se as do quadril2. Os Estados Unidos têm um custo anual de 10 bilhões de dólares no tratamento de fraturas do quadril em idosos decorrente das quedas8. Diferentemente, no Brasil, apesar do alto índice de fraturas, são gastos R$ 12 milhões anuais9.
Para prevenir as quedas, é necessário aprimorar as condições de recepção de informações sensoriais do sistema vestibular, visual e somatossensorial, de modo a ativar os músculos antigravitacionais e estimular o equilíbrio10. Um dos meios empregados para promover os estímulos acima citados é a prática da atividade física11,12.
Desta forma, é preconizado, na literatura, que a atividade física realizada no decorrer da vida pode atenuar as perdas ósseas e musculares e reduzir o risco de fratura em até 60%1,3. Além disso, a atividade física aprimora a qualidade de vida, reduz o risco de quedas e promove o aumento da força muscular, do condicionamento aeróbico e da flexibilidade do equilíbrio3,13.
Desde os tempos remotos, a hidroterapia tem sido utilizada como recurso para tratar doenças reumáticas, ortopédicas e neurológicas; entretanto, só recentemente é que essa tem se tornado alvo de estudos científicos. As propriedades físicas da água, somadas aos exercícios, podem cumprir com a maioria dos objetivos físicos propostos num programa de reabilitação. O meio aquático é considerado seguro e eficaz na reabilitação do idoso, pois a água atua simultaneamente nas desordens musculoesqueléticas e melhora o equilíbrio14,15.
A multiplicidade de sintomas como dor, fraqueza muscular, deficit de equilíbrio, obesidade, doenças articulares, desordens na marcha, dentre outras, dificultam a realização dos exercícios em solo por idosos, ao contrário dos exercícios realizados no meio aquático, onde há diminuição da sobrecarga articular, menor risco de quedas e de lesões. Além disso, a flutuação possibilita ao indivíduo realizar exercícios e movimentos que não podem ser realizados no solo10,14,16.
Apesar de poucos estudos relatarem os efeitos da hidroterapia no equilíbrio e na redução de quedas, todos eles demonstraram benefícios, como por exemplo, a redução da oscilação postural17, o aumento do alcance funcional16 e a maior independência nas atividades da vida diária (AVD's)18. Compreendendo a relevância desse tema, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de um programa de hidroterapia no equilíbrio e no risco de quedas em idosas.
 
