reabilitação terceira idade

segunda-feira, 15 de abril de 2013

OSTEOPOROSE VERTEBRAL ( BUSQUE SAÚDE )

     
 
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ARTIGO DE REVISÃO E ATUALIZAÇÃO
Utilização de órteses na reabilitação de pacientes portadores de osteoporose vertebral
email . nelson_enfermagem@hotmail.com
professor nelson santos personal trainer
                  Marcelo Jesus Justino Ares

Médico Fisiatra - Divisão de Medicina de Reabilitação.

Endereço para correspondência:
Rua Diderot, 43 - Vila Mariana
CEP - 04116-030 - São Paulo - SP, Brasil



A reabilitação na osteoporose tem como objetivos o alívio da dor, a preservação da integridade do esqueleto e a melhoria da mobilidade funcional.

Para atingir tais objetivos deve-se tomar medidas profiláticas (diminuição dos fatores de risco), promover melhoria do estado músculo esquelético e tratar as complicações decorrentes do avanço da patologia.

Em pacientes com osteoporose sintomática, a dor nas costas é geralmente a principal queixa, podendo ser aguda ou crônica.

Para o tratamento da dor aguda, geralmente causada por episódios recentes de fratura vertebral compressiva, é indicado inicialmente o repouso no leito, limitado no máximo a 1 ou 2 semanas, associado a um adequado posicionamento, promovendo relativa neutralidade na coluna e na pelve. Meios físicos também são muito úteis como o calor superficial, a massoterapia (para o espasmo muscular) e a estimulação elétrica transcutânea (TENS), além do arsenal farmacológico constituído por antiiflamatórios não-hormonais e analgésicos mais potentes, de curta duração, e pela calcitonina.

Se a dor persistir, apesar do repouso no leito e das medidas instituídas, está indicado o uso de órteses de suporte, permitindo que o paciente sente precocemente, prevenindo assim uma posterior atrofia por desuso, que ocorre com o repouso prolongado no leito.

Na osteoporose, as órteses vertebrais têm como principais objetivos: melhora postural, alívio da dor e estabilização das fraturas vertebrais compressivas. Sempre devem estar acompanhadas de um programa adequado e de intensidade crescente de exercícios constantes principalmente de alongamento muscular, exercícios isométricos em músculos abdominais e para-vertebrais executados com e sem aparelhos.

Em alguns casos, como em pacientes mais jovens, pode-se dar preferência a órteses totais ou bivalvadas rígidas em polipropileno promovendo maior eficácia no tratamento da dor. Porém, na grande maioria das vezes, são prescritas órteses lombo-sacras e órteses toraco-lombo-sacras leves ou até o suporte toraco-lombar com correias nos ombros. Outras órteses utilizadas são as órteses em hiperextensão anterior cruciforme (CASH) para fraturas toraco-lombares, órtese de Jewett e Taylor (com melhor mobilidade, ambas toraco-lombo-sacras)

Em traumas torácicos altos, pouco freqüentes e portanto alvos de poucos estudos, são indicadas órteses convencionais como as cérvico-toraco-lombo-sacras ou adaptadas, como a órtese de Jewett com extensão peitoral (ver Tabela 1).



Figura 1. Suporte Dorsal de Taylor Alto


Figura 2. Suporte Dorsal de Taylor Baixo



Outra opção para casos mais livres e prevenção, objeto de recentes estudos, é a órtese anticifótica, constituída de faixas envolvendo a região peitoral e suportando um peso colocado na região dorsal, abaixo do ângulo inferior da escápula. Esse suporte exerce um contrabalanço dorsal às forças compressivas anteriores da coluna e é também utilizado em conjunto com cinesioterapia para treino postural na osteoporose precoce (desencadeamento de mecanismos proprioceptivos).

Figura 3. colete de Jewett


Figura 4. Colete de Jewett (Lateral)


Figura 5. Órtese Toraco-Lombar Semirígida


Figura 6. Órtose Lombar Rígida


Figura 7. Suporte Lombo-sacro com Faixa Ortopédica


Figura 8. Suporte Toraco-Lombar Flexível



Tão importante como a utilização adequada da órtese são a sua indicação e prescrição. Para seleção apropriada da órtese, deve-se levar em conta o local de fratura vertebral e o nível funcional do paciente anterior à patologia, principalmente no que diz respeito às atividades de vida diária e à deambulação. Assim, sempre deve-se dar ênfase às órteses que corrijam, mesmo que parcialmente, a deformidade com alívio da dor e preservação da função.

Quanto à correção postural, ela pode ocorrer pela utilização da órtese mediante os seguintes mecanismos: evitando que o paciente adote posturas ou faça movimentos inadequados nas atividades diárias; prevenindo a postura cifótica; melhorando o quadro doloroso nos casos agudos e diminuindo o papel da fraqueza abdominal na postura cifótica.

Figura 9. Órtese Cérvico-toraco-lombar


Figura 10. Órtese de Knight Lombo-sacra


Figura 11. Órtese Knight Modificada



Importante também, além da prescrição, são o manuseio, a evolução e o momento certo da retirada da órtese arsenal terapêutica, visto os efeitos deletérios da sua utilização prolongada no trofismo ósteo-muscular e no esquema corporal (ver Tabela 2).


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Um comentário:

  1. Estou querendo entrar em contato com o Dr. Marcelo Ares com quem fiz uma consulta na AACD e ficou em remarcar com um protético;.Lhe enmviei um mail e até agora não repondeu.Agradeceriase ele vê este comentário que me contate no 959434567

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