Métodos
Trata-se de um estudo quase-experimental antes/depois sem grupo controle, realizado na Associação de Idosos do Brasil (AIB) em Goiânia (GO). A realização deste obedeceu aos princípios éticos para pesquisa envolvendo seres humanos, conforme resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Goiás (UCG), sob parecer número 0065.0.168.000-05.
Sujeitos
Para o desenvolvimento do estudo, foram selecionados 50 idosos (49 mulheres e um homem). Os voluntários foram recrutados por meio de cartazes na própria associação e posteriormente selecionados segundo os critérios de inclusão e exclusão.
Critérios de inclusão: idade acima de 60 anos, marcha independente, independência nas AVDs, ausência de contra-indicação médica ao exercício – atestado médico cardiológico e dermatológico – participação em 80% do tratamento e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Critérios de exclusão: incontinência urinária ou fecal, insuficiência renal, feridas abertas, doenças cutâneas contagiosas, doenças infecciosas, sondas, trombos vasculares, insuficiência cardíaca, pressão arterial (PA) não controlada, dispnéia aos mínimos esforços, uso de medicamentos psicotrópicos (benzodiazepínicos), participação em outro programa de atividade física e fisioterapia.
Após a seleção, 40 idosas se enquadraram nos critérios de inclusão. Quinze delas não completaram o estudo por motivos como viagens e problemas de saúde. Desta forma, 25 idosas, com idade média de 72,60 ± 7,11 anos, compuseram a amostra investigada.
Materiais
Questionário para entrevista, Escala de Equilíbrio de Berg (versão brasileira)19, teste Timed Up & Go20, cronômetro (Sport Timer®), régua, degrau de 20cm, duas cadeiras com 45cm de altura – uma delas com braços – trena, estetoscópio e esfigmomanômetro (Becton Dickinson®), piscina com formato retangular, tamanho de 7,5m por 11,1m, fundo inclinado com profundidade de 0,8m a 1,2m e temperatura média de 30ºC.
Procedimentos
A avaliação consistiu de entrevista inicial, que coletou informações como idade, estado civil, número de pessoas na residência, relato de doenças, uso de medicamentos e história de quedas e de fraturas. Após a entrevista, as idosas foram submetidas à avaliação do equilíbrio por meio da Escala de Equilíbrio de Berg19 (versão brasileira) e teste Timed Up & Go20. Além disso, foi avaliada a previsão do risco de quedas por meio da relação com a pontuação da Escala de Equilíbrio de Berg, conforme modelo de Shumway-Cook et al.21. Os testes foram escolhidos por serem funcionais, validados, aceitos internacionalmente, de fácil aplicação e de baixo custo19,20.
A Escala de Equilíbrio de Berg atende a várias propostas, como descrição quantitativa da habilidade de equilíbrio funcional, determinação de fatores de risco para perda de independência e para quedas em idosos, além da avaliação da efetividade das intervenções na prática clínica e em pesquisas. A escala avalia o equilíbrio estático e dinâmico, baseada em 14 itens comuns da vida diária, tais como alcançar, girar, transferir-se, permanecer em pé e levantar-se. O escore máximo que pode ser alcançado é 56 pontos. Esta foi aplicada de acordo com os procedimentos descritos pelos autores que fizeram sua tradução e adaptação para o Brasil19.
Foi utilizado ainda o modelo para previsão quantitativa do risco de quedas em idosos que estabelece a relação entre a Escala de Equilíbrio de Berg e o risco de quedas (10-100%), desenvolvido por Shumway-Cook et al.21. Nesse modelo, a sensibilidade da escala foi de 91% e a especificidade, 82%. A probabilidade de queda aumenta com a diminuição da pontuação da Escala de Equilíbrio de Berg, numa relação não linear. Na amplitude de 56 a 54, cada ponto a menos é associado a um aumento de 3 a 4% no risco de quedas. De 54 a 46, a alteração de um ponto é associada ao aumento de 6 a 8%, sendo que, abaixo de 36 pontos, o risco de quedas é quase de 100%21.
O teste Time Up & Go faz uma monitoração rápida para detectar os problemas de equilíbrio que afetam as AVD's nos idosos. Quanto menor o tempo para a realização do teste, melhor o equilíbrio. Foi mensurado, em segundos, o tempo gasto pela idosa para levantar da cadeira, andar uma distância de 3 m, dar a volta, caminhar em direção à cadeira e sentar-se novamente20. A idosa realizou o teste uma vez, para se familiarizar, e o tempo foi cronometrado na segunda tentativa.
As escalas foram aplicadas pré-tratamento (Pre), após 6 semanas (Pos6) e após 12 semanas (Pos12) de hidroterapia. A PA foi aferida antes e após as sessões de tratamento, com objetivo de verificar as condições do indivíduo para realização de atividades aquáticas, sem fins estatísticos.
O tempo de duração do estudo foi de 12 semanas, com sessões de 40 minutos, duas vezes por semana – às segundas e quartas-feiras. O programa de hidroterapia para equilíbrio foi realizado com seis idosas por grupo e incluiu adaptação ao meio aquático, hidrocinesioterapia e inclusão de exercícios aquáticos de outros estudos16,22,23, que desafiam o equilíbrio. Cada sessão foi dividida em três fases: fase de adaptação ao meio aquático, fase de alongamento e fase de exercícios para equilíbrio estáticos e dinâmicos. A intensidade foi de baixa a moderada, sendo a intensidade, a freqüência e a velocidade constantes, por 12 semanas. Cada série foi realizada de forma contínua e, entre elas, houve repouso de 1 minuto. O programa está descrito a seguir e pode ser visualizado nas Figuras 1, 2 e 3.

 
 

 
 
Fase I – Adaptação ao meio aquático
Exercício 1: controle respiratório
  • Posicionamento: posição semi-sentada sem apoio posterior, com imersão no nível dos ombros. Ombros em flexão de 90º e cotovelos em extensão.
  • Atividade: expirar lenta e prolongadamente pela boca sobre a água, com boca imersa e posteriormente com boca e nariz imersos (2').
Fase II – Alongamento. Os alongamentos são mantidos por 30 segundos
Exercício 2: alongamento dos músculos isquiotibiais
  • Posicionamento: posição ortostática com as costas apoiadas na parede.
  • Atividade: elevar um dos membros inferiores, manter extensão do joelho e flexão dorsal do tornozelo.
Exercício 3: alongamento dos músculos tríceps sural e íliopsoas
  • Posicionamento: posição ortostática com as mãos apoiadas na borda da piscina.
  • Atividade: realizar um passo largo à frente, manter o joelho anterior em flexão, o joelho posterior em extensão e os pés em contato com o fundo da piscina.
Fase III – Exercícios para equilíbrio estáticos e dinâmicos. As velocidades e freqüências indicadas são médias aproximadas
Exercício 4: marcha em círculo com as mãos dadas e mudanças de sentido esporádicas
  • Atividade: marchar lateralmente, de frente e de costas, alternando nos sentidos horário e anti-horário, três vezes em cada tipo de marcha (1' para cada tipo de marcha, velocidade: 0,40m/s).
Exercício 5: marcha em fila
  • Posicionamento: apoiar as mãos na cintura do indivíduo da frente.
  • Atividade: deslocar-se na piscina realizando curvas e mudanças de direção. Atividade conduzida pelo fisioterapeuta (3', velocidade: 0,40m/s).
Exercício 6: Marcha para frente impulsionando os membros inferiores com vigor
  • Atividade: marchar com maior velocidade e impulsão (45m, velocidade: 0,50m/s).
Exercício 7: Marcha para trás. (45m, velocidade: 0,50m/s)
Exercício 8: Marcha lateral com passos largos. (45m, velocidade: 0,55m/s)
Exercício 9: Marcha com um pé à frente do outro
  • Atividade: marchar apoiando um pé imediatamente à frente do outro, e assim sucessivamente (45m, velocidade: 0,20m/s).
Exercício 10: Marcha com rotação de tronco
  • Atividade: caminhar para frente levando a mão ao joelho oposto em flexão, de forma alternada (45m, velocidade: 0,30m/s).
Exercício 11: Marcha com paradas em apoio unipodal
  • Atividade: realizar a marcha e, ao comando do fisioterapeuta, manter o apoio unipodal com o joelho oposto em flexão durante 10 segundos (12 paradas em 45m, velocidade: 0,50m/s).
Exercício 12: Flexo-extensão de ombros bilateral
  • Posicionamento: posição semi-sentada.
  • Atividade: realizar flexão e extensão de ombros mantendo cotovelos em extensão. Iniciar em hiperextensão máxima dos ombros até flexão a 90º (dez repetições, freqüência: 12 repetições por minuto).
Exercício 13: Abdução-adução horizontal dos ombros bilateral
  • Posicionamento: posição semi-sentada, ombros fletidos a 90º, cotovelos estendidos.
  • Atividade: iniciar em adução até 90º de abdução horizontal (dez repetições, freqüência: 12 repetições por minuto).
Exercício 14: Bombeamento de tornozelo
  • Posicionamento: postura ortostática, com imersão no nível do processo xifóide.
  • Atividade: realizar extensão dos joelhos associada à flexão plantar, manter esta posição por 5 segundos, e em seguida, flexão dos joelhos associada a dorsiflexão, mantendo também por 5 segundos (dez repetições, freqüência: três repetições por minuto).
Análise estatística
Para fazer as comparações no decorrer do tempo das variáveis mensuráveis, foi utilizado o teste t de Student para dados pareados, bem como o Teste de Wilcoxon, por meio do confronto de cada pontuação ou tempo individual após o tratamento com o resultado análogo do mesmo sujeito na avaliação anterior. Os dados são apresentados como diferença média e desvio padrão da diferença. Foram analisados com auxílio do software Minitab. O nível de significância adotado foi a= 0,01.
 
Resultados
De acordo com as entrevistas iniciais, as idosas apresentaram as seguintes características: faixa etária predominante de 70 a 79 anos (64%), 28% com vida conjugal, 28% viviam sozinhas. A média total de doenças relatadas por indivíduo foi de 2,2, com predominância de hipertensão arterial controlada (60%) e osteoporose (28%). A média de medicamentos utilizados regularmente foi de 1,76 por indivíduo. Das idosas avaliadas, 20% já apresentaram fraturas como conseqüência de quedas e 76% tinham história de quedas.
Quanto à PA, não houve variações antes e após a sessão.
Segundo os resultados obtidos, o programa de hidroterapia promoveu aumento significativo do equilíbrio das idosas, verificado por meio da Escala de Equilíbrio de Berg. O aumento ocorreu após a sexta semana (p< 0,001), após a 12ª semana (p< 0,001) e entre a sexta e a 12ª semanas (p< 0,001), conforme a Tabela 1.
Igualmente, foi observado que no teste Timed Up & Go ocorreu diminuição significativa dos tempos de execução do teste das idosas depois do programa de hidroterapia, após a sexta semana (p< 0,001), após a 12ª semana (p< 0,001) e entre a sexta e a 12ª semanas (p< 0,001), o que indica aumento do equilíbrio (Tabelas 2 e 3).
Os resultados demonstraram que o programa de hidroterapia promoveu redução significativa do risco de quedas das idosas, após a sexta semana (p< 0,001), após a 12ª semana (p< 0,001) e entre a sexta e a 12ª semanas (p< 0,001), de acordo com a previsão dada pelo modelo de Shumway-Cook et al.21 sobre a pontuação da Escala de Equilíbrio de Berg (Tabela 4).
 
Discussão
Segundo os resultados obtidos, o equilíbrio aumentou significativamente após a execução do programa de hidroterapia, de acordo com a Escala de Equilíbrio de Berg e o teste Timed Up & Go, tais como os resultados obtidos por diversos autores14,16,17,22-24, nos quais a aplicação de um programa de hidroterapia aumentou o equilíbrio em idosos. Entretanto, os testes funcionais e os programas de tratamento utilizados nesses trabalhos são diferentes, o que dificulta a comparação quantitativa.
No presente estudo, o risco de quedas das idosas, avaliado de forma quantitativa, sofreu redução significativa após o tratamento. Estudos que verificaram aumento do equilíbrio após programas de hidroterapia também sugerem redução do risco de quedas, já que o equilíbrio tem relação direta com estas14,16,22. Estes autores não utilizaram um modelo com pontuação que prevê o risco de queda, mas avaliaram-no de forma indireta, ou seja, classificaram os idosos com baixo, médio ou alto risco de quedas de acordo com a pontuação obtida nos testes de equilíbrio. Desta forma, sugere-se, para pesquisas posteriores, a utilização de escalas para pontuar o risco de quedas de modo a obter resultados de forma direta.
Os autores são unânimes quanto à indicação de exercícios aquáticos para indivíduos com medo e risco de queda14,16,22,24. A água é viscosa, desacelera os movimentos e retarda a queda, o que prolonga o tempo para retomada da postura quando o corpo se desequilibra. A flutuação atua como suporte, o que aumenta a confiança do indivíduo e reduz o medo de cair. Assim, pode-se desafiar o indivíduo além de seus limites de estabilidade, sem temer as conseqüências de queda que podem ocorrer no solo10,25.
Este programa de hidroterapia foi efetivo na redução do risco de quedas em idosas. Assim, podem-se prevenir efeitos indesejados decorrentes de quedas que variam desde escoriações leves, restrições na mobilidade, limitação nas AVD's, perda da independência funcional até o isolamento social, que geram um ciclo vicioso de restrição voluntária das atividades e comprometem severamente a qualidade de vida2,26.
Ao analisar os intervalos de tempo entre as avaliações, segundo as escalas, foi observado maior ganho de equilíbrio na primeira etapa do programa (até a sexta semana), da mesma forma que Simmons e Hansen16.
Possivelmente estes resultados ocorreram porque as respostas ao exercício físico são mais evidentes nas primeiras semanas de aplicação. Na fase inicial, predominam as alterações neurais e, na fase intermediária, as adaptações musculares. Nos idosos, o aumento da força muscular é decorrente principalmente das adaptações neurais e ocorre com maior magnitude nas primeiras seis a oito semanas de treinamento27,28.
No presente estudo, foi aplicado o mesmo programa durante todo o período. É possível que a modificação do programa no decorrer do tratamento, com exercícios progressivos (aumento na intensidade, freqüência e duração), possibilite resultados de maior magnitude.
Outra possível hipótese que pode justificar este resultado são as limitações das escalas utilizadas, de modo a não haver possibilidade de mensurar novas habilidades no período seguinte: a Escala de Equilíbrio de Berg tem pontuação máxima de 56 pontos, e muitas idosas se aproximaram desse valor após a sexta semana; o teste Timed Up & Go não pode ter o tempo reduzido indefinidamente. Como referência, 10 segundos é o tempo considerado normal para idosos saudáveis e independentes20. Ademais, outros testes funcionais usados para avaliar equilíbrio, como alcance funcional, escala de marcha e equilíbrio de Tinetti e índice dinâmico de marcha, apresentam limitações semelhantes.
A proposta deste programa de hidroterapia consistiu no estímulo das reações de equilíbrio, para promover o aumento do equilíbrio e prevenir as quedas em idosas. Buscou-se também a produção de um programa de fácil replicabilidade, uma vez que é descrito o exercício, a freqüência, a intensidade e a duração de cada um deles, diferentemente da maioria das pesquisas realizadas com esta temática, nas quais a descrição dos programas é simples e generalista14,16,17,22-24. Programas definidos são fundamentais para reprodução de novas pesquisas, assim como comprovação dos resultados.
Uma possível limitação do estudo quanto à previsão do risco de quedas pode ser decorrente da baixa sensibilidade da Escala de Equilíbrio de Berg. Bogle Thorbahn e Newton29, ao comparar o auto-relato de quedas em idosos com a pontuação da escala, observaram que a especificidade do teste foi alta; entretanto a sensibilidade foi de 53%. Devido à escassez de testes para quantificar o risco de quedas, sugere-se o aperfeiçoamento dos existentes e a criação de novos testes.
Apesar de a amostra ser pequena e de não apresentar grupo controle, os resultados indicam que o programa de exercícios de hidroterapia proporciona aumento do equilíbrio e redução do risco de quedas em idosas. Sendo assim, é um possível recurso fisioterapêutico recomendado para prevenir as quedas em idosos.
 


poatado por www.reabilitacaodesaude.blogspot.com
email : nelson_enfermagem@hotmail.com
fone : 993662013








